A nova versĂ£o do sedĂ£ chega com
detalhes mais elaborados e surpreende com maior eficiĂªncia
Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Honda
Diz-se que o silĂªncio Ă© de ouro,
muitas coisas na vida sĂ£o feitas sem alarde, nĂ£o Ă© preciso chamar muito a
atenĂ§Ă£o para algo que certamente vai evoluir, para erros que serĂ£o corrigidos,
muito menos valorizar demais o que jĂ¡ Ă© bom, gritar demais Ă s vezes traz mais
problemas que soluções.
Foi assim com essa repaginada do Honda City EX CVT, durante uma semana
eu pude avaliar em diversas condições, na cidade e no interior e sim, é um
carro mais confortĂ¡vel e econĂ´mico que seu antecessor. Ele segue na mesma
pegada que fez dele um objeto, mas, e sempre
existe um mas, precisava se modernizar, ficar mais bonito e até trazer de volta
o charme que transformou o patinho feio em cisne.
Vinicius de Moraes afirmava que "beleza Ă© fundamental" e por isso a Honda
nĂ£o economizou esforços, sĂ£o sutilezas marcantes na versĂ£o 2018 do
sedĂ£ na sua segunda geraĂ§Ă£o. Ele ganhou novos pĂ¡ra-choques na dianteira e
traseira, nova grade frontal, farĂ³is em LED e palhetas do tipo flat blade, sĂ£o pequenos
detalhes que fazem uma grande diferença quando se olha o conjunto todo, ficou
mais harmonioso e requintado.
A parte mecĂ¢nica nĂ£o mudou, nem
era preciso, o motor 1.5 i-VTEC FlexOne
gera 116 cv de potĂªncia e 15,3 kgf.m de torque com etanol e 115 cv e 15,2 kgf.m
com gasolina. O modelo estava abastecido com o combustĂvel renovĂ¡vel e
surpreendeu muito quando o assunto Ă© economia, houve uma melhora grande se
comparar com o modelo anterior que avaliei em 2015, que vocĂª pode lembrar AQUI,
nĂ£o sei o que fizeram na parte mecĂ¢nica, que tambĂ©m conta com a transmissĂ£o CVT
que simula 7 marchas, mas ah, que mexeram, mexeram!
Segredos existem para serem
guardados e um dia revelados, enquanto isso fui mesmo Ă© andar com esse Ă³timo
exemplar de sedĂ£ pelas sempre engarrafadas ruas e avenidas de SĂ£o Paulo. A semana
corrida com vĂ¡rios compromissos fez com que eu cruzasse a cidade algumas vezes
e em alguns momentos de pico de congestionamento. As viagens foram muito agradĂ¡veis por
conta das novidades no acabamento interno e equipamentos mais sofisticados do Honda City EX CVT: ar condicionado
digital full touchscreen, sistema de som com Bluetooth e entrada USB, direĂ§Ă£o
elétrica EPS, travas e vidros elétricos nas quatro portas, Volante
multifuncional com ajuste de altura e profundidade, airbags laterais, apoio de
braço, tela de 5 polegadas e a sempre
amada cĂ¢mera de rĂ©.
Dirigir Ă© muito gostoso, ele tem
respostas rĂ¡pidas e executa as manobras com muita precisĂ£o, a boa relaĂ§Ă£o entre
motor e cĂ¢mbio permite que, mesmos em velocidades baixas, a 4ª marcha seja a mais
utilizada. Com isso, as rotações nĂ£o passam de 1.500 rpm e tem um impacto muito
positivo na economia de combustĂvel, segundo dados do computador de bordo,
consegui a média de 10,6 km/l que é muito boa para um carro deste porte, com 3
pessoas a bordo e ar condicionado ligado. Uma caracterĂstica muito marcante Ă© a
posiĂ§Ă£o de dirigir, com bancos mais esportivos o “encaixe” Ă© muito melhor, aliado a isso a empunhadura do volante que Ă©
muito mais firme e agradĂ¡vel.
