A
vida nos ensina muitas coisas, nas derrotas nos tornamos mais fortes para
quando chegar a vitória, poder sentir o sabor forte da conquista. Em Monza, o
quase tetracampeão Sebastian Vettel deu uma aula de como ganhar um campeonato,
muito parecido com o que fazia seu professor, o Schumacher. Ele sobrou e vai
continuar sobrando nas corridas que faltam, nem precisa vencer mais nenhuma e o
Alonso precisa ganhar todas, não precisa do companheiro de equipe para tirar
pontos de ninguém, o espanhol precisa que o Massa se meta entre ele e o alemão.
Missão (quase) impossível. Nessa terça-feira, aconteceu o que muitos esperavam,
mas não foi nenhuma surpresa, o Felipe Massa postou em uma rede social que esta
fora da Ferrari em 2014. A
batata dele já estava assando havia certo tempo, a falta de resultados
expressivos e os pilotos definidos na Red Bull, fez com que as coisas
acontecessem muito antes do esperado.
Diferentemente
do que as pessoas estão querendo saber (para onde vai o Felipe?), eu penso em
que tipo de postura ele vai adotar daqui pra frente? Se continuar sendo segundo
piloto, obedecendo cegamente as ordens da equipe, que tipo de escuderia abriria
as portas para ele ser o primeiro? Se ele se rebelar, como os outros vão
enxergar isso? É um problema sério e que vai precisar ter a cabeça no lugar
para não se fazer bobagem, afinal, ter que cumprir o aviso prévio até a corrida
do Brasil não vai ser fácil. Melhor seria se, já a partir da próxima etapa, ele
deixasse de guiar para a Ferrari, não tem sentido defender um time que vai te
colocar pra fora daqui a 2 meses, e com isso pode tentar um novo assento para o
ano que vem.
Por
que o automobilismo brasileiro tem que ser humilhado desse jeito? Porque os
dirigentes, presidentes e diretores de federações e da confederação apenas se
preocupam em recolher as taxas e viajar para os eventos. Não formamos e nem
temos planos de formar mais nenhum piloto em condições de ganhar um campeonato
do mundo, nunca tivemos um campeão na GP2, não temos representantes, se tiver
dinheiro senta se não tiver levanta, que sejam contratados pelo talento, não
existe mais nada aqui que lembre que um dia fomos imbatíveis no automobilismo
mundial. A lista dos corajosos que ficaram pelo caminho é muito grande, a dos
que nunca tiveram nenhum apoio, muito maior. Não cabe mais nos dias de hoje ter
dirigentes tão amadores em esportes tão profissionais, não precisamos mais de
sorrisos e apertos de mãos, precisamos que as pessoas tenham vontade e arregacem
as mangas. O que vivemos hoje no automobilismo se deve a inércia e a falta
total de planejamento, não só nos carros e motos, se no esporte o atleta não usar
chuteiras e tiver mais 10 companheiros, não existe, enquanto morrem os
autódromos, nascem os elefantes brancos.
Vou
ficando por aqui, deixando uma pergunta no ar que eu já havia citado na minha
coluna da semana passada: será que o prefeito de São Paulo vai gastar R$
160.000.000 na reforma do autódromo sabendo que, mesmo que o Massa vá para
outra equipe e o Felipe Nasr entre na categoria, os brasileiros não tem chance
de vitória? Ainda vai passar muita água debaixo dessa ponte.
A gente se encontra na semana que vem!
Beijos &
queijos
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