Faturamento do Grupo no 3º trimestre de 2013 -
Continuidade do plano de recuperação
Nas
condições atuais do mercado europeu, que tende a estabilizar-se num nível baixo,
o Grupo PSA Peugeot Citroën teve um 3º trimestre de 2013 marcado pela política
de preços, pelo impacto das interrupções da produção do Citroën C3 e pelas
pressões sobre nossas participações no mercado europeu. Além disso, o Grupo foi
afetado por uma forte degradação do câmbio
Texto e tabelas: PSA
Nesta
difícil conjuntura de mercado, o Grupo continua implementando seu plano de
recuperação, com:
·
O sucesso dos
lançamentos, no 3º trimestre, do novo Peugeot 308 e do Citroën Grand C4 Picasso,
que sucedem aos lançamentos do primeiro semestre (Peugeot 2008, 208 GTi e XY,
301 e os novos Citroën C4 Picasso, C4 L, C-Elysée e DS3
Cabrio)
·
A continuidade
da globalização, com as vendas fora da Europa atingindo 42% dos volumes globais
no final de setembro e um desempenho marcante na China, com um aumento de 28%
dos volumes. No entanto, a situação comercial no Brasil e na Rússia continua
difícil, agravada pela evolução das taxas de câmbio.
·
A progressão,
de acordo com os objetivos estipulados, do plano de reestruturação de 8.000
postos de trabalho industriais e estruturais na França, com 6.650 desligamentos
ou pedidos de adesão até o final de setembro. A negociação bastante adiantada do
« Novo Contrato Social » virá complementar este plano de reestruturação, cujo
objetivo é restaurar a competitividade da base industrial
francesa.
·
A
implementação da Aliança com a GM:
- primeiros
resultados da JV (joint venture) de compras e produção de monovolumes do
segmento B numa plataforma PSA Peugeot Citroën na fábrica da General Motors em
Zaragoza, na Espanha.
- o projeto de
desenvolvimento de uma plataforma comum do segmento B está sendo
reavaliado.
Faturamento do
3º trimestre de 2013
·
O Grupo
faturou, no 3º trimestre de 2013, € 12,1 bilhões, queda de -3,7% em comparação
com o 3º trim. de 2012.
·
O faturamento
da divisão Automotiva fechou em € 8,0 bilhões, recuando -5,8% em relação ao 3º
trimestre de 2012, num contexto operacional complicado e sob o impacto negativo
das taxas de câmbio e do mix geográfico europeu.
·
Progressão do
faturamento da Faurecia de 0,8% para € 4,1 bilhões, e declínio de 5,1% do Banco
PSA Finance, refletindo a diminuição dos volumes europeus.
Faturamento
consolidado (em milhões de euros)
|
T3
2012(2)
|
T3
2013
|
Variação
|
9 meses
2012(2)
|
9 meses
2013
|
Variação
|
Automotivo
Faurecia
Banco PSA
Finance
Outras
atividades e Eliminações interatividades
PSA Peugeot
Citroën
|
8
523
4
086
471
(504)
_______
12 576
|
8
030
4
117
447
(487)
_______
12
107
|
-5,8%
+0,8%
-5,1%
-
____
-3,7%
|
28
726
12
850
1 450
(1 641)
_______
41 386
|
26
726
13
382
1
336
(1 627)
______
39 817
|
-7,0%
+4,1%
-7,9%
-
______
-3,8%
|
Perspectivas para
2013
O Grupo prevê
uma queda de cerca de 4% do mercado automotivo na Europa, um crescimento de
cerca de 14% do mercado chinês, de 2% na América Latina e uma baixa de cerca de
7% do mercado russo.[1]
Nesse
contexto, o Grupo confirma seu objetivo de cortar, no mínimo pela metade, seu
consumo de fluxo de caixa livre operacional[2] em 2013 e confirma a tendência
anunciada de uma redução acentuada em 2014.
DIVISÃO AUTOMOTIVA
As vendas de
veículos montados, fora da Europa, representam 42% das vendas totais no final de
setembro de 2013, ante 36% no final de setembro de 2012.
O faturamento
da divisão Automotiva no 3º trimestre de 2013 caiu 5,8% para € 8,03 bilhões,
ante € 8,52 bilhões no 3º trimestre de 2012. As vendas mundiais de veículos
montados do Grupo totalizaram 610.400 unidades no terceiro trimestre, em baixa
de -2,4%, e 2.070.500 unidades no acumulado de 9 meses, em baixa de -1,5%. Esta
evolução reflete uma diminuição dos volumes na Europa, no Brasil e na Rússia,
parcialmente compensada pelo forte crescimento dos volumes na China, na
Argentina e na bacia mediterrânea.
O faturamento
gerado pelas vendas de veículos novos representou, no 3º trimestre de 2013, €
5,52 bilhões, ante € 6,12 bilhões no 3º trimestre de 2012. Essa queda de -9,9%
deveu-se essencialmente a uma diminuição acentuada de -7,3% dos volumes de
veículos montados, fora da China, sob o efeito de um mix de mercado
desfavorável, da política de preços e de uma pressão contínua sobre a
participação no mercado das marcas premium e low cost na Europa. Ela também
reflete a fortíssima pressão das taxas de câmbio, de –5,0%, principalmente em
relação ao rublo, ao real, ao peso e à libra britânica. A pressão sobre o mix de
países elevou-se a –0,3%.
