É um filme perturbador, cheio de efeitos e que vai te prender
Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Paris Filmes
Você esta pronto para encarar a
vida? O mundo ao seu redor é o que realmente você quer para o seu futuro?
Aqueles que comandam realmente sabem o que é melhor para você e sua família?
Talvez você seja um Divergente, então, é melhor correr, você esta em perigo!
Baseado no best-seller homônimo
da escritora Verônica Roth, o filme provoca, instiga e surpreende em muitos
quesitos da vida que olhamos no espelho. O olhar profundo e provocador de
algumas pessoas fazem com que outras nos vejam de uma maneira diferente.
O filme Divergente (Summit Entertainment /
Red Wagon Entertainment / Paris Filmes) trás à tona a eterna pergunta, o que vamos ser
quando crescer? Claro que a estória se passa nos Estados Unidos, em uma futurista Chicago depois da guerra.
As pessoas estão divididas em cinco facções distintas com base nas suas
qualidades: Os que culpavam a agressividade formaram a Amizade, os que
culpavam a ignorância se tornaram a Erudição, os que culpavam a mentira
fundaram a Franqueza, os que culpavam o egoísmo geraram a Abnegação, e os que
culpavam a covardia se juntaram à Audácia.
Todos os jovens ao completar 16 anos
passam por um teste onde descobrem a qual facção pertencem. Beatrice Prior, vivida por Shailene Woodley (lembrada como a filha liberal de George Clooney em Os
Descendentes) descobre que não se encaixa em só uma facção, ela é
Divergente, o que significa que corre grande perigo de ser descoberta, pois os Divergentes
não podem ser controlados e devem ser eliminados.
É uma excelente trama. O roteiro
assinado por Evan Daugherty
e Vanessa Taylor
não se entrega à mesmice, coloca todos os elementos à disposição do competentíssimo
diretor Niel Burger, que têm no portfólio o surpreendente Sem
Limites, onde dirigiu nada mais nada menos que Bradley Cooper e
Robert De Niro. O diretor usa e abusa dos planos-seqüência, que tem
movimento continuo, vão desde o chão ao alto de uma torre, dá um retoque a
cenas de ação com enormes crateras a serem transpostas, aqueles que deixam,
quem têm medo de altura, pregados na cadeira.
A edição é impecável e cuidadosa,
feita pelo australiano Richard Francis-Bruce, que começou a
carreira com Mad Max 3, e engatou sucessos como Óleo
de Lorenzo, Um Sonho de Liberdade, Se7en,
A Rocha, Harry Potter e a Pedra Filosofal,
Motoqueiro Fantasma, Oblivion, tá bom ou quer mais? Ele soube dosar
efeitos com as cenas extremamente bem executadas em seu original, o ritmo da
edição é acelerado e pausado na medida certa, tem o timing correto para um
filme dessa complexidade.
Tudo isso embalado na trilha sonora do alemão Hanz
Zimmer, que assina a produção musical com o holandês Junkie
XL, onde juntos construíram uma quase imperceptível sonorização, mas de
importante graduação de impacto, com vários
elementos musicais em momentos chave do filme.
No elenco ainda estão a excelente
Ashley Judd (a
famosa esposa do piloto da Fórmula Indy, Dario Franchitti) como
Natalie Prior, mãe de Beatrice, a sempre exuberante e
vencedora do Oscar® de melhor atriz, Kate Winslet (a eterna Rose de
Titanic) vivendo uma vilã de expressões singelas e ao mesmo tempo
implacáveis. Aliás, o elenco feminino do filme torna os elementos masculinos
obscuros e coadjuvantes, são elas que fazem a diferença, como na vida real, as
mulheres se colocam sempre como as motivadoras e precursoras de mudanças no
mundo.
Sem olhar para
o orçamento de US$ 85.000.000 e o atual faturamento de US$ 176.000.000, o estúdio
promete para o ano que vêm o segundo filme que dá seqüência à saga. A produção
tem aquela aura de sucesso, vai pegar entre jovens e adultos, inclusive você
pode saber, antes de assistir, qual é a sua facção, entre na página http://divergenteofilme.com.br,
faça o teste e corra para o cinema, Divergente é um dos
imperdíveis do ano e você pode estar olhando para sua imagem num espelho
gigante.
A gente se encontra na semana que vem!
Beijos & queijos
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