Os compostos mais duros retornam à Espanha
Texto e fotos: Pirelli
Porque escolhemos os pneus
- Tal como aconteceu no ano passado, quando o GP da Espanha foi realizado pela primeira vez em meados de agosto, os pneus mais duros da gama regressam ao Circuito de Barcelona, na Catalunha: C1 como P Zero White Hard, C2 como o P Zero Yellow Médio e o C3 como P Zero Red Soft, a mesma nomeação que foi feita em Portugal no último final de semana.
- Embora as condições climáticas devam ser consideravelmente mais frias na Espanha do que no ano passado, as demandas de alta energia da pista permanecem, especialmente a longa curva 3 para a direita, que impõe forças consideráveis no pneu dianteiro esquerdo, em particular. Não só isso, mas a curva 9 também é um desafio para os pneus. Como resultado, os compostos mais duros ainda são a escolha mais adequada.
- Pela primeira vez desde 2014, não houve nenhum teste de pré-temporada em Barcelona, então as equipes vêm a este circuito com seus novos carros pela primeira vez, sem ter tido a chance de coletar dados sobre o desempenho dos carros nessa pista em suas especificações mais recentes.
Características da pista
- O layout mudou este ano, com perfil modificado da Curva 10 (La Caixa) para melhorar a segurança. O resultado é uma curva para esquerda mais larga do que a versão anterior, que permitiu uma maior área de escape e encurtará a zona de frenagem, com maior velocidade de entrada de curva. A volta agora também está 20 metros mais longa.
- As conhecidas demandas da pista de Barcelona tornam a tática de uma parada bem desafiadora, embora a probabilidade do clima mais frio deva ajudar este ano. Em 2020, a corrida foi vencida pelo piloto Lewis Hamilton com uma sequência de Soft-Médio-Soft em duas paradas, embora Sergio Pérez tenha terminado em quino após parar apenas uma vez, de Soft para Médio, enquanto Valtteri Bottas foi ao pódio usando uma estratégia de três paradas.
- Barcelona é conhecida por ser uma pista onde é bastante difícil ultrapassar na maior parte da volta, embora a longa reta descendente possa dar uma vantagem de potência e DRS para ajudar a alinhar um movimento de ultrapassagem. Tudo isso torna a posição de classificação e a estratégia de corrida particularmente importantes para ganhar uma posição na pista.
- Com uma série de corridas de apoio na programação, a superfície deve evoluir rapidamente com mais borracha acumulada, diferentemente de outros GPs deste ano onde a Fórmula 1 foi a única ação em pista.
Mario Isola - Gerente mundial de Motorsport da Pirelli: “A estratégia de corrida em Barcelona foi influenciada principalmente pelas altas temperaturas da pista na temporada passada. Este ano, com a corrida voltando para uma data de primavera, as temperaturas serão mais amenas, mas ainda devem ser um fator-chave por trás da estratégia. A alteração de perfil da curva 10 oferece outro desafio que pode influenciar a forma como os pilotos encaram a volta. Já vimos, no passado, que a estratégia tem sido um dos principais fatores de diferenciação em Barcelona e temos a expectativa de que esse seja o caso mais uma vez neste fim de semana”.
0 Comentários