Os dois gigantes, que foram protagonistas das maiores bilheterias nos anos 80 e 90, finalmente se encontram em um filme sĂ³ deles
Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Paris Filmes
Muitas
vezes se tentou unir os dois reis da porradaria em um filme que fizesse jus a
fama e a força que eles conseguiram durante o tempo todo que estiveram na
estrada. Um na pele de um lutador de boxe, Ă s vezes ex-boina verde da guerra do
VietnĂ£, outro um robĂ´ vindo do futuro ou algum policial fortĂ£o que massacrava
seus adversĂ¡rios. A histĂ³ria de Sylvester Stallone e
Arnold Schwarzenegger se
confunde com o prĂ³prio cinema, a violĂªncia dos seus filmes Ă© hoje cultuada,
tratada como normal diante da loucura que o mundo virou. SĂ£o dois grandes
astros, duas estrelas com quase 70 anos e que ainda estĂ£o muito em forma.
Fazer um filme nessas condições depende de
vĂ¡rios fatores, um deles Ă© ter um roteiro onde ninguĂ©m fique escondido, seja
relegado a segundo plano e tem que ter de fato uma histĂ³ria convincente, para
nĂ£o cair na armadilha que aconteceu com Robert De
Niro e Al Pacino em Fogo contra
Fogo (Warner) onde
muito se esperava dos dois e na verdade ficaram devendo, até porque um era o
bandido e o outro o mocinho.
Em Rota de Fuga (Emmett/Furla,
Summit, Envision, Paris Filmes) essa
armadilha nĂ£o aconteceu, nota-se que durante a filmagem a equipe de produĂ§Ă£o pisou
em ovos com os dois astros, coisa normal em estrelas desse brilho. Antes desse
filme, ambos tentaram uma luta conjunta em Os
MercenĂ¡rios 1 e 2 (Lions Gate), mas o
tema meio comédia atrapalhou um pouco os planos. O melhor foi partir para uma
ficĂ§Ă£o com pitadas de realidade que Ă© mais a cara dos dois, agora, senhores.
Com um roteiro bem elaborado, o diretor sueco Mikael
HĂ¥fström, que tem no currĂculo o thriller O
Ritual (Warner) consegue dar ares de igualdade entre os dois
protagonistas. Ray Breslin (Sylvester
Stallone) é a maior autoridade que existente ao se falar em segurança
de prisões. ApĂ³s analisar e fugir de diversas cadeias de segurança mĂ¡xima
americanas, ele conta em seu livro como deveria ser um modelo Ă prova de fugas.
Sem saber, ele Ă© contratado para testar um protĂ³tipo e tem como objetivo tentar
escapar da prisĂ£o com maior segurança que existe. Preso injustamente no
intrĂnseco complexo carcerĂ¡rio, ele precisa encontrar uma brecha nĂ£o imaginada
atĂ© entĂ£o, que permita sua fuga, e conta com a ajuda do presidiĂ¡rio Emil Rottmayer (Arnold Schwarzenegger).
No
elenco tem tambĂ©m Vincent D’Onofrio, Jim Caviezel, San Neill, entre outros, e um
detalhe que chama muito atenĂ§Ă£o: pela primeira vez em um filme americano, Schwarzenegger
fala em alemĂ£o austrĂaco, uma novidade que dificilmente vamos encontrar em
outra produĂ§Ă£o.
Rota
de fuga Ă© diversĂ£o garantida, mescla momentos de tensĂ£o, bom humor e suspense,
principalmente quando se revela onde fica a prisĂ£o mais segura do mundo. O
filme estréia nas telas brasileiras nesse fim de semana, é um bom programa para
se divertir e ver o resultado final da dupla, que era considerada atĂ© entĂ£o
improvĂ¡vel, em sua uniĂ£o nas telas. É ver para crer.
A gente se encontra na semana que vem!
Beijos &
queijos
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