O capitulo final da franquia de terror Ă© digno e cheio de surpresas
Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Universal Pictures
NĂ£o se pode falar nem pensar em Halloween sem vir Ă cabeça a icĂ´nica atriz que viveu os Ăºltimos 45 anos Laurie Strode. Jamie Lee Curtis, que Ă© filha de atores famosos e dona de grande talento dramĂ¡tico, estreou na telona no longa que deu origem a interminĂ¡vel franquia, claro que sua carreira teve grandes sucessos premiados, mas nĂ£o se compara ao fato de agora estar fechando a porta de seu papel mais longevo.
Estreia hoje nos cinemas brasileiros Halloween Ends (Blumhouse Productions, Miramax, Rough House Pictures, Trancas International Films, Universal Pictures) aquele que promete ser o capitulo final da saga do incansĂ¡vel assassino Michael Myers, pelo menos para a Blumhouse Productions, os direitos vĂ£o voltar para Malek Akkad, filho de Moustapha Akkad, que produziu a sĂ©rie original, jĂ¡ Jamie, vai se aposentar de sua personagem.
O filme Ă© a continuaĂ§Ă£o dos eventos de Halloween Kills: O Terror Continua, a saga chega a um clĂmax arrepiante jĂ¡ que Myers sobreviveu a tudo provando ser a verdadeira personificaĂ§Ă£o do mal e que nĂ£o pode ser parado, no confronto apenas um sobreviverĂ¡. Sem mais spoilers, atĂ© porque sĂ£o muitas variações e muitos caminhos que o filme apresenta e precisa ser conferido, claro, por quem gosta do gĂªnero e, principalmente, da franquia.
David Gordon Green continua com a funĂ§Ă£o tripla de escrever, produzir e dirigir, o roteiro desta vez tem algumas nuances e direcionamentos diferentes, o foco da narrativa procura envolver a cidade toda de Haddonfield e isso traz uma nova perspectiva para o modelo de filme de terror. A direĂ§Ă£o firme com conduĂ§Ă£o cuidadosa deixa os atores mais Ă vontade na pele de seus personagens, as cenas mais fortes sĂ£o cuidadosamente elaboradas sem usar de artifĂcios explĂcitos, Green, desta vez, subiu o patamar.
Os efeitos visuais seguem o mesmo cuidado de nĂ£o extrapolar o necessĂ¡rio e claro, manter a equipe de captaĂ§Ă£o e ediĂ§Ă£o dos longas anteriores, mostra uma evoluĂ§Ă£o na narrativa muito interessante, a fotografia de Michael Simmonds Ă© clara e reveladora, ele aproveita focos de luz em alguns takes que valorizam a aĂ§Ă£o. JĂ¡ a montagem de Timothy Alverson Ă© aflitiva e sempre deixa o espectador esperando algo surpreendente, apoiada na perfeita trilha sonora de John Carpenter, que Ă© o grande criador dessa confusĂ£o toda!
Halloween Ends tem orçamento divulgado de US$ 20 milhões pelos 111 minutos de exibiĂ§Ă£o, Ă© pouco, principalmente pela qualidade do elenco e dos equipamentos utilizados, certamente algumas pessoas vĂ£o se dar bem se optaram por receber parte da bilheteria, que sĂ³ vai poder ter maiores de idade na sala, a ClassificaĂ§Ă£o Indicativa Ă© de 18 anos pelo conteĂºdo sexual, violĂªncia extrema e drogas lĂcitas. Pode ir se programando, mesmo que nĂ£o seja muito sua praia esse tipo de filme, Ă© para quem gosta de cinema bem feito que atualiza temas de sucesso, e claro, vai marcar a despedida da atriz dessa personagem, que jĂ¡ começa a deixar saudade.
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