O novo filme de Luc Besson mistura três culturas em um filme divertido e cheio momentos inesperados, capitaneado pelo magistral Robert De Niro

Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Paris Filmes

Tudo que somos na vida tem uma semente que começa em casa. O lar faz parte de toda a nossa cultura e vai carregar para sempre a herança do que seremos no futuro, com os pés no passado. Para os italianos, nada é mais importante que os parentes, aqueles que são próximos e se ajudam, criando o vinculo incorruptível entre todos da mesma casta.


Estréia na sexta-feira, dia 20 de setembro, A FAMILIA (Relativity/Europa/Paris Filmes) um filme que resume tudo que italianos nascidos na América e que precisam ir viver na França entendem por essa relação entre pais e filhos. Os outros parentes, que se danem, afinal Robert De Niro é um gângster, ele e sua família são levados a uma pacata cidade francesa, na região da Normandia, sob os cuidados do Programa de Proteção à Testemunha, após dedurar a máfia. Apesar dos esforços do agente Stansfield (Tommy Lee Jones) para mantê-los na linha, Fred Blake (Robert De Niro), sua mulher Maggie (Michelle Pfeiffer) e seus filhos, Belle (a linda e charmosa Dianna Agron) e Warren (o verdadeiro bambino John D’Leo), não conseguem resistir aos velhos hábitos de resolver seus problemas à moda “da família”. O caos se instala quando seus antigos comparsas da máfia tentam encontrá-los e as coisas acabam da maneira mais improvável possível.


De Niro, do alto dos seus recém completados 70 anos, esta absolutamente em forma, dando um show de interpretação, não deixa de fora nem o seu característico sorriso (em alguns momentos, por causa da barba, até lembra o satânico Louis Cyfer de Coração Satânico) ajudado, e muito, pela sempre exuberante Michelle Pfeiffer, num visual de mama da máfia mais que perfeito, assumindo até os anos que se passaram, mas não deixaram marcas na beleza do seu rosto. 


Tommy Lee Jones foge um pouco das características de ser o senhor da ação, claro que continua mandando prender e soltar, e tem um personagem especialíssimo e engraçado na medida certa.


O trio comandado pelo competentíssimo Luc Besson, (Nikita, O Quinto elemento, e a produção e roteiro das duas seqüências de Busca Implacável) que também assina a produção e o roteiro, tem as cenas de ação muito bem dirigidas, usando efeitos especiais somente aonde é preciso, contando uma história fácil de ser entendida, engraçada de ser vivida e muito prazerosa de ser assistida. O filme também tem uma citação a um clássico do cinema no tema gangster e ao grande parceiro de De Niro, Martin Scorsese, um dos produtores executivos do filme. Coisa típica de cineasta francês, que idolatra seus ídolos além-mar, pois respeitam os que tratam essa arte da forma mais profissional do mundo.


A Família é um filme leve, apesar das mortes, tiros, explosões, brigas e deve ser visto e revisto, principalmente pelo desempenho do trio central, sabe-se lá quando teremos a felicidade de vê-los de novo juntos.

A gente se encontra na semana que vem!

Beijos & queijos

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