A preocupação com a segurança veicular tem ganhado crescente apelo entre os consumidores brasileiros

Texto e fotos: PST 

As discussões levantadas pelos setores automobilístico, de autopeças e de seguros, principalmente, trazem à tona as tendências tecnológicas e as mais avançadas soluções disponíveis no mercado, bem como as vantagens que agregam. Soma-se a isso, um motorista mais bem informado, exigente e disposto a investir em ferramentas que tragam mais tranquilidade em seus trajetos diários.


A inquietação não é à toa. Por sua vez, os criminosos também estão mais sofisticados em suas abordagens e estratégias. Basta nos lembrarmos do recente caso em que ladrões nos Estados Unidos conseguiram enganar os sistemas eletrônicos de automóveis de luxo, destrancando-os com um dispositivo criado a partir de um aparelho vendido por US$ 5 na internet.
No Brasil, a situação também merece atenção. Segundo a CNseg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização), no primeiro semestre de 2014 foram roubados 266 mil veículos no País, volume 39% superior ao mesmo período do ano passado. Muito embora os índices tenham diminuído nos três últimos meses, a preocupação com a segurança não deve ser deixada de lado.
Atualmente, há uma série de itens automotivos que podem evitar ou minimizar os riscos da violência. Basicamente, e já mais propagados, temos os vidros e travas elétricos, alarmes e películas anti-vandalismo.
Os dois primeiros nasceram mais como artigos de conforto. Com o tempo, o viés de proteção dos itens se sobressaiu, provando que são aliados indispensáveis à segurança veicular. Esses equipamentos, quando associados a um alarme ou sistema de keyless entry, evitam os chamados roubos de oportunidade, no caso de as portas ou os vidros serem esquecidos abertos. Os módulos mais sofisticados, por exemplo, permitem o fechamento rápido dos vidros com apenas um ou dois toques no botão, além de possuírem a tecnologia anti-esmagamento, evitando, principalmente, acidentes com crianças.


As películas anti-vandalismo também são úteis em caso de tentativas de roubo ou furto. Essencialmente, impedem que os vidros sejam estilhaçados em consequência de alguma pancada. A proteção não é eficaz contra grandes choques, como o impacto de um tiro, por exemplo, mas pode evitar muitas situações de risco.
Os alarmes possuem uma gama de modelos, cada qual com suas funções e atrativos. Um ponto de atenção ao usuário é que muitos atuam somente como ferramentas de conforto, permitindo travar e destravar as portas, sem dispositivos de segurança. Em outros casos, detectam somente a abertura do capô, porta-malas e o acionamento da ignição. Entretanto, não captam invasões no veículo, como no caso de os vidros serem quebrados.
Atualmente, há opções no mercado que complementam o sistema original de fábrica. A maioria apresenta detecção de movimento por meio de tecnologias de ultrassom, acelerômetro ou sensores de impacto, e identificam o arrombamento das portas ou quebra dos vidros. Alguns oferecem controle remoto de presença, que bloqueia o motor de partida quando o motorista se afasta do automóvel. Outros avisam sobre quaisquer violações do carro, com alerta visual, sonoro e vibratório no celular.
Os últimos métodos de segurança usam soluções de conectividade e localização GPS, utilizados, por exemplo, em rastreadores. Estes dispositivos permitem monitorar e rastrear os veículos à distância, pela internet. Essa mesma tecnologia é que servirá futuramente para a integração dos aparelhos de segurança aos smartphones, com os quais os usuários serão capazes de armar, acompanhar e configurar o sistema. No futuro, os carros dispensarão chaveiros e controles remotos, e identificarão a presença do proprietário por meio do celular.
Independentemente do conjunto de proteção instalado no veículo, o importante é perceber que a segurança automotiva tem sido vista pelos proprietários como commodity, um passo extremamente importante para que o mercado prossiga inovando e desenvolvendo ferramentas que inibam e previnam cada vez mais a ação de criminosos.