O mix de
produtos, que ficou em -0,3% no terceiro trimestre, foi temporariamente afetado
pela substituição do Peugeot 308 e pelo aumento de cadência do Peugeot 2008. O
mix de produto foi de +0,4% no acumulado de 9 meses e deve continuar em alta no
quarto trimestre, essencialmente devido ao efeito dos novos lançamentos.
Tais elementos
desfavoráveis foram parcialmente compensados por um efeito preço positivo de
+1,2%, refletindo a política do Grupo numa conjuntura de mercado em que os
preços se tornam cada vez mais agressivos.
Os estoques de
veículos novos totalizavam 408.000 veículos no fim de setembro, em baixa de
63.000 veículos em relação a 30 de setembro de 2012. O Grupo comprova seu rigor
na gestão dos estoques, de acordo com os objetivos.
No terceiro
trimestre, o grupo realizou uma (i) emissão de obrigações, em 10 de setembro de
2013, de € 600 milhões, operada conjuntamente com o reembolso de linhas
existentes. Assim a operação representou uma quantia líquida de € 300 milhões.
Além disso, a operação remanejou os prazos de reembolso dos próximos cinco anos,
prolongando os vencimentos para 2019, (ii) a assinatura de um contrato de
financiamento com o BEI, de € 300 milhões.
Os
investimentos continuam concentrados nos projetos prioritários. No final de
junho foi registrada uma redução de € 764 milhões dos investimentos e despesas
de P&D capitalizadas em relação ao primeiro semestre de 2012. No segundo
semestre essa diminuição, embora persista, deve ser menor.
FATOS
MARCANTES POR ZONA GEOGRÁFICA
Europa:
Os mercados
automotivos europeus cresceram 2,5% no 3º trimestre de 2013, exibindo situações
contrastadas entre os países:
-
Progressão na
Grã-Bretanha (+12%), na Espanha, onde o mercado cresceu +9% após vários anos de
queda pronunciada e na Europa Central e Oriental, onde os mercados registraram
um crescimento conjunto de 6% no trimestre.
-
Queda dos
mercados na Itália (-4%), Alemanha e França (-1%).
Nesse
contexto, a participação do Grupo no mercado europeu ficou em 11,9% no acumulado
dos 9 meses ante 12,7% em 2012, marcada pela política de preços do Grupo, pelo
impacto das interrupções de produção do Citroën C3 e pela pressão contínua sobre
as marcas premium e low cost, cuja participação no mercado vem aumentando
regularmente desde 2007.
O Grupo lidera
o mercado de veículos utilitários leves, com uma participação no mercado no
terceiro trimestre de 2013 de 20,8%, ante 20,2% em 2012, num mercado em alta de
apenas 0,9%.
China:
No acumulado
de 9 meses as vendas do Grupo aumentaram 28,5%, atingindo 403.000 unidades num
mercado em alta de 17%. A participação no mercado do Grupo no final de setembro
foi de 3,7%, sustentada pelo desenvolvimento da rede de distribuição e pelo
sucesso dos lançamentos dos modelos Peugeot 3008 e Citroën C4L. Os lançamentos
vão continuar no 4º trimestre, com o Peugeot 301 e o Citroën C-Elysée. Com a
inauguração da terceira fábrica de Wuhan em 2 de julho de 2013, a capacidade de
produção da DPCA deve chegar em 750.000 unidades em 2015.
CAPSA, a
segunda joint-venture chinesa, comercializa desde o começo de 2013 a linha DS e
o Grupo inaugurou uma fábrica de produção com seu parceiro em Shenzhen, em 27 de
setembro de 2013, marcando o lançamento da produção local do DS5. A capacidade
de produção do Grupo na China deve alcançar 950.000 unidades em
2015.
Rússia:
O mercado
russo continua se degradando, com -7,8% no terceiro trimestre de 2013 (-6,5% em
9 meses). Nesse contexto marcado por uma forte pressão da concorrência, as
vendas do Grupo regrediram -23,1% no acumulado de 9 meses, com uma participação
no mercado que fechou em 2,3% no final de setembro.
A evolução
negativa da taxa de câmbio do rublo impactou o resultado operacional desta zona
geográfica.
América
Latina:
No terceiro
trimestre, as vendas do Grupo regrediram 6,3% para 77.000 unidades e sua
participação no mercado foi de 5,0%. No acumulado de 9 meses, as vendas
totalizaram 222.440 unidades, registrando um aumento de 9,4% e uma participação
no mercado de 5,0%.
Na Argentina,
o Grupo prossegue seu desenvolvimento com o lançamento dos modelos Peugeot 208 e
Partner e Citroën C3 e Berlingo. No terceiro trimestre, o Grupo vendeu 38.500
unidades (+18% ante 2012) e obteve uma participação no mercado de 16,0% (106.300
vendas em 9 meses).
O mercado
brasileiro, em compensação, registrou uma queda de 10% no terceiro trimestre e
de 1% no acumulado de 9 meses. As vendas totalizaram 29.500 veículos no
trimestre, configurando uma forte retração de -30% (90.800 vendas no acumulado
de 9 meses). A evolução da taxa de câmbio do real também teve um forte impacto
sobre o resultado operacional desta zona geográfica.
FATOS
MARCANTES SOBRE OS PRODUTOS
As vendas
mundiais do Peugeot 208 totalizavam 253.000 unidades no final de setembro de
2013. O Peugeot 208 está entre os 3 hatchs do segmento B mais vendidos na
Europa. O mix de produto também é favorável à subida de gama, com 30% das vendas
realizadas nos níveis 3 e 4, beneficiado pