Na 13ª etapa do ano, finalmente o piloto da Honda acordou para a vida e equilibrou ainda mais o campeonato

Texto: Eduardo Abbas
Fotos: motogp.com

Finalmente um campeonato mundial de categoria TOP consegue mostrar o que todos querem ver: equilíbrio. Claro que existem as melhores e as piores equipes, mas em 2016 a MotoGP consegue sair do lamaçal que parecia estar se dirigindo e mostrar força e interesse para quem acompanha as corridas.


São 9 vencedores diferentes no ano, 8 alternados desde a etapa de Mugello em maio onde Honda, Yamaha, Ducati, Suzuki e duas equipes satélite conseguiram subir ao alto do pódio, pilotos que nunca chegaram lá apareceram para mostrar a cara, faltava o chato, pedante e sem sal do Dani Pedrosa, afinal de contas esta é a 11ª temporada pela mesma equipe oficial e não ganhou nada além de experiência.


Com os outros pilotos se mostrando melhores e mais combativos, o anão espanhol teve que se coçar, afinal de contas o fim do ano está próximo e tem muita gente melhor que ele para pilotar para a equipe e que certamente vão trazer mais e melhores resultados. Aí ele resolveu finalmente correr, no fim de semana passado, em Misano.


Para mim ele ainda continua sendo um merda, mas é impossível não louvar a sensacional vitória que ele conseguiu. Não largou bem, aliás, como tem feito a temporada toda, caiu várias posições e lá pela metade da prova começou uma impressionante reação. Veio literalmente atropelando todo mundo, tinha uma tocada tão firme que nem lembrava ser o Dani Pedrosa que conheço bem, eu estava na corrida de Jerez em 2006 quando ele estreou na categoria e lá mostrou que não seria nada mais que um número no grid, ações geram reações e muitas vezes certezas.


Venceu no domingo e entrou na briga matemática pelo título do ano e de quebra complicou a vida do Rossi, que precisava vencer e descontar ainda mais a diferença que tem para Marquez no campeonato. São ainda 125 pontos em jogo e uma diferença de 43 em favor do espanhol, caso não aconteça nenhum complicador para o Marc vai ficar difícil chegar e passar, mas Valentino é Valentino e as próximas corridas devem ser muito mais emocionantes, ele tem que lutar contra os adversários e a diferença de idade que têm para os outros, é impossível fazer um prognóstico, mas eu acredito que em condições normais ele não chega.


Vou ficando por aqui, no fim de semana vai ter a Fórmula 1 em Cingapura e aí vão faltar apenas seis GP´s para nos livrarmos do Zacarias de vez e talvez dois para saber o futuro do Nasr, esse sim é um menino que vale a pena torcer. E por falar em torcida, também no domingo os olhos estarão voltados para Sonoma, na Califórnia, para o encerramento do campeonato da Indy e eu conto tudo que aconteceu na Europa e Estados Unidos na semana que vêm.


Beijos & queijos

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