Carlos Sousa / Paulo Fiuza estĂ£o na 9ª colocaĂ§Ă£o da geral e Guilherme Spinelli / Youssef Haddad chegaram em 11º na etapa de hoje, ocupando o 15º no acumulado

Texto e fotos: Mitsubishi

Foram dois dias com 1.380 quilĂ´metros sem o contato com a equipe e qualquer assistĂªncia. Mas a Equipe Mitsubishi Petrobras completou a etapa maratona e chegou Ă  Iquique, no Chile, pronta para a segunda metade da prova.


Carlos Sousa e Paulo Fiuza completaram o dia entre os 10 melhores da prova. "A sensaĂ§Ă£o de chegar Ă© muito boa. As especiais desses dois dias foram muito bonitas. Toda a populaĂ§Ă£o estĂ¡ muito animada com a passagem do Dakar. O objetivo estĂ¡ cumprido e, com o Guiga vindo atrĂ¡s de nĂ³s, a segurança Ă© muito grande", comentou o piloto. A dupla completou a especial de hoje na 10a colocaĂ§Ă£o e estĂ£o em 9o na classificaĂ§Ă£o geral.


Guilherme Spinelli e Youssef Haddad ganharam uma posiĂ§Ă£o, ocupando agora o 15o lugar na classificaĂ§Ă£o geral. "Ontem foi extremamente atĂ­pico, com muita chuva, lama e trechos alagados. Tivemos uma parte de piso bom, sinuoso, alternando com longas retas. Depois entramos em um piso ruim e fomos limitados pela nossa suspensĂ£o. No fim do dia, percebemos que um dos amortecedores havia quebrado, mas fizemos uma mudança na configuraĂ§Ă£o da suspensĂ£o para compensar isso. Hoje viemos com muito cuidado e atrĂ¡s do Carlos e do Paulo, que Ă© nosso objetivo", explica Guiga, que ficou com o 11o lugar nesta etapa.
A prova de hoje teve dois ingredientes marcantes na largada e na chegada. Logo no inĂ­cio da manhĂ£, os veĂ­culos se posicionaram no Salar de Uyuni e largaram lado a lado, em grupos de cinco. Para fechar o dia, a descida pela maior duna urbana do mundo, com mais de um quilĂ´metro de altura e quatro de extensĂ£o.
"Nunca tinha feito esse tipo de largada em linha, alĂ©m de termos visto o sol nascendo no Salar. SĂ£o coisas como essa que marcam o Dakar. Em Iquique Ă© essa chegada maravilhosa", disse Paulo.
"O Salar nĂ£o tinha limite de largura", contou Guiga. Foram mais de 100 quilĂ´metros em linha reta por um campo aberto de sal branco em alta velocidade. "A grande dificuldades da maratona foi a chuva de ontem, que mudou a histĂ³ria desses dois dias. Nunca fiz uma etapa com tanta chuva e tanta dificuldade para navegar, nĂ£o enxergava nada, o pneu destracionava e mudava o hodometro. E acabou complicando tambĂ©m a especial de hoje, jĂ¡ que era na mesma regiĂ£o", comentou Youssef. "Na Ăºltima duna, quem olha a partir do acampamento nĂ£o tem noĂ§Ă£o de como Ă©. NĂ£o Ă© fĂ¡cil. Pra descer, tivemos que seguir por muitas outras dunas, vamos ganhando altura", completa. Guiga ainda explica: "É inacreditĂ¡vel. O Ă¢ngulo Ă© tĂ£o acentuado que a sensaĂ§Ă£o Ă© que estamos caindo, e vai ficando negativo e mais inclinado conforme vamos descendo. O visual Ă© o mais impressionante. Do alto temos a visĂ£o do oceano e do acampamento."


Nesta segunda-feira (12) Ă© dia de descanso para os pilotos e muito trabalho para os engenheiros e mecĂ¢nicos, que farĂ£o a manutenĂ§Ă£o completa dos dois ASX Racing. "O mais importante serĂ¡ conversarmos com a equipe e definir a estratĂ©gia para a reta final, se atacamos mais, se mantemos o que temos feito, se mudamos algo na conduĂ§Ă£o. É um dia muito importante para isso tambĂ©m", explica Carlos.

Mas, claro, o repouso para encarar a metade final do Dakar serĂ¡ fundamental "Vamos descansar bastante e nĂ£o pĂ´r despertador para acordar", brinca Youssef.