A Fórmula-E é a grande sensação dos dias de hoje com pilotos brasileiros que começam a fazer história

Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Fórmula-E.com, Fiawec.com, Mercedes-Benz

Na mais nova categoria do planeta, a crise de energia passa longe, seja ela de sustentabilidade ou de talentos individuais. É uma categoria onde os meninos de ouro, que foram relegados pela Fórmula 1, mostram a sua grande capacidade de pilotar um carro de corrida e mostram aquela nossa chispa criadora, capaz de superar os limites e as dificuldades que adquirimos desde que nascemos.


A Fórmula-E ainda pode se considerar embrionária, estão descobrindo e desenvolvendo a melhor tecnologia para uma competição que tem tudo para crescer em disputa e gosto popular. Na etapa de Long Beach, onde só os brasileiros dominaram os treinos livres, não seria possível na corrida ter um resultado diferente.


Nelsinho Piquet, Lucas Di Grassi e Bruno Senna realmente colocam um caminhão de preocupações nas costas dos europeus. É uma questão de técnica e tática, pois ainda se troca o carro no meio da corrida por conta das baterias não agüentarem o tempo todo de competição.


Nunca havia assistido, vi, gostei e tenho certeza que vou me apaixonar, afinal, além de ter nossos patrícios vencendo dá um novo alento a quem não vê nenhuma luz verde amarela no fim do túnel da Fórmula 1, pelo menos por enquanto.


Nelsinho venceu e convenceu, ele agora está a 1 ponto do líder do campeonato que é o Lucas, e ambos partem para as cinco etapas finais da temporada (na Inglaterra será rodada dupla) com grandes chances de, finalmente, o Brasil ter um campeão em uma categoria FIA. O Bruno está longe deles, mas continua levando o nome Senna com muita dignidade, talvez na próxima temporada ele consiga resultados e condições melhores.


E por falar em tecnologia, esse fim de semana começa a temporada 2015 do WEC. É, sem a menor sobra de duvidas, a categoria mais desenvolvida tecnologicamente e competitiva dos campeonatos FIA disputados em pista.


As 6 horas de Silverstone serão novamente o palco para o incansável Lucas Di Grassi se exibir novamente, agora com um carro 100% Audi. O campeonato deste ano promete muito, afinal, em 2014 a Toyota fez barba, cabelo, bigode e ainda aparou as costeletas no campeonato. Vale a pena conferir, é demorado mas é emocionante, pra que gosta de velocidade com estratégia o espetáculo é imperdível.


Tecnologia também tem no Brasil, no campeonato da Mercedes Challenge. Não tenho por hábito falar de categorias nacionais, mas essa me chamou muito a atenção. Além dos carros terem a cara dos DTM alemães, as corridas são cheias de opções e possibilidades entre seus pilotos. Tá certo que são gentleman drivers, o grid ainda é considerado pequeno se comparado a outras categorias mais antigas, mas é uma daquelas sementes que devem dar ótimos frutos em um futuro próximo.


A rodada no fim de semana passado, pelas estreitas ruas de Ribeirão Preto teve, nas duas categorias em que é dividida (tem gente que corre em dupla!) muita disputa. Na CLA AMG CUP, tudo aconteceu: ultrapassagem, toques, troca de posição na liderança, e por causa da forte chuva, a corrida foi encerrada duas voltas antes do previsto.


Azar de uns, sorte de outros, principalmente do cearense Adriano Rabelo que venceu pela segunda vez consecutiva e agora soma 40 pontos na liderança do campeonato. Já na C250 CUP, o paulista Peter Michel Gottschalk venceu praticamente de ponta a ponta com direito a melhor volta da prova. O ribeirão-pretano Márcio Basso, mesmo chegando em terceiro ainda lidera o campeonato.


Vou ficando por aqui, no fim de semana além da estréia do WEC tem também Fórmula 1 na China, Fórmula Indy em Louisiana e nos mesmos Estados Unidos, só que no Circuito das Américas, a MotoGP mostrando suas garras, e eu volto na terça pra falar das 4 categorias. Haja fôlego...


Beijos & queijos

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