A interminável saga que faz do Dia das Bruxas um motivo para matar, vai agradar quem gosta de violência e muito sangue

Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Universal Pictures

Filmes de terror sempre apresentam ideias criativas e macabras para promover sustos, mas desde que resolveram usar a tradicional festa de Halloween, celebrada desde sempre na América do Norte, como motivo para matar, o tema se tornou inesgotável e a imaginação dos produtores segue o mesmo caminho.

No Brasil esse tipo de comemoração era mais discreta, o Dia das Bruxas estava ligado a escolas de origem americana e europeia, elas usavam a data para promover maior interação entre alunos e claro, difundir a cultura do primeiro mundo nos personagens tupiniquins. Hoje tudo se mistura, a festa ganhou corpo e os condomínios nas grandes cidades, a única coisa que não muda é a vontade de matar de personagens criados pelas mentes criativas dos produtores cinematográficos.

Dando continuidade infinita ao tema, estreou nos cinemas brasileiros Halloween Kills: O Terror Continua (Miramax, Blumhouse Productions, Trancas International Films, Home Again Productions, Rough House Pictures, Universal Pictures), dá pra dizer que se trata de uma forma mais profissional de fazer filmes de terror, com cast de talento comprovado, roteiro menos absurdo e realização mais competente.

Esta é a continuação dos eventos do filme de 2018 e tem a palavra de ordem: “O mal morre hoje”. A noite de Halloween quando Michael Myers voltou ainda não acabou. Laurie Strode (Jamie Lee Curtis) é levada às pressas para o hospital junto com sua filha Karen (Judy Greer) e sua neta Allyson (Andi Matichak) acreditando que ela finalmente matou seu torturador ao longo da vida. Mas Michael se livra da armadilha e seu ritual de banho de sangue recomeça em Haddonfield, chega de spoiler, agora você vai ter que conferir o que acontece no cinema.

Já que se trata de continuação, nada melhor que manter o diretor. David Gordon Green que escreveu, produziu e dirigiu, o fez de forma mais suave. Evidentemente que temos muito sangue na lente, mortes brutais, mas o bom gosto em evitar closes desnecessários e exageros faz com que, mesmo não apreciando muito o tema, não se sofra demais durante os 105 minutos que dura o filme.

Também continua no projeto o diretor de fotografia Michael Simmonds, a fotografia tem cara dos anos 90, é clara sem ser exagerada, e o editor Timothy Alverson faz uma montagem clássica sem muita ajuda computadorizada, isso valoriza os cenários, a maquiagem e os efeitos visuais e especiais.

De uma coisa você pode ter certeza, Halloween Kills: O Terror Continua não será o ultimo de sua linhagem, o longa que custou US$ 20 milhões faturou no primeiro fim de semana US$ 56 milhões, é um enorme incentivo para os produtores correrem atrás de mais continuações. A classificação indicativa de 16 anos é por causa das drogas, medo e violência extrema e sim, deve ser conferido em salas de cinema seguras para se realmente ter o impacto pretendido pelos seus criadores. Aproveite este antes da chegada do próximo.

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