Presença do bicampeão da Fórmula 1 e das 500 Milhas de Indianápolis no encerramento da Velocult, principal evento focado na história do automobilismo brasileiro, é um presente da mostra aos aficionados por velocidade; além dos monopostos Copersucar-Fittipaldi, Opalões da década de 70 e vários outros modelos de corrida levam o público a uma viagem pelo túnel do tempo
Texto e fotos: VeloCult
Os aficionados por carros e velocidade têm só esta semana para visitar a exposição VeloCult, que todos os anos reúne máquinas que fizeram história no automobilismo brasileiro. No próximo sábado (21), quando termina a mostra, quem passar pelo Conjunto Nacional (Avenida Paulista), terá a oportunidade única de conhecer Emerson Fittipaldi, bicampeão da Fórmula 1 e das 500 Milhas de Indianápolis. Ele, que abriu a porta para os brasileiros na F-1, realiza sessão de autógrafo especial das 17h às 18hs.
Todos os carros expostos na VeloCult encantaram várias gerações, principalmente os monopostos lendários da equipe Copersucar-Fittipaldi, e levam adultos e crianças a uma viagem pelo túnel do tempo. Também integra a mostra 12 telas sobre automobilismo produzidas pelo artista plástico gaúcho Roberto Muccillo.
A equipe Copersucar-Fittipaldi, tema central da VeloCult 2015, foi um sonho materializado por Wilsinho e Emerson Fittipaldi há 40 anos. A única escuderia brasileira na história da Fórmula 1 realizou sua primeira prova em janeiro de 1975 no GP da Argentina.
A Velocult, principal evento voltado à história do automobilismo nacional, nasceu com a proposta de promover o resgate e a preservação da memória do esporte no país. Foi idealizada, em 2010, pelo designer e ex-piloto Paulo Solariz. Para ele, preservar a memória do esporte, “é preservar uma das partes mais importantes da nossa própria história”. Em 2014, Solariz também criou o Hall da Fama, que este ano ganhou seis novos nomes: Carol Figueiredo, Chico Lameirão, Alex Dias Ribeiro, Alfredo Guaraná Menezes, Raul Boesel e Jose Carlos Pace.
O projeto da VeloCult combina esporte e cultura, e resulta de uma admiração de Solariz por carros e corridas que começou cedo. Em 1956, aos quatro anos de idade, ele assistiu à sua primeira corrida no Autódromo de Interlagos e, desde então, não parou mais.
O ex-piloto acompanhou de perto o desenvolvimento do esporte no país e presenciou momentos como o batizado de “Crepúsculo das Carreteras”, fase em que os carros da indústria nacional começaram a se impor diante das máquinas importadas e adaptadas para as competições. Nesse mesmo período, a modalidade viu surgir pilotos como Camillo Cristófaro, Luiz Pereira Bueno, Bird Clemente, Chico Lameirão e Wilson Fittipaldi, cujo irmão Emerson abriu caminho na F-1 para vários brasileiros das gerações seguintes.
O automobilismo, além das emoções nas pistas, também marcou a carreira de Solariz como artista. É de sua autoria pinturas em óleo sobre tela do tricampeão Ayrton Senna e a criação de troféus do GP Brasil de F1, da Indy 300 SP e do Hall da Fama, entre outros trabalhos.
Pelo terceiro ano consecutivo, a Petrobras é a patrocinadora da Velocult. Por sua excelência como uma das maiores empresas do mundo, com tecnologia e inovação em todos os seus campos de ação, investe no automobilismo nacional da atualidade e se preocupa com o resgate da memória e a preservação da história desse esporte, que encanta brasileiros de todas as idades. O Condomínio Conjunto Nacional, referência arquitetônica e cultural de São Paulo, também renovou seu apoiou e volta a ceder o seu valorizado espaço à exposição, cuja iniciativa é única no país.
Agenda
Evento: 6ª. edição da VeloCult – Semana Cultural da Velocidade (www.velocult.com.br)
Quando: Até 21 de março
Onde: Espaço Cultural Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2073).
Visitação grátis: 8h às 22h (de segunda a sábado) e das 11h às 22h aos domingos e feriados.
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