A Volkswagen lançou o novo UP!, nas versões manual e automático, a partir de R$ 26.900

Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Volkswagen

Levando à risca a prática alemã de que, o que já é bom, pode ficar melhor, a Volkswagen do Brasil surpreende. Em um evento realizado no seu novo centro de treinamento em São Paulo, com transmissão pela internet para outros centros localizados em outros estados, foi apresentado à imprensa o novo UP! na sua nova versão de 2 portas.


Eu fui convidado a conhecer essa novidade em uma apresentação teórica das novidades do modelo, seguido de test drive por ruas e rodovias de São Paulo. Após três meses do lançamento do modelo de 4 portas, o novo UP! 2 portas chega para concorrer no disputadíssimo mercado dos carros de entrada, voltado a novos motoristas e frotas de empresas. O modelo é um pouco maior na traseira (6,5 cm) que o seu irmão europeu, por conta de um aumento no compartimento do porta-malas.


São duas versões: A TAKE UP! é equipada com rodas de 13 polegadas e pneus 165/80 R13, retrovisores externos com comando interno manual, para-sol com espelho para o passageiro e tomada de 12 volts no console central. A MOVE UP!, tem rodas de 14 polegadas, com pneus “verdes” (que oferecem menor resistência ao rolamento), nas medidas 175/70 R14, espelhos retrovisores e maçanetas na cor do veículo, antena no teto, faróis com máscara escurecida e o porta-malas “s.a.v.e.” que é item de série nessa versão.


Fiz o teste de cerca de 200 km, em direção ao litoral paulista, o destino era a cidade de Guarujá. A opção foi utilizar um carro com câmbio manual na descida e o automático na volta. Na ida, a rodovia mesclava momentos de chuva e pista seca, e pude comprovar a eficiência do modelo em situações tão adversas. O conjunto mecânico é excelente, por conta do premiado motor 1.0l MPI de 3 cilindros Total Flex, da família EA211 que tem 82 cv quando abastecido com 100% de etanol e de 75 cv com 100% de gasolina. O torque máximo é de 10,4 kgfm a 3.000 rpm com etanol e de 9,7 kgfm à mesma rotação, quando abastecido com gasolina. Combinado com a transmissão manual MQ200, é um veículo rápido, seguro e muito econômico, o que garante uma grande autonomia respaldada pelo tanque de combustível de 50 litros de capacidade.


É um carro pequeno com cara de médio, tem novidades tecnológicas como os bancos easy entry, que facilitam o acesso de passageiros ao banco traseiro, e itens de conforto como o “maps & more”, dispositivo com tela sensível ao toque (touchscreen) que funciona como extensão do rádio e do computador de bordo do veículo e sistema de navegação (GPS) com antena interna, dispensando conexão com aparelhos adicionais. Tem também ar condicionado, direção elétrica, freios ABS com EBD, dois airbags dianteiros, cintos de segurança com pré-tensionador e limitador de carga e fixação do tipo ISOFIX®, todos como itens de série.


Nas duas versões, pude constatar uma grande eficiência do conjunto mecânico em situações diversas. O carro responde com grande força em retomadas, é seguro e esta sempre “na mão” quando se atinge a velocidade limite da rodovia. Graças ao seu tamanho, é ágil no transito das cidades e muito silencioso em quase todas as fases de rotação do motor. O ambiente interno é agradável e, devido ao seu visual clean, não incomoda quem, às vezes, passa muito tempo dentro do veículo.


Fiz uma viagem tranqüila, tanto na ida quanto na volta, quando pude testar a nova transmissão I-Motion (SQ100). A caixa utiliza atuadores eletromecânicos, e é uma das mais leves já construídas. Não utiliza cabos (“shift by wire”) e foi desenvolvida em parceria com a Porsche. As relações de marchas são específicas da caixa SQ100 e diferentes das do câmbio MQ200, e mostra uma grande evolução, aqueles “tranquinhos” indesejáveis se tornaram menos evidentes e, dependendo da condução, quase imperceptíveis.


O novo UP! 2 portas desembarca nas concessionárias até o fim do mês de abril, vai custar a partir de R$ 26.900 na versão manual e R$ 30.990 com câmbio automático, tem o seguro mais barato que os concorrentes e a traz nas veias o DNA da globalização: ele é montado em Taubaté, o motor em São Carlos, o câmbio manual na Argentina, o automático na Republica Tcheca e deve ganhar logo as ruas do Brasil.