Com uma impressionante
reconstituiĂ§Ă£o de uma Ă©poca pra lĂ¡ de confusa, o longa jĂ¡ corre em direĂ§Ă£o aos prĂªmios
Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Fox Film
Isso Ă© a vida real ou isso Ă© sĂ³
fantasia? Um pouco das duas coisas, na vida real nĂ³s podemos nos considerar
sobreviventes de uma Ă©poca que nĂ£o tĂnhamos a menor idĂ©ia de como iria
terminar. É impossĂvel falar de Freddie Mercury sem falar do Queen
e da AIDS,
todos foram uma epidemia, uma de talento puro e outra que surgiu para ceifar
talentos de uma geraĂ§Ă£o de gente muito competente, perdi muitos amigos, colegas
de trabalho, gente que eu gostava e respeitava, vi gigantes desmoronarem diante
de algo que nem conseguimos ver a olho nu.
Tive a oportunidade de viver nessa Ă©poca de incertezas e, quis o destino, que eu fosse testemunha de uma das mais fantĂ¡sticas obras do cinema que conta uma parte da vida do maior interprete musical que se tem notĂcia. Estreou nesta quinta-feira Bohemian Rhapsody (GK Films, New Regency Pictures, Queen Films Ltd., Tribeca Productions, 20th Century Fox) que Ă© uma celebraĂ§Ă£o ao Queen e seu extraordinĂ¡rio vocalista.
Realizar uma obra deste porte 27 anos apĂ³s a morte do personagem mais icĂ´nico seria um dos maiores desafios das carreiras do diretor, do roteirista, dos atores, dos produtores, enfim, seria uma obra tĂ£o importante que atĂ© o Robert De Niro entrou nessa viagem como produtor e sabe por quĂª? Porque muitas pessoas que viveram naquela Ă©poca ainda estĂ£o vivas e tem fresca na memĂ³ria toda a revoluĂ§Ă£o que significou aquele momento do mundo. O brilhantismo do filme se deve ao diretor Bryan Singer (ele foi substituĂdo por Dexter Fletcher para as Ăºltimas cenas filmadas) que conseguiu trazer a atmosfera dos anos 70 com todos os seus dramas, ações e reações atravĂ©s do uso de uma enorme tecnologia de reconstituiĂ§Ă£o usada em vĂ¡rios momentos, a cena do EstĂ¡dio de Wembley Ă© impressionante.
O ponto alto da produĂ§Ă£o (que nĂ£o se pode dizer que tem falhas, porque nĂ£o tem) sĂ£o os atores, as caracterizações e as semelhanças fĂsicas com os componentes da banda impressionam, bem como a direĂ§Ă£o de arte que recria nos locais sempre bem preservados na Europa e Estados Unidos o ambiente que tĂnhamos naquela Ă©poca, quando estĂ£o no Brasil, a coisa se resume a um corredor.
O que falar do trabalho de Rami Malek (Freddie Mercury)? A transformaĂ§Ă£o do personagem durante a trama atĂ© a revelaĂ§Ă£o da doença mostra um ator crescendo durante o desenrolar do enredo. Isso por causa do espetacular roteiro que Ă© coerente, delicioso, suave e forte, escrito por um verdadeiro craque no assunto, Anthony McCarten Ă© especialista em contar histĂ³rias biogrĂ¡ficas, ele escreveu A Teoria de Tudo e tambĂ©m O Destino de Uma NaĂ§Ă£o, precisa falar mais?
AlĂ©m de Malek, os outros atores vivem um momento mĂ¡gico em suas carreiras, atĂ© porque depois deste filme todos certamente serĂ£o vistos com mais cuidado, as atuações de Ben Hardy (Roger Taylor), Gwilym Lee (Brian May) Joseph Mazzello (John Deacon) Allen Leech (Paul Prenter) Lucy Boynton (Mary Austin) dĂ£o o combustĂvel necessĂ¡rio para se contar essa espetacular histĂ³ria. Nela, Freddie Mercury desafiou estereĂ³tipos e quebrou convenções para se tornar um dos artistas mais amados do planeta. O filme mostra o sucesso meteĂ³rico da banda atravĂ©s de suas canções icĂ´nicas e som revolucionĂ¡rio, durante esse processo foi consolidado o legado da banda que sempre foi mais como uma famĂlia e que continua a inspirar desajustados, sonhadores e amantes de mĂºsica atĂ© os dias de hoje.
A fotografia de Newton Thomas Sigel Ă© tĂpica das sĂ©ries dos anos 70, seu cuidado com o uso de elementos naturais (como a chuva, por exemplo) enriquece muito a captaĂ§Ă£o, mas onde realmente o filme cresce Ă© na montagem e na trilha sonora, contar com John Ottman para as duas coisas foi realmente uma grande sacada de Singer, nĂ£o Ă© um filme musical nem um vĂdeo clipe de 2 horas e 14 minutos, Ă© muito mais que isso!
