Com mais de 40 anos de Brasil, a BorgWarner apresenta sua nova unidade industrial e suas modernas soluções

Texto: Eduardo Abbas
Fotos: SD&Press Consultoria

Os motores à combustão ainda fazem parte da maioria dos veículos que circulam no mundo, seja para uso particular, coletivo ou mesmo para trabalhos em diversos ramos de atividade, são hoje medidos por sua eficiência e economia de combustível e para isso são necessárias sempre evoluções tecnológicas que visam diminuir gastos de manutenção e ampliar a vida útil dos propulsores.


Trabalhando de uma forma quase invisível, a BorgWarner, uma empresa de origem Norte-Americana que foi fundada no final do século 19 e hoje tem um faturamento mundial de US$ 80 bilhões e mais de 30.000 empregados nas suas 74 fábricas em 19 países, apresentou aos jornalistas brasileiros as suas novidades que são produzidas na novíssima unidade e Itatiba, interior de São Paulo, naquela que é a mais moderna unidade industrial do grupo.


A BorgWarner ampliou seu campo de ação, agora também fornece soluções para os ecológicos automóveis híbridos e veículos elétricos, mas não tira os olhos dos atuais motores. Uma das grandes novidades é a tendência mundial na substituição das correias dentadas pelas correntes de sincronismo e por quê? Por vários motivos, o principal deles é a longevidade desse elemento, a diminuição de barulho, a precisão das diversas engrenagens envolvidas e uma melhora significativa em economia e desempenho dos novos motores.


Os fabricantes brasileiros estão optando agora por esse tipo de solução de engenharia em seus motores, eles sofrem apenas a adoção de componentes específicos para as correntes, como tensionadores, guias, braços e engrenagens, todos fabricados pela BorgWarner e fornecidos em forma de kit que são fabricados pela divisão Morse Systems. O funcionamento é idêntico ao da antiga correia dentada, mas por ser feita de borracha e viver em contato com metais, tem um maior desgaste e uma vida útil menor.


A nova unidade da BorgWarner, inaugurada em 2012 e que custou menos que um estádio da Copa do Mundo, já está produzindo esses kits para uma montadora e está em negociação com outras duas, sua atual capacidade de 550 mil motores por ano deve dobrar até o primeiro semestre de 2017 com esse aumento de demanda. Para 2018 a empresa espera atingir a capacidade total superior a 1 milhão de unidades por ano com o início da produção do VCT (Variable Cam Timing), produto ligado ao comando de abertura e fechamento das válvulas, otimizando a queima de combustível e reduzindo o gasto de consumo de combustível.


A outra novidade é a embreagem viscosa Visctronic® que permite controlar a velocidade do ventilador de forma precisa, fornecendo um mecanismo mais eficiente de refrigeração. É uma inovação que diminui o consumo de combustível e melhora o desempenho do motor, usa um software especialmente calibrado para se comunicar com a unidade eletrônica de controle do motor e a tecnologia permite reduzir o consumo de energia quando a ventilação de ar não é necessária. Através de uma colméia preenchida com silicone liquido, o sistema faz com que a hélice pare de girar e só retorna ao trabalho normal quando houver um aumento de temperatura, tudo isso controlado pela entrada e saída do silicone na colméia. “Para nós, a produção local e a liderança do mercado é motivo de orgulho, ainda mais por fornecer um produto que auxilia os fabricantes de veículos a cumprir as normas de emissões, que estão cada vez mais exigentes”, declara Fabio Lupano, responsável pela unidade Thermal Systems.


As grandes novidades e que contam com a tecnologia de ponta desenvolvida pelo centro de engenharia da BorgWarner em Marshall, nos Estados Unidos, são as bombas de água com acionamento inteligente, que pode ser viscoso, elétrico ou ambos. O produto, que já está em produção em série na Europa e agora desembarca no Brasil, funciona de forma independente do conjunto mecânico e proporciona uma economia de combustível da ordem de 1% até 1.9%. Esse sistema deve equipar 60% das pickup’s que rodam no país, o que vai acarretar em um aumento de produção até 2019 três vezes maior do que é hoje.


A BorgWarner também se prepara para exportar seus produtos para o México, quer aumentar seus números em vendas no mercado nacional e firmar sua posição de acreditar no Brasil, aquela empresa que chegou quietinha em 1975 em Campinas e era apenas lembrada pela produção dos turbocompressores, cresceu, mudou de endereço, mas não perdeu a sua essência, fabricar componentes modernos e avançados. Todos que gostam de automóveis agradecem.