• Importado da China, possui 282 kWh de capacidade máxima de baterias e 150 km de autonomia;
  • Totalmente livre de emissão de poluentes, modelo é solução definitiva para frotistas que queiram ações concretas de ESG.

Texto: XCMG
Fotos: Claudio Larangeira

Desde que fez sua aparição pública, o XCMG E7-49T tem despertado grande expectativa no segmento de Logística do país. Primeiro cavalo mecânico com PBTC de 49 toneladas a se mover unicamente com eletricidade, o modelo chinês escreve um novo capítulo na história do segmento de carga rodoviária no mercado brasileiro.

A principal característica do modelo 100% elétrico é cumprir uma exigência cada vez mais disseminada entre os transportadores: diminuir a emissão média de poluentes de suas respectivas frotas. O motivo é simples. Ele é o primeiro modelo de sua categoria que oferece emissão zero de poluentes.

Equipado com propulsão totalmente elétrica, ele não emite uma única grama de CO ou produz os temidos “particulados”, conforme é tradicional nos modelos movidos a diesel. Essa proposta atende às necessidades de empresas e frotistas, além de aperfeiçoar rapidamente a imagem da companhia junto aos principais clientes, ele alcança 150 km de autonomia. Um caminhão-trator movido a diesel emite, em média, 750g de CO2 por km rodado, ou seja, cerca de 225kg por dia se rodar somente 300 km, isso dá cerca de 5,85 ton de dióxido de carbono por mês ou 70 ton ao ano! Quando o frotista que possui diretrizes ESG a serem cumpridas faz esse cálculo, a opção pelo E7-49G torna-se óbvia, a emissão de poluentes do modelo da XCMG é zero.

Duas opções de recarga para as baterias
O novo modelo introduzido no mercado brasileiro pela XCMG possui PBTC (Peso Bruto Total Combinado) de 49.000 kg. O powertrain do E7-49T é formado por um motor elétrico síncrono de imã permanentes com potência de 482cv e torque máximo de 2.000Nm (204,1 kgfm), auxiliado por uma transmissão automatizada (AMT) de 4 velocidades. Embora o torque seja linear e, em teoria, o motor elétrico não precise de “câmbio”, as reduções executadas pelas engrenagens ajudam a poupar energia elétrica nas arrancadas.

O operador pode guiar o modelo da XCMG na função “Drive” ou, se preferir, comandar as trocas de marchas, através de uma alavanca seletora no console central de forma idêntica ao que ele já está acostumado em caminhões com motores a diesel. A montagem do motor e da transmissão é do tipo central e o powertrain utiliza com eixo cardã para transmitir a tração aos dois eixos traseiros. Embora a adoção da propulsão elétrica permita soluções diferentes, como, por exemplo, a adoção do motor diretamente no eixo, os engenheiros da XCMG optaram por criar uma estrutura mecânica de eixos e suspensões com tecnologias e soluções comuns ao mercado, facilitando a eventual necessidade de manutenção. 

Com baterias constituídas por ferro fosfato de lítio, ele possui um total de 282 kWh. O modelo apresenta um sistema de bateria que permite duas diferentes opções de recarregamento. A primeira opção, já utilizada na maioria dos veículos elétricos, ocorre através dos sistemas de carregadores DC (corrente contínua), que, dependendo da potência e da infraestrutura disponível, pode completar a recarga em pouco mais de uma hora. A segunda opção é bastante criativa. Adotando tecnologia “swapping”, constitui-se de um pack de baterias substituíveis. No E7-49T, as células da bateria estão concentradas em um conjunto único, instalado atrás da cabine. A “caixa” permite sua troca rápida através de um sistema automatizado, que pode ser efetuado em pouco mais de seis minutos. Com o auxílio de uma empilhadeira simples, o frotista desconecta o pack do caminhão, retira o conjunto completo e instala outro, carregado, com facilidade. O investimento para este sistema é vantajoso para aplicações em transportadores que necessitam de agilidade na operação de retorno do caminhão à estrada.

Dirigibilidade é um dos pontos altos do E7-49T
Nas operações com caminhões desse porte, a dirigibilidade de modelos convencionais é relativamente confortável em trechos rodoviários. O motorista realiza menos trocas de marchas por impor velocidades constantes. Mas sempre é perturbado pelas vibrações inerentes aos motores a diesel, bem como convive com o alto ruído provocado por seu funcionamento. Já quando tem que enfrentar percursos urbanos, o operador sofre. Todos esses ruídos se multiplicam.

Esqueça de tudo isso ao adotar um caminhão 100% elétrico. A condução é absolutamente simples. A alavanca seletora no console central oferece as posições Drive (com trocas manuais) ou a marcha-a ré. E são só dois pedais: freio e acelerador. Não há embreagem.

Tecnologia também nos sistemas de segurança
O novo caminhão-trator 100% elétrico do mercado brasileiro não decepciona na oferta de sistemas ativos de segurança. Ele pode contar com alerta de colisão frontal, LDWS (Lane Departure Warning System), ou sistema de aviso de saída de faixa, AEBS (Advanced Emergency Braking System), espécie de sistema semiautomático que auxilia o sistema de frenagem em emergências e ESC (Electronic Stability Control), controle de estabilidade eletrônica capaz de controlar e distribuir a pressão nas diferentes rodas do veículo. Serão vendidas 200 unidades, cada uma custando R$ 1,3 milhão, é o preço da evolução.