Em outubro de 2013, as importadoras de veículos
associadas à ABEIVA têm discreto crescimento de 1,8% em comparação a setembro
No acumulado do ano, a queda ainda é de dois dígitos, registrando
redução de 16,6%
Texto e fotos: Abeiva
As 29 marcas de veículos e comerciais leves associadas à
ABEIVA (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos
Automotores) registraram pequeno crescimento de 1,8% nos emplacamentos no
último mês de outubro, em comparação ao mês de setembro de 2013. O resultado está alinhado ao que a entidade
já havia constatado nos demais meses no ano e a perspectiva é a de que, em 2013,
os emplacamentos totais das associadas
não deverão ultrapassar 115 mil unidades.
Em outubro de 2013, foram emplacados 9.826 novos
veículos importados pelas associadas à ABEIVA, o que representa 3,1% do total
de automóveis e comerciais leves emplacados no Brasil, que registraram 313.490
emplacamentos.
No acumulado do ano (janeiro a outubro), as
associadas à entidade emplacaram 94.228 veículos, o que representa uma queda de
16,6% na comparação com o mesmo período de 2012. Esse resultado dos dez meses
do ano representa apenas 16,4% do total de novos veículos e comerciais leves
importados emplacados no Brasil em 2013. As montadoras instaladas no país, que
também importam veículos e outros importadores não associados à ABEIVA,
emplacaram respectivamente 83,1% e 0,5%.
Os resultados seguem confirmando o que se
imaginava aconteceria após o aumento do IPI para veículos importados e da decisão
sobre as cotas para importadores, anunciados em novembro de 2011.
Índices macro-econômicos mostram desafios importantes para
o setor
As projeções do crescimento do PIB, taxas de
inflação, juros e câmbio sinalizam que o ambiente macro econômico em 2014 não
será muito diferente do que se viu em 2013. Para o presidente da ABEIVA, Flavio Padovan, os principais desafios do
país residem nos índices amplamente divulgados por entidades e organizações
internacionais como o World Economic
Forum, o Banco Mundial e a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e
Desenvolvimento (UNCTAD). “São estudos que indicam que o Brasil precisa
investir em infraestrutura de transportes; reduzir a burocracia e os entraves
para obtenção de licenças para que as empresas operem no Brasil; reduzir a
carga tributária, reduzir o alto custo de produção e as dificuldades para se
fazer negócios no país; aumentar a produtividade e a competitividade e melhorar
o grau de abertura comercial”, cita Padovan.
O World
Economic Forum analisou 148 países e o Brasil aparece na 114a
posição em qualidade de infraestrutura geral de transporte e na 56a
posição no ranking de competitividade. “Sabemos que o país tem os fundamentos
para reverter esse quadro e as empresas estrangeiras representadas pelas
associadas da ABEIVA mantêm seus planos de atuação no Brasil, seja como
importadoras ou analisando possibilidades de instalação de fábricas. A decisão
de investimentos para a construção de uma fábrica requer, além de um mercado
consumidor forte e da atuação nesses pontos de melhoria citados, que a
indústria de auto-peças também seja modernizada para atender às necessidades
desses novos possíveis fabricantes”, reitera o presidente da entidade.
A ABEIVA afirma que permanece otimista com o
crescimento da economia brasileira e que entende a decisão do Governo ao ter
criado o Programa INOVAR AUTO, para estimular a instalação de novas fábricas no
país. “Nosso papel como entidade é o de apoiar nossas associadas. Nem todas as importadoras
serão fabricantes e a possibilidade desses produtos continuarem no mercado
impulsiona a competitividade e gera comparação para o consumidor, que exige
produtos com mais valor agregado”, finaliza Flavio Padovan.
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