A Toyota lançou o novo Corolla,
com tudo que tem direito e um pouco mais
Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Toyota
Foi realmente uma mudança
radical. Se você é dono ou já dirigiu um Corolla antes, esqueça tudo, esse novo
modelo da montadora japonesa vai te surpreender em todos os aspectos.
Primeiro que ficou muito mais
bonito. O novo design, que tem o DNA da montadora, esta mais suave em suas
linhas, mas mais agressivo em seu rosto. É uma mistura tipicamente japonesa do
forte com o surpreendente.
Ele é baseado em dois conceitos: Keen Look, expressão
inspirada no olhar focado de um atleta de alto rendimento e o Under
Priority que tem como característica o posicionamento mais baixo da grade
frontal, garantindo melhor eficiência aerodinâmica e maior nível de proteção
aos pedestres.
A preocupação não ficou apenas no relegada ao nível da
beleza, houve uma mudança estrutural importante. Ele agora tem 2,7 metros de entre -
eixos, 10 centímetros
a mais do que a geração anterior, isso acarretou nos seguintes números: 4,62 metros de
comprimento (+ 0,8 cm ,
comparado à geração anterior), 1,775 metro de largura (+ 1,5 cm , comparado à geração
anterior) e 1,475 metro
de altura (- 0,5 cm ,
comparado à geração anterior). Podem parecer pequenos, mas isso mesclado a
bancos mais densos e seu reposicionamento dentro da cabine, fizeram com que o
espaço interno aumentasse e conseqüentemente o conforto do motorista e
passageiros.
Fui convidado a testar o novo
modelo por ruas e rodovias na região de Campinas, interior de São Paulo.
Completamos um percurso de cerca de 120 km absolutamente satisfeitos com o carro
que tínhamos nas mãos. O modelo testado não era o top de linha, mas o de
entrada, com o motor 1.8L Flexfuel, Dual VVT-i DOHC de 16 válvulas, que
rende 139 cv a 6.000 rpm, quando abastecido com gasolina; e 144 cv, também a
6.000 giros, com etanol. O torque máximo nesta configuração é de 17,7 kgfm (com
gasolina) e 18,4 kgfm (com etanol), sempre a 4.200 rpm. Ele tem também a versão
2.0L Flexfuel, Dual VVT-i DOHC de 16 válvulas, que rende 143 cv de
potência a 5.600 rpm, quando abastecido com gasolina, e 154 cv de potência a
5.800 giros, com etanol. O torque máximo nesta configuração é de 19,4 kgfm a
4.000 rotações (com gasolina) e 20,3 kgfm a 4.800 giros (com etanol).
A
impressão que se tem é que se trata de outro automóvel. As retomadas de
velocidade na rodovia e a suavidade no transito mais pesado em nada deixam a
desejar em comparação a modelos mais caros. O grande segredo do inevitável
sucesso do modelo é a transmissão, que vem em duas opções: manual de seis
velocidades, e a exclusiva transmissão automática Multi-Drive. No modelo
testado, estava presente a Multi-Drive, que deriva da tecnologia CVT. Seu
diferencial é um software de gerenciamento, que simula sete marchas,
mesmo quando o motorista conduz, sem os choques característicos das
transmissões automáticas convencionais. Isso torna os engates mais precisos e
menos inconvenientes, e por conseqüência, possibilita uma maior economia de
combustível.
O resultado final é: na versão 2.0L, está 15% mais rápido no teste
de aceleração de 0 a
100 km/h
e 27% mais ágil no teste de retomada entre 80 km/h e 100 km/h e muito mais
econômico:
Motor / Transmissão
Gasolina (km/l) Etanol (km/l)
Cidade Estrada Cidade Estrada
2.0 Multi-Drive 10.6
12.6 7.2 8.7
1.8 Multi-Drive 11.4
13.2
7.8 9.2
1.8
MT 10.7 13.2
7.4 9.1
O conforto interno também é maior. Com novos itens de
conforto e segurança e a nova disposição de elementos, o modelo se torna quase
que uma sala de estar para quem dirige ou para os passageiros.
Entre os
equipamentos estão: direção
eletroassistida progressiva, ar-condicionado com controle manual, chave do tipo canivete, com comandos do
alarme integrados, computador de bordo com seis funções (consumo médio e
instantâneo, indicador Eco Drive, autonomia, velocidade média, tempo de
percorrido, controle de iluminação do painel e temperatura externa), coluna de
direção com regulagem de altura e profundidade, hodômetro e relógio digital,
sistema de som com conectividade USB para iPod® e similares e dispositivos Bluetooth®,
farol de neblina, vidros e retrovisores com acionamento elétrico, volante
multifuncional. Também está disponível, a partir da versão XEi, um novo sistema
Multimídia, com tela de 6.1
polegadas , com todas as funções do áudio, dispositivo de
navegação, câmera de ré, conexões USB para iPod® e similares e dispositivos Bluetooth®.
O aparelho traz como novidade um sistema que reproduz DVD e capta sinal de TV
Digital. A versão topo de linha Altis é ainda mais completa, acrescentando
luzes auxiliares em LED, sistema smart entry, sistema de partida sem
chave tipo Start Button, ajuste elétrico para o banco do motorista,
retrovisores externos eletrorretráteis e acendimento automático dos faróis.
Mas não basta ser bonito, tem que ser seguro. A carroceria
com deformação programada e do desenho frontal projetado para minimizar os
danos a pedestres em caso de acidentes, o modelo traz de série cinco airbags
nas versões GLi e XEi (dois frontais, dois laterais nos bancos dianteiros e
um de joelho para o motorista), sistema de ancoragem ISOFIX para cadeiras
infantis nos bancos traseiros, travamento automático das quatro portas a 20 km/h , cintos de segurança
com pré-tensionador e limitador de força e freios ABS com distribuição
eletrônica de frenagem. Na versão Altis agrega mais dois airbags, do
tipo cortina, totalizando sete bolsas de proteção.
Esse sonho sobre rodas pode ser encontrado nas cores Super
Branco, Prata, Cinza, Preto e Azul, e as novas Vermelho e Branco Pérola, e
oferece quatro faixas de preço: 1.8L GLi Manual – R$ 66.570,00; 1.8L GLi
Multi-Drive – R$ 69.990,00; 2.0L XEi Multi-Drive S – R$ 79.990,00; 2.0L Altis
Multi Drive S – R$ 92.900,00.
Esse é o novo Corolla 2015, o carro que vendeu 40 milhões
de unidades desde 1966, que agora é produzido no Brasil tem tudo para continuar
a sendo o carro mais vendido do planeta. Predicados não faltam para esse
sujeito!














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