Bohemian Rhapsody superou muito as minhas expectativas com relaĂ§Ă£o ao filme, Ă© uma obra fantĂ¡stica, uma histĂ³ria real muitĂssimo bem contada, o custo de US$ 52 milhões que jĂ¡ faturou US$ 12 no primeiro dia de exibiĂ§Ă£o no mundo (nos EUA estrĂ©ia hoje!) jĂ¡ mostra a cara do sucesso, jĂ¡ começa a corrida em direĂ§Ă£o aos prĂªmios, vai transformar o jovem elenco em carreiras estreladas, vai mais uma vez mexer com os humanos do planeta terra em toda sua emoĂ§Ă£o e vai te fazer perguntar ao sair do cinema: foi tudo isso mesmo? Foi!
Tive a oportunidade de viver nessa Ă©poca de incertezas e, quis o destino, que eu fosse testemunha de uma das mais fantĂ¡sticas obras do cinema que conta uma parte da vida do maior interprete musical que se tem notĂcia. Estreou nesta quinta-feira Bohemian Rhapsody (GK Films, New Regency Pictures, Queen Films Ltd., Tribeca Productions, 20th Century Fox) que Ă© uma celebraĂ§Ă£o ao Queen e seu extraordinĂ¡rio vocalista.
Realizar uma obra deste porte 27 anos apĂ³s a morte do personagem mais icĂ´nico seria um dos maiores desafios das carreiras do diretor, do roteirista, dos atores, dos produtores, enfim, seria uma obra tĂ£o importante que atĂ© o Robert De Niro entrou nessa viagem como produtor e sabe por quĂª? Porque muitas pessoas que viveram naquela Ă©poca ainda estĂ£o vivas e tem fresca na memĂ³ria toda a revoluĂ§Ă£o que significou aquele momento do mundo. O brilhantismo do filme se deve ao diretor Bryan Singer (ele foi substituĂdo por Dexter Fletcher para as Ăºltimas cenas filmadas) que conseguiu trazer a atmosfera dos anos 70 com todos os seus dramas, ações e reações atravĂ©s do uso de uma enorme tecnologia de reconstituiĂ§Ă£o usada em vĂ¡rios momentos, a cena do EstĂ¡dio de Wembley Ă© impressionante.
O ponto alto da produĂ§Ă£o (que nĂ£o se pode dizer que tem falhas, porque nĂ£o tem) sĂ£o os atores, as caracterizações e as semelhanças fĂsicas com os componentes da banda impressionam, bem como a direĂ§Ă£o de arte que recria nos locais sempre bem preservados na Europa e Estados Unidos o ambiente que tĂnhamos naquela Ă©poca, quando estĂ£o no Brasil, a coisa se resume a um corredor.
O que falar do trabalho de Rami Malek (Freddie Mercury)? A transformaĂ§Ă£o do personagem durante a trama atĂ© a revelaĂ§Ă£o da doença mostra um ator crescendo durante o desenrolar do enredo. Isso por causa do espetacular roteiro que Ă© coerente, delicioso, suave e forte, escrito por um verdadeiro craque no assunto, Anthony McCarten Ă© especialista em contar histĂ³rias biogrĂ¡ficas, ele escreveu A Teoria de Tudo e tambĂ©m O Destino de Uma NaĂ§Ă£o, precisa falar mais?
AlĂ©m de Malek, os outros atores vivem um momento mĂ¡gico em suas carreiras, atĂ© porque depois deste filme todos certamente serĂ£o vistos com mais cuidado, as atuações de Ben Hardy (Roger Taylor), Gwilym Lee (Brian May) Joseph Mazzello (John Deacon) Allen Leech (Paul Prenter) Lucy Boynton (Mary Austin) dĂ£o o combustĂvel necessĂ¡rio para se contar essa espetacular histĂ³ria. Nela, Freddie Mercury desafiou estereĂ³tipos e quebrou convenções para se tornar um dos artistas mais amados do planeta. O filme mostra o sucesso meteĂ³rico da banda atravĂ©s de suas canções icĂ´nicas e som revolucionĂ¡rio, durante esse processo foi consolidado o legado da banda que sempre foi mais como uma famĂlia e que continua a inspirar desajustados, sonhadores e amantes de mĂºsica atĂ© os dias de hoje.
A fotografia de Newton Thomas Sigel Ă© tĂpica das sĂ©ries dos anos 70, seu cuidado com o uso de elementos naturais (como a chuva, por exemplo) enriquece muito a captaĂ§Ă£o, mas onde realmente o filme cresce Ă© na montagem e na trilha sonora, contar com John Ottman para as duas coisas foi realmente uma grande sacada de Singer, nĂ£o Ă© um filme musical nem um vĂdeo clipe de 2 horas e 14 minutos, Ă© muito mais que isso!
Bohemian Rhapsody superou muito as minhas expectativas com relaĂ§Ă£o ao filme, Ă© uma obra fantĂ¡stica, uma histĂ³ria real muitĂssimo bem contada, o custo de US$ 52 milhões que jĂ¡ faturou US$ 12 no primeiro dia de exibiĂ§Ă£o no mundo (nos EUA estrĂ©ia hoje!) jĂ¡ mostra a cara do sucesso, jĂ¡ começa a corrida em direĂ§Ă£o aos prĂªmios, vai transformar o jovem elenco em carreiras estreladas, vai mais uma vez mexer com os humanos do planeta terra em toda sua emoĂ§Ă£o e vai te fazer perguntar ao sair do cinema: foi tudo isso mesmo? Foi!
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