Ele conta com o Cruise Control,
um apĂªndice eletrĂ´nico que resolvi avaliar com mais cuidado nos testes que faço
com veĂculos de todas as marcas. O Honda
City EX CVT nĂ£o foge a regra e tĂªm caracterĂsticas muito parecidas com seus
concorrentes, com o controle ligado ele gasta mais, vocĂª maneirando na pressĂ£o do
pé no acelerador a bebedeira diminui consideravelmente. Fiz uma viagem de tiro curto até Bragança
Paulista, capital nacional da linguiça, a cidade ganhou esse status graças a Dona Palmira Boldrini. Era ela que preparava a
linguiça caseira, feita de pernil de porco, de forma inigualĂ¡vel lĂ¡ na ItĂ¡lia durante
a segunda guerra, depois do conflito, a famĂlia decidiu vir para o Brasil e se
estabelecer na cidade onde continuou a produzir a iguaria que é apreciada até
hoje.
No caminho de ida utilizei o
Cruise Control, que tem como caracterĂstica manter sempre a velocidade
planejada, com isso as trocas de marcha sĂ£o quase uma constante, sĂ³ nas retas
generosas da estrada de traçado antigo, porĂ©m modernizado, o Honda City EX CVT se acalmava na 7ª marcha. Com isso o consumo e conseqĂ¼entemente
a autonomia ficaram prejudicados, a média mostrada no computador de bordo
indicava 11,3 km/l, ligeiramente melhor que na cidade.
Na volta a conversa foi outra,
mantendo a velocidade limite de 100 km/h da rodovia controlando apenas no pé
direito o desempenho pouco mudou, mas a economia, quanta diferença! Sem abusar
do Honda City EX CVT, raramente
houve uma reduĂ§Ă£o de marcha mesmo em trechos de subida, os indicadores de
economia sempre ficaram em posições mais altas e consegui uma Ă³tima mĂ©dia de 12,9
km/l, que segundo o computador de bordo me garantiriam quase o dobro de
autonomia que era indicado na ida, sempre com a luz verde que envolve o velocĂmetro
na cor verde.
Esse modelo nĂ£o Ă© o topo de
linha, é quase, tem preço inicial sugerido de R$ 77.900,00 com frete incluso, 3
anos de garantia sem limite de quilometragem, assistĂªncia 24 horas, jĂ¡ estĂ¡ nas
concessionĂ¡rias da marca para agendar Test Drive, 6 cores para escolher, muita
beleza exterior e conteĂºdo para quem gosta de desfrutar de um carro que, como
tudo feito pelos japoneses, nĂ£o vai te dar trabalho.
Ficha TĂ©cnica
MOTOR
|
1.5L i-Vtec SOHC
|
|||||
CombustĂvel
|
Etanol / Gasolina - FlexOne
|
|||||
Cilindrada (cm³)
|
1.497
|
|||||
DiĂ¢metro dos cilindros x curso dos pistões
(mm)
|
73 X 89,4
|
|||||
Nº de cilindros / disposiĂ§Ă£o / vĂ¡lvulas por
cilindro
|
4 / EM LINHA / 4
|
|||||
PosiĂ§Ă£o
|
TRANSVERSAL
|
|||||
PotĂªncia mĂ¡xima - cv / rpm
|
(E) 116/6000 - (G) 115/6000
|
|||||
Torque mĂ¡ximo - kgfm / rpm
|
(E) 15,3/4800 - (G) 15,2/4800
|
|||||
Taxa de compressĂ£o
|
11,4 : 1
|
|||||
FormaĂ§Ă£o de mistura
|
InjeĂ§Ă£o eletrĂ´nica PGM-FI
|
|||||
TRANSMISSĂƒO
|
DX
|
Personal
|
LX
|
EX
|
EXL
|
|
CĂ¢mbio
|
MANUAL 5 MARCHAS
|
CVT
|
CVT
|
CVT
|
CVT
|
|
Embreagem
|
DISCO SECO
|
CONVERSOR DE TORQUECONVERSOR DE TORQUECONVERSOR DE
TORQUECONVERSOR DE TORQUE
|
||||
Rodas motrizes
|
DIANTEIRA
|
DIANTEIRA
|
DIANTEIRA
|
DIANTEIRA
|
DIANTEIRA
|
|
Relações de marchas
|
1ª
|
3,461
|
2.526-0.408
|
2.526-0.408
|
2.526-0.408
|
2.526-0.408
|
2ª
|
1,869
|
-
|
-
|
-
|
-
|
|
3ª
|
1,235
|
-
|
-
|
-
|
-
|
|
4ª
|
0,948
|
-
|
-
|
-
|
-
|
|
5ª
|
0,767
|
|||||
RĂ©
|
3,307
|
2.706-1.382
|
2.706-1.382
|
2.706-1.382
|
2.706-1.382
|
|
Dif
|
4,625
|
4,992
|
4,992
|
4,992
|
4,992
|
|
SUSPENSĂƒO
|
||||||
Dianteira
|
Independente tipo MacPherson
|
|||||
Traseira
|
Eixo de torĂ§Ă£o
|
|||||
DIREĂ‡ĂƒO
|
||||||
Tipo
|
AssistĂªncia elĂ©trica EPS
|
|||||
DiĂ¢metro de giro do veĂculo (m)
|
15,3
|
|||||
Voltas no volante (batente a batente)
|
3
|
|||||
FREIOS
|
||||||
Dianteiros
|
Disco ventilado
|
|||||
Traseiros
|
Tambor
|
|||||
RODAS E PNEUS
|
DX
|
LX
|
EX
|
EXL
|
||
Liga Leve 15 x 6J
|
Rodas 15 x 6J
|
Liga leve 16 x 6J
|
Liga leve 16 x 6J
|
Liga leve 16 x 6J
|
||
Pneus 185/60 R15
|
Pneus 185/60 R15
|
185/55 R16
|
185/55 R16
|
185/55 R16
|
||
DIMENSĂ•ES EXTERNAS (mm)
|
DX
|
LX
|
EX
|
EXL
|
||
Comprimento
|
4.455
|
|||||
Largura (inclui retrovisores)
|
1695
|
|||||
Altura (teto)
|
1485
|
|||||
DistĂ¢ncia entre eixos
|
2600
|
|||||
Bitola dianteira/traseira
|
1482 / 1482
|
1482 / 1482
|
1476 / 1466
|
1476 / 1466
|
1476 / 1466
|
|
DIMENSĂ•ES INTERNAS (mm)
|
||||||
NĂºmero ocupantes
|
5
|
|||||
Head Room (frente / tras.)
|
935 / 903
|
|||||
Leg Room (frente / tras.)
|
1062 / 982
|
|||||
Shoulder Room (frente / tras.)
|
1391 / 1337
|
|||||
CAPACIDADES (litros)
|
||||||
Porta malas (litros)
|
536
|
|||||
Tanque de combustĂvel (litros)
|
46
|
|||||
PESOS (kg)
|
DX
|
Personal
|
LX
|
EX
|
EXL
|
|
Em ordem de marcha
|
1074
|
1.108
|
1.121
|
1.124
|
1135
|
|
Peso mĂ¡ximo permitido
|
1460
|
1520
|
1520
|
1520
|
1520
|
|
MANUTENĂ‡ĂƒO
|
||||||
Revisões, km/tempo
|
10.000 / 12 meses (o que ocorrer primeiro)
|
|||||
Troca de Ă³leo do motor, km/tempo
|
10.000 / 12 meses (o que ocorrer primeiro)
|
|||||
Garantia
|
3 anos sem limite de
quilometragem
|
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