Este reboot do filme de 1977
mudou de gênero e ganhou em efeitos de última geração
Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Walt Disney Studios Motion Pictures
Definitivamente 2016 é o ano dos
reboots, pelo menos um filme de cada grande estúdio de Hollywood foi
modernizado, feita, como gostam de chamar os produtores, “uma nova releitura” o que para nós, singelos mortais, é algo mais
simples de explicar: uma re-filmagem.
No caso mais específico, esta estória
água com açúcar que a Disney lançou lá nos anos 70,
misturava atores com desenho animado e era uma coisa que encantava jovens e
adultos da época, já mostrava uma incrível técnica de se fazer filmes com
animações que seriam colocadas posteriormente. O novo filme de 2016 não perdeu
esse charme, mas abandonou o gênero musical que também era muito difundido nas
produções, o titio Walt adorava e o tornou um gênio nessa coisa de fazer cinema:
sincronizar canções e animações. Coisa de louco? Pode ser, mas que era legal e
bem feio, isso era.
Estréia hoje no Brasil a produção
Americana realizada na Nova Zelândia Meu Amigo, O Dragão (Walt
Disney Pictures, Walt Disney Studios Motion Pictures),
que custou a bagatela de US$ 65 milhões e faturou quase US$ 75 milhões desde o
seu lançamento no dia 12 de agosto. É considerada uma bilheteria média, assim
como teve seu antecessor que não entrou nas maiores arrecadações do mundo, mas
teve em contrapartida uma premiação no Oscar®.
Nessa nova aventura, o velho
escultor de madeira Mr. Meacham (vivido pelo eterno galã Robert Redford) tem
encantado crianças locais com suas histórias sobre o terrível dragão que mora
no meio da floresta do Noroeste do Pacífico. Para sua filha, Grace
(onde a Bryce Dallas Howard, de Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros,
Histórias
Cruzadas está quase irreconhecível) que trabalha como guarda
florestal, essas histórias são apenas fantásticas, até que ela encontra Pete
(o menino Oakes Fegley de Sete Dias Sem Fim).
Ele é um garoto de 10 anos sem
família nem casa, diz viver na floresta com um dragão gigante e verde chamado Elliot
que parece ser semelhante ao ser das histórias de Mr. Meacham. Com a ajuda
de Natalie
(Oona
Laurence, lembrada por Nocaute), uma garota de 11
anos cujo pai Jack (Wes Bentley de Jogos Vorazes) é
dono da madeireira local, Grace parte para descobrir de onde Pete
veio, onde é o seu lugar e a verdade sobre o dragão.
Com roteiro e direção de David
Lowery (Amor Fora da Lei) o filme ganha em diálogos e
interpretações interpessoais, a relação com o dragão é mais próxima quando o
menino se comunica com ele, os outros personagens, por medo ou preconceito,
procuram sempre manter uma distância segura do tal monstro, claro que tem o
cara mau que quer ficar rico à custa do bicho e claro que tem aqueles que
acreditam na liberdade ser o melhor presente.
As paisagens da Nova Zelândia
ajudam muito na fotografia sempre clara do montenegrino Bojan Bazelli (O
Cavaleiro Solitário, O Aprendiz de Feiticeiro, Sr.
& Sra. Smith, O Chamado) e que facilitou a
montagem da Lisa Zeno Churgin (Os Últimos Passos de um Homem,
A
Escolha Perfeita, Como Agarrar Meu Ex-Namorado),
mas quando se trata da interação com o CGI a coisa não ficou lá muito perfeita.
Não tenho uma explicação oficial,
mas como meu site também publica assuntos relacionados ao turismo pelo planeta,
eu já sabia muito tempo antes da cabine de imprensa que o governo neozelandês
havia participado ativamente da produção, fizeram o maior barulho na divulgação
inclusive organizando excursões para os locais utilizados nas filmagens. Talvez
por isso os produtores não tenham usado a fantástica Industrial Light and Magic
para fazer os efeitos e acabaram optando pela Weta Digital, ambas são
concorrentes no segmento, são competentíssimas, mas a subsidiaria da Disney
tem um “Q” de diferente, ficou com
cara de como se fosse um “obrigado”
para os isolados povos do Oceano Índico essa coisa de usar a empresa local.
Meu Amigo, O Dragão
é pra família toda, pode levar os pequenos sem susto porque o tal monstro é
dócil e tem uma cara alegre, em pouco mais de 1 hora e meia dá para se encantar
com um enredo fácil de compreender e claro, tem a mensagem que nós que vivemos
na era digital sempre esquecemos, precisamos amar e proteger os animais, sejam
eles do tamanho que forem.
A gente se encontra na semana que vêm!
Beijos & queijos
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