MVC PLANEJA QUADUPLICAR RECEITA NA ÁREA DE ENERGIA EÓLICA ATÉ 2015
Empresa já tem três plantas dedicadas à produção de componentes para o segmento
Texto e fotos: Secco Consultoria
A MVC, empresa líder nacional em
tecnologia na produção de componentes em plásticos de engenharia e pertencente
às Empresas Artecola e a Marcopolo, pretende aumentar em 300% a sua receita no
segmento de energia eólica até 2015. Esse desempenho está baseado no forte
crescimento da área no Brasil em razão dos investimentos previstos de até R$ 27
bilhões e da construção de novas usinas.
A expectativa
da empresa é, já em 2014, fornecer 300 conjuntos completos de nacelles (corpo)
e spinners (nariz) de aerogeradores, conversores de energia eólica em elétrica.
“Para 2015, deveremos atingir 800 conjuntos produzidos, entregues a clientes
como Gamesa, GE, ALSTOM e WEG, e atingir receita de R$ 80 milhões somente neste
segmento. Essa era a nossa previsão de produção para 2017. Ou seja, estamos
atingindo a meta traçada dois anos antes”, destaca Gilmar Lima, diretor-geral
da MVC.
Segundo o
executivo, a razão para esse crescimento acelerado tem como grande diferencial
o desenvolvimento pela MVC de um novo processo para produção desses
componentes, o RTM-SKIN (Resin Transfer Molding). Este novo processo substitui
o de infusão e tem como vantagens garantir ciclo de produção e custo menores
para o mesmo desempenho. “Uma peça que era feita em 480 minutos pelo processo
de infusão (considerando o ciclo completo), hoje é feita em apenas 60 minutos”
salienta Lima.
A MVC
produziu, este ano, cerca de 100 conjuntos, com destaque para o corpo do
aerogerador. “Em 2014, daremos início à produção de todos os projetos de
spinners (nariz). Nossa expectativa pode ser alcançada muito antes se todos os
investimentos previstos para o setor acontecerem”, explica Gilmar Lima.
A EPE (Empresa
de Pesquisa Energética) habilitou 687 projetos para o segundo leilão de energia
elétrica deste ano, visando o abastecimento do País em 2018, no total de 21.130
megawatts. A energia eólica liderou em número de projetos e de volume de
geração que será ofertado, totalizando 539 usinas, ou 13.287 megawatts. A
maioria dos projetos de usinas eólicas está localizada no Nordeste do país
(408), e o restante no Sul (131).
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