Do alto de seus 88 anos, Clint Eastwood
continua em forma, na frente e atrás das câmeras
Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Warner Bros. Pictures
Ele realmente é uma exceção à
regra, não tente fazer isso com sua carreira se você pensa em trabalhar com
cinema, ser Clint Eastwood só será possível uma vez.
Não é a toa que ele hoje é um venerado ator e respeitado diretor, tudo no mesmo pacote, ele soube exatamente a hora de evoluir tanto como pessoa quanto como profissional da sétima arte, criou uma identidade completamente diferente do começo da carreira e aprendeu com gente muito competente a tirar o melhor de cada ator que é regido por sua batuta.
Estreou na quinta-feira no Brasil, mas já estava fazendo sucesso desde dezembro nos EUA, o septuagésimo segundo filme como ator, quadragésimo quinto como produtor e quadragésimo como diretor, A Mula (Imperative Entertainment, Bron Creative, Malpaso Productions, Warner Bros. Pictures) tem um tema pesado e uma surpresa na realização: não tem tiro nem pancadaria, pode?
Com ele tudo pode, no roteiro baseado em fatos reais, Eastwood é Earl Stone, um homem de 80 anos que está falido e lhe oferecerem um trabalho onde tudo que tem que fazer é dirigir. Sem saber, ele aceita, vira transportador de um cartel mexicano e acaba na mira de do agente Colin Bates (Bradley Cooper) do órgão de combate às drogas americano.
É um Road Movie deliciosamente escrito por Nick Schenk (Gran Torino, O Juiz) que foi baseado em uma matéria da New York Times Magazine, fotografado pelo competentíssimo canadense Yves Bélanger (Brooklyn, Clube de Compras Dallas, Livre, A Chegada) e tem na montagem Joel Cox (Os Imperdoáveis, Sobre Meninos e Lobos, Menina de Ouro, Gran Torino, Os Suspeitos, Sniper Americano), velho companheiro do diretor e o melhor editor de filmes em atividade.
As interpretações de um elenco gigante são todas coerentes e muito fortes, Eastwood comanda Michael Peña, Taissa Farmiga, Andy Garcia, Laurence Fishburne, Alison Eastwood e Dianne Wiest entre outros, de forma sensível sem tirar a característica nem a importância do personagem. As cenas mais tensas e dramáticas ganham um tamanho grau de simplicidade que você só vai se dar conta do gigantismo quando sair do cinema.
A Mula tem classificação indicativa de 14 anos, talvez pelos palavrões inseridos no contexto e que não são nada de mais, tem criança com menos de 5 anos que já sabe outros mais cabeludos de cor e salteado. Melhor correr para o cinema, os 116 minutos do filme foram deixados de lado pelos senhores do careca dourado, mas faz sucesso na bilheteria, gastaram US$ 50 e já faturaram mais de US$ 136 milhões, afinal de contas não é sempre que se pode apreciar um filme de Clint Eastwood que vai virar clássico em poucos anos, aguarde!
Não é a toa que ele hoje é um venerado ator e respeitado diretor, tudo no mesmo pacote, ele soube exatamente a hora de evoluir tanto como pessoa quanto como profissional da sétima arte, criou uma identidade completamente diferente do começo da carreira e aprendeu com gente muito competente a tirar o melhor de cada ator que é regido por sua batuta.
Estreou na quinta-feira no Brasil, mas já estava fazendo sucesso desde dezembro nos EUA, o septuagésimo segundo filme como ator, quadragésimo quinto como produtor e quadragésimo como diretor, A Mula (Imperative Entertainment, Bron Creative, Malpaso Productions, Warner Bros. Pictures) tem um tema pesado e uma surpresa na realização: não tem tiro nem pancadaria, pode?
Com ele tudo pode, no roteiro baseado em fatos reais, Eastwood é Earl Stone, um homem de 80 anos que está falido e lhe oferecerem um trabalho onde tudo que tem que fazer é dirigir. Sem saber, ele aceita, vira transportador de um cartel mexicano e acaba na mira de do agente Colin Bates (Bradley Cooper) do órgão de combate às drogas americano.
É um Road Movie deliciosamente escrito por Nick Schenk (Gran Torino, O Juiz) que foi baseado em uma matéria da New York Times Magazine, fotografado pelo competentíssimo canadense Yves Bélanger (Brooklyn, Clube de Compras Dallas, Livre, A Chegada) e tem na montagem Joel Cox (Os Imperdoáveis, Sobre Meninos e Lobos, Menina de Ouro, Gran Torino, Os Suspeitos, Sniper Americano), velho companheiro do diretor e o melhor editor de filmes em atividade.
As interpretações de um elenco gigante são todas coerentes e muito fortes, Eastwood comanda Michael Peña, Taissa Farmiga, Andy Garcia, Laurence Fishburne, Alison Eastwood e Dianne Wiest entre outros, de forma sensível sem tirar a característica nem a importância do personagem. As cenas mais tensas e dramáticas ganham um tamanho grau de simplicidade que você só vai se dar conta do gigantismo quando sair do cinema.
A Mula tem classificação indicativa de 14 anos, talvez pelos palavrões inseridos no contexto e que não são nada de mais, tem criança com menos de 5 anos que já sabe outros mais cabeludos de cor e salteado. Melhor correr para o cinema, os 116 minutos do filme foram deixados de lado pelos senhores do careca dourado, mas faz sucesso na bilheteria, gastaram US$ 50 e já faturaram mais de US$ 136 milhões, afinal de contas não é sempre que se pode apreciar um filme de Clint Eastwood que vai virar clássico em poucos anos, aguarde!
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