Hamilton dá um show em Austin e impõe a maior derrota a Rosberg no ano

Texto: Eduardo Abbas
Fotos: F1.com

Abu Dhabi já vem chegando meu bem, praticamente o título já tem dono, só não vai para a Inglaterra se acontecer uma hecatombe nuclear ou o Nico tiver a maior sorte de campeão da galáxia. Isso já posso dizer que ele não tem, na verdade ele é um bom piloto, apenas isso, muito diferente de Hamilton, que desde sempre figura na galeria dos gênios.


Mas é um novo Lewis Hamilton, depois da conquista de seu primeiro campeonato em 2008, meio aos trancos e barrancos, sua vida se tornou um tornado de emoções, confusões e situações desagradáveis, brigou com Ron Denis, seu descobridor e primeiro patrão e um dia resolveu criar asas e sair debaixo dos olhos da McLaren. Vai ganhar o campeonato com méritos, pois transformou toda a máscara em atitudes mais contidas e focou definitivamente a carreira nas conquistas.


No fim de semana, pra variar, o domínio foi das Mercedes, que acabaram definitivamente com a graça das corridas, pelo menos esse ano. O motor é imbatível e se junta a isso o acerto preciso do carro. É outra categoria, onde apenas dois pilotos da mesma equipe lutam pelo título do ano. Rosberg fez a pole e o inglês largou em segundo, logo atrás as duas Williams e mais ao fundo Ricciardo e sua Red Bull meio cansada de guerra.


Aí Hamilton mostrou a diferença entre guiar e pilotar. Tomou a ponta do companheiro de equipe em uma ultrapassagem pra lá de ousada, abriu vantagem e foi pra galera sem ser incomodado em nenhum momento. Abriu 24 pontos de vantagem, que não são suficientes para fechar a conta no GP do Brasil nesse fim de semana, mas coloca uma pá de cal nos sonhos do alemão. Aconteça o que acontecer em São Paulo, o Nico não tem condições psicológicas de superar o companheiro que, acredito, não vai querer saber de administrar, vai fazer o que sabe e gosta: pilotar pra ganhar.


Quem já deixou de ser surpresa e mostra-se um grande adversário para 2015 é o Daniel Ricciardo. Largou no meio do pelotão, veio fazendo uma corrida consistente e rápida, chegou a passar o Bottas e ameaçar o brasileiro. Em uma troca alguns décimos mais demorada, tomou o terceiro lugar, administrou a vantagem que tinha para Massa e voltou ao pódio junto com os dois pilotos da Mercedes.


A Williams mais uma vez errou, seus carros não andavam como andaram nos treinos, e seus dois pilotos deixaram o sangue em casa. Um fez uma ultrapassagem o outro nenhuma, chegaram quase virgens ao fim da etapa e, claro, a culpa é dos outros. Alguém pode me explicar como um carro que se diz ser o mais rápido depois das Mercedes não consegue sequer acompanhar uma Red Bull que tem vários problemas de motorização no ano? 
Na terça-feira eu volto pra contar tudo que acontecer no GP do Brasil de Fórmula 1 e a etapa final da MotoGP em Valência.

A gente se encontra na semana que vêm!

Beijos & queijos

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