Nas curvas e retas de Suzuka, o campeonato mundial pode terminar, como já aconteceu 11 vezes na história

Texto e fotos: Pirelli

Os pneus e a pista

  • Os três compostos mais duros retornam no Japão, o C1 como White Hard, o C2 como Yellow Medium e o C3 como Red Soft, esta será a última vez que usaremos o composto C1 mais duro este ano.
  • A segunda sessão de treinos livres no Japão foi estendida para 90 minutos para permitir o testes de pneus para pista seca da próxima temporada, essa mesma programação também vai acontecer no GP dos Estados Unidos. Os testes de Suzuka e Austin serão usados para ajustar os compostos para 2023, com todo o FP2 sendo dedicado aos testes de pneus. Se uma equipe usar um jovem piloto no FP1, é permitido executar seu próprio programa durante os primeiros 30 minutos do FP2 antes de se concentrar no teste de pneus para o restante da sessão. Os pneus protótipos podem ser facilmente reconhecidos, pois não carregam marcas coloridas nas paredes laterais.

  • Como Singapura, que aconteceu no fim de semana passado, o GP do Japão foi realizado pela última vez em 2019. O desafio é ainda maior com as equipes tendo que lidar com o circuito, com as condições climáticas e a configuração de uma forma completamente nova com a última geração de carros e pneus.
  • Suzuka é sobre forças laterais ao invés de tração e frenagem, mas as cargas são bastante equilibradas entre os lados esquerdo e direito. Os carros e pneus são submetidos a alguns dos mais longos carregamentos de força G vistos ao longo do ano. A curva 130R, por exemplo, é de raio longo (130 graus), mas é feita com pé cravado no acelerador, como se fosse uma reta.

Mario Isola - Diretor de Motorsport da Pirelli: “Pergunte aos pilotos quais são seus circuitos favoritos e Suzuka sempre estará no topo da lista, com curvas exigentes como em nenhum outro lugar, como a 130R e a Spoon, além da atmosfera e história verdadeiramente especiais e fãs incríveis. Há um número aproximadamente igual de curvas à esquerdo e à direita no layouts, isso significa que as demandas do circuito são equilibradas uniformemente. As cargas de energia sustentadas através dos pneus são algumas das mais altas que registramos durante todo o ano, e o desenho da pista nos faz trazer os três compostos mais duros devido aos altos níveis de uso dos pneus. Com a última geração de carros sendo mais pesada e os limites de desempenho sendo constantemente pressionados, esse desafio é maior que nunca. Uma inovação para este ano é que vamos testar alguns protótipos de pneus para 2023 durante a sessão de treinos livres da tarde de sexta-feira, isso para finalizamos as especificações para o próximo ano, já que o final desta temporada se aproxima”.