Ordem equivocada de equipe e carros econômicos não faz um time campeão
Texto: Eduardo Abbas
Ver a corrida da Malásia no fim
de semana, me fez lembrar o filme Meu Malvado Favorito e seus
personagens amarelos, os Minions, aqueles seres que lembram pílulas de
vitamina, vivem fazendo confusão e são na verdade o ponto engraçado do filme.
Foi mais ou menos isso que
aconteceu na pista malaia. Uma série de trapalhadas e falta de acerto entre os
times acarretou em várias situações esquisitas entre seus pilotos. A corrida
não foi lá essas coisas, está se tornando normal, como nos últimos anos, as
melhores equipes largarem e irem embora, deixando para os intermediários fazer
algumas ultrapassagens. Quem tem piloto bom aparece, caso da Force Índia e o
Hulkenberg, sempre se metendo onde outros mais fortes deveriam estar, e quem
tem limitações técnicas fica mesmo a ver navios. Até agora, em relação ao ano
passado quase nada mudou: Mercedes, Red Bull, Ferrari e McLaren estão dando as
cartas, enquanto que a Williams aparece timidamente e a Lotus começa
desesperadamente a fechar o pelotão.
Já disse que, no meu modo de ver,
essa fase é quase uma seqüência da pré-temporada, as equipes ainda estão se
acertando, e o campeonato vai valer mesmo a partir da Europa. Mesmo assim as Mercedes se
mostram imbatíveis, pelo menos nesse momento. O Hamilton sobrou, mostrando que
é candidato forte ao titulo junto com seu companheiro Rosberg, que chegou em
segundo e lidera o campeonato. A Red Bull e o Vettel começaram a colocar as
mangas de fora e já estão se aproximando do time alemão. O terceiro lugar na
prova mostra que estão encontrando o caminho, aí meu nêgo, se cubra que vem
chumbo grosso. Quem esta decepcionando, por conta de uma esperança nos treinos
antes do inicio do campeonato é a Williams. Começou se mostrando um foguete e agora
não rende o esperado. Chova ou faça sol, a sinfonia é a mesma, os carros que,
pelos gráficos da FOM são os mais econômicos não brigam por vitória, nem mesmo
incomodam os mais velozes. Economia de combustível é bom pra carro de rua, em carro
de corrida tem que ter equilíbrio, gastar menos e não andar é um passo para o
fracasso.
E lá vem essa ladainha de novo. Muita
gente entendeu que, a “ordem” da equipe para o Massa e sua eventual desconsideração
foi uma forma de se rebelar. O que se esquece, inclusive ele, é que todas as
equipes são chamadas de times pela razão dos três mosqueteiros: um por todos e
todos por um. Adianta não deixar o companheiro, com mais condições, atacar o
adversário pelo simples fato de querer chegar à frente? Precisa a equipe expor
suas mazelas pelo rádio, onde todos ouvem tudo? O campeonato tem 19 etapas, se
na segunda neguinho já começa com essa palhaçada, tanto de piloto quanto de
equipe, quando chegar o fim do ano não vai sobrar nada, a não ser assistir os
outros vencerem. Traumas de Maranello que não serão curados em Grove, típico de
gente que não aprendeu a jogar xadrez quando era pequeno e agora erra na
estratégia.
Já na Indy, o que se viu foi um
novo começo arrasador de Will Power, como sempre acontece nos últimos anos. A
Penske, aliás, tem que se definir, não adianta deixar seus pilotos lutarem na
pista e no fim do ano acaba aplaudindo o Scott Dixon. O que aconteceu no ano
passado deveria servir de lição, mas não sei até onde o Roger esta a fim de
fazer esse sacrifício. O Helinho chegou em terceiro depois de largar em décimo
e o Tony, de equipe nova, largou em segundo e chegou em sexto. O grande senão é
a transmissão da corrida para o Brasil, a emissora oficial não vai deixar de
priorizar o futebol, e como teve que engolir esse ano a categoria, colocou no
seu canal a cabo que pouca gente tem. Uma pena, porque ao contrário da Fórmula
1, é a categoria mais disputada e emocionante que existe.
Vou ficando por aqui, no fim de
semana tem mais F1 no Bahrain, quem sabe os ânimos se acalmem, as pessoas
conversem e a categoria tenha um pouco mais de competição, porque até agora,
nada.
A gente se encontra na semana que
vêm!
Beijos &
queijos
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