SÃO PAULO DEVE TER CLIMA INSTÁVEL NO FIM DE SEMANA DO GP
O BRASIL É UM MERCADO-CHAVE PARA A PIRELLI, COM MUITA TRADIÇÃO NA FÓRMULA 1
Texto e fotos: Pirelli
O Circuito de Interlagos, em São Paulo, tem a segunda volta mais curta do ano, atrás apenas de Mônaco, com uma série de curvas e mudanças de elevação que proporcionam um desafio fascinante para os pilotos, os carros e, claramente, para os pneus. Os compostos médios e macios foram escolhidos para Interlagos, mas tradicionalmente há um alto risco de chuva. As previsões iniciais indicam possibilidade de tempo úmido ao menos em parte do fim de semana.
A alta quantidade de curvas em apenas 4,309 quilômetros faz com que os pneus trabalhem constantemente, e a relativa falta de retas longas não oferece muitas possibilidades de resfriamento. Além disso, a pista é muito conhecida por ser irregular, com curvas de alta velocidade e pequenas áreas de escape, demandando concentração máxima dos pilotos.
Acima de tudo, Interlagos é conhecido por seus fãs entusiasmados e pela sua atmosfera única. É um circuito onde muitos títulos foram decididos no passado. Porém, com pontuação dupla na prova final da temporada, em Abu Dhabi, esse não será o caso no próximo fim de semana.
Paul Hembery, diretor de motorsport da Pirelli, afirma que, “o Brasil é um dos maiores mercados do mundo para a Pirelli. Dessa forma, é um prazer estar lá entre nossos amigos e apoiadores. A volta em Interlagos exige muito dos pneus devido à sucessão de curvas quase sem interrupções, muitas delas de alta velocidade. Assim, tirar o máximo proveito dos pneus e a estratégia serão claramente de vital importância para a corrida. Já vimos muitas provas com chuva em Interlagos, o que parece ser uma forte possibilidade para este ano também. Tudo isso contribui para a reputação do GP do Brasil de abrigar corridas dramáticas onde ninguém sabe o que esperar. É bem provável que tenhamos mais um empolgante fim de semana, diante de uma multidão realmente apaixonada pela Fórmula 1”.
Jean Alesi, consultor da Pirelli, também fala sobre o circuito. “Corri 12 vezes em Interlagos. Eu amo essa pista, apesar dela ser extremamente desgastante do ponto de vista físico para o piloto, uma vez que o carro está constantemente em curvas e você é impactado por diversas forças. Particularmente, a musculatura do pescoço é muito exigida. Essa situação era ainda mais complicada quando o GP do Brasil era disputado no início da temporada e você ainda não estava acostumado a essas situações. Me lembro que a pista era bem irregular. Na sexta-feira, a superfície costumava ser bem escorregadia e a aderência aumentava ao longo do fim de semana, também pela característica do asfalto, que era bem abrasivo. Agora veremos se ele continua igual”.
Pneus definidos até agora, na temporada
P Zero Vermelho
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P Zero Amarelo
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P Zero Branco
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P Zero Laranja
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Austrália
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Macio
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Médio
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Malásia
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Médio
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Duro
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Bahrein
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Macio
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Médio
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China
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Macio
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Médio
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Espanha
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Médio
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Duro
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Mônaco
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Supermacio
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Macio
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Canadá
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Supermacio
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Macio
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Áustria
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Supermacio
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Macio
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Inglaterra
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Médio
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Duro
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Alemanha
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Supermacio
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Macio
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Hungria
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Macio
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Médio
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Bélgica
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Macio
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Médio
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Itália
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Médio
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Duro
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Singapura
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Supermacio
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Macio
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Japão
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Médio
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Duro
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Rússia
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Macio
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Médio
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USA
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Macio
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Médio
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Brasil
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Macio
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Médio
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O circuito do ponto de vista dos pneus
Interlagos é um dos poucos circuitos do ano em que a corrida acontece no sentido anti-horário. As outras pistas com essa característica são o Circuito das Américas e Yas Marina, o que significa que a parte final da temporada consiste exclusivamente de corridas disputadas em sentido anti-horário.
O pneu médio é um composto que possui uma baixa faixa de trabalho, capaz de atingir sua performance máxima mesmo em uma vasta gama de temperaturas baixas. Ao contrário, o pneu macio é um composto com alta faixa de trabalho, adequado para temperaturas mais elevadas. Isso tem efeito direto na estratégia da corrida.
Os pneus são geralmente submetidos a uma combinação de forças em Interlagos, com demandas laterais e longitudinais acontecendo ao mesmo tempo. Isso aumenta a temperatura do composto. Os níveis de downforce são normalmente altos, com exigências de aderência mecânicas e aerodinâmicas semelhantes.
A estratégia vencedora no ano passado foi de duas paradas. O piloto Sebastian Vettel, da Red Bull, largou com pneus médios e fez um pit stop na 24ª volta, colocando pneus médios mais uma vez. Ele parou novamente na 47ª volta, quando mudos para os compostos duros. Antes da corrida os carros não tiveram a oportunidade de correr com pista seca, complicando as estratégias.
Para mais informações sobre o GP do Brasil e as exigências que o Circuito de Interlagos provocam nos pneus, confira o vídeo exclusivo com animação 3D produzido pela Pirelli no canal BORRACHATV do YOUTUBE
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