Montoya e Nasr vencem e Massa
continua com a mesma ladainha
Texto: Eduardo Abbas
Tem certas coisas na vida que já
passaram do limite do aceitável, uma delas é o interminável repertório de
desculpas de pilotos de corrida para justificar um fracasso. Nesse fim de
semana, a coisa que parecia estar mais azeitada por conta da crítica em minha
coluna de duas semanas atrás, foi toda por água abaixo por conta de um treino
desastroso e uma largada absolutamente amadora.
Que a Williams não esta nem aí
pro Massa, já deu pra perceber, mas ele mesmo não se ajuda. Tanto no treino que
ele arrebentou o carro, quanto no classificatório onde em nenhum momento impôs
sua condição de piloto de equipe grande, a coisa já se desenhava mal. E na
corrida, durante a meia volta que deu até encontrar a desgovernada Ferrari do
Kimi, onde alguns consideraram uma proeza não ter batido de frente, veio depois
a “explicação”: claro que a culpa é do carro. Só pra deixar claro, se ele não
tivesse mancado na largada, o finlandês não ia cruzar o caminho dele. Pra mim
já deu!
Vamos ao que interessa. Na
corrida, e pela primeira vez no ano, Rosberg teve problemas com a sua Mercedes
e abriu caminho para uma vitória fácil de Hamilton e um show de pilotagem do
Bottas, que é na verdade o piloto revelação do ano, ele conquistou um segundo
lugar justíssimo largando do 14º lugar e controlando com muita competência o
Ricciardo.
O destaque mesmo foi a
espetacular disputa entre Alonso e Vettel na luta pelo 5º lugar. Foi um desses
pegas que só os grandes conseguem fazer, dois campeões do mundo disputando
curva a curva, freada a freada, usando os limites da pista, da legalidade, do
esporte. O alemão levou a melhor, coisa obvia, pois ele é muito melhor que o
espanhol, mas valeu para dar uma certa emoção à corrida, coisa que a
transmissão da TV não conseguiu fazer, enfim...
Já em Pocono, a Fórmula Indy fez
mais uma etapa e Juan Pablo Montoya finalmente, após a sua volta à categoria,
venceu e convenceu. A disputadíssima corrida na pista e nos boxes foi um
exercício de contas e bandeiras necessárias para se chegar ao fim. Na chegada,
o colombiano levou a melhor no braço e na tática e agora, em quarto no
campeonato, começa ser a pedra no sapato dos companheiros de equipe que estão
na liderança.
Antes de encerrar, vale lembrar a
vitória maiúscula que o Felipe Nasr conquistou no domingo na GP2. O piloto
brasiliense é a nova esperança de uma melhor situação do automobilismo do
Brasil no mundo, e uma coisa já tem de vantagem em relação ao seu xará: não
vive procurando passar a culpa pra outro, se erra assume, se vence, agradece a
todos. É a diferença de formação de piloto e motorista.
A gente se encontra na semana que
vêm!
Beijos &
queijos
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