A releitura ganha enredo mais moderno Ă© Ă³timos efeitos
Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Universal Pictures
NĂ£o Ă© de hoje que os uivos na calada da noite fazem o sangue congelar e aterrorizam os mais valentes, o cinema mostra durante toda a sua existĂªncia como modo de diversĂ£o, as diversas e criativas maneiras onde homens se transformam em seres caninos com desejos infinitos de acabar com tudo e com todos.
Essa nova leitura desse ser lendĂ¡rio, que Ă© descrito como um humano capaz de se transformar em meio animal, meio homem, Ă© muito interessante, em Lobisomem (Blumhouse Productions, Waypoint Entertainment, Cloak & Co., Universal Pictures) o conceito de proteĂ§Ă£o da famĂlia Ă© o fio condutor do romanceado terror bastante conhecido.
O diretor Leigh Whannell, que tambĂ©m assina o roteiro com Corbett Tuck, resgata a tal obrigaĂ§Ă£o do homem da casa de proteger a si mesmo e sua famĂlia quando eles estĂ£o, no caso, aterrorizados e assombrados por um lobisomem mortal Ă noite durante a lua cheia.
É uma produĂ§Ă£o cheia de detalhes pitorescos mesclados com atuações nem sempre em conformidade com o esperado. Julia Garner (Charlotte), Christopher Abbott (Blake) e Matilda Firth (Ginger) formam a trinca principal que deixa no ar um distanciamento estranho entre marido e esposa, a filha orbita entre os diversos sentimentos apresentados.
É uma realizaĂ§Ă£o competente, a fotografia de Stefan Duscio Ă© clara, nĂ£o usa a escuridĂ£o como muleta dos acontecimentos. A montagem de Andy Canny Ă© correta e dentro dos padrões exigidos para filmes desse porte, mas o que realmente surpreende sĂ£o os efeitos visuais. Na transformaĂ§Ă£o de Christopher Abbott foram usadas 650 prĂ³teses e tiveram sete horas de maquiagem feita por 25 artistas.
O filme, que custou US$ 25 milhões, jĂ¡ estĂ¡ em cartaz nos cinemas brasileiros e vale conferir essa nova produĂ§Ă£o que tem desfecho atĂ© certo ponto surpreendente, afinal de contas, o homem lobo ainda tem muita lenha e imaginaĂ§Ă£o para queimar.
0 ComentĂ¡rios