Em certos momentos sĂ£o pacientes Pra lĂ¡...pra cĂ¡....pra lĂ¡....pra cĂ¡, Ă s vezes sĂ£o frenĂ©ticos pralĂ¡pracĂ¡pralĂ¡pracĂ¡pralĂ¡pracĂ¡, outras apenas  calculados pralĂ¡...................pracĂ¡............. pralĂ¡...................pracĂ¡, essas sĂ£o as rotinas mais corriqueiras, existem outras que a criatividade mecĂ¢nica e a necessidade de espaços impõem, mas sĂ£o apenas variações do mesmo tema

Texto e fotos: Carlos Lua


Os Limpadores de para-brisas avançam implacĂ¡veis e nos defendem contra chuvas, neves, sujeiras, poeiras sortidas, artes de passarinhos, vidas de insetos, Ă³leos queimados, asfaltos despregados, insistentes operadores anĂ´nimos de serviços nĂ£o requisitados nos sinais de trĂ¢nsito, folhas suicidas, multas carbonadas, cartões de Zona Azul, folheteria diversa, tickets de estacionamento, fumaças monĂ³xidadas e tudo o mais que insiste em entrar em batalha direta contra eles, apoiados pacificamente nesse vidro dianteiro temperado e salvador que nos separa dos cenĂ¡rios externos. Muitos dignos de nota, aliĂ¡s.


Sim, os Limpadores de para-brisas sĂ£o aliados importantes, uma contribuiĂ§Ă£o imprescindĂ­vel para nosso conforto e segurança porque sĂ£o confiĂ¡veis, aparentemente nĂ£o sofrem de monotonia e apenas, por vezes, saltam, rangem, chiam, assobiam, deixam estrias e nos jogam em perigosos voos cegos. Isso porque nĂ³s nĂ£o cuidamos deles da maneira devida, estamos faltando ao respeito e Ă© bom corrigirmos isso!


Desde que foram patenteados pela senhora Mary Anderson nos Estados Unidos em 1903, demoraram em substituir os rodinhos (sĂ³ em 1916) que a turma levava dentro dos carros e, de vez em quando, espichava a mĂ£o para fora para usĂ¡-los. Ainda nessa Ă©poca eram operados manualmente e sĂ³ em 1921 se tornaram “automĂ¡ticos” como diziam.


Imaginem sĂ³ como evoluiu essa parte mecĂ¢nica dos veĂ­culos de hoje em dia que aguentam uma mĂ©dia de dois milhões de idas e vindas em seu perĂ­odo de vida! Lembrem-se que agora alĂ©m dos dispositivos de funcionamento intermitente, programĂ¡vel, existem os que entram em aĂ§Ă£o sem nossa intervenĂ§Ă£o, mesmo quando nĂ£o chove. AtĂ© mesmo na cidade de Lima no Peru onde nunca chove.


JĂ¡ pararam para calcular o quanto todas essas idas e vindas se traduziriam em quilometragem para as borrachas (com seus poucos centĂ­metros de espessura) das palhetas? Qualquer coisa perto de 100 mil quilĂ´metros!


Por isso tudo nĂ£o apenas 1) vocĂª deve se valer dessas novas palhetas (que substituem as arcaicas armações de metal por eficientes espĂ¡tulas de borrachas especiais com uma “alma” de metal que mantĂ©m uma pressĂ£o constante no para-brisas - seja qual curvatura tiver- mesmo em alta velocidade e 2) cuidar delas com carinho.


Exatamente, de nada adianta vocĂª ter palhetas Valeo Evolution II Extra, por exemplo, (quem tem sabe do que estou falando e como elas mudam o jeito de vocĂª ver o mundo com suas borrachas especiais, pressĂ£o constante e assim por diante), e deixa-la ao lĂ©u!  Sempre que puder limpe-a tambĂ©m, todas as vezes em que lavar o carro ou todas as vezes em que parar para abastecer passe um pano Ăºmido na borracha e vai ver que sua vida vai ter uma perspectiva inteiramente nova, nĂ­tida e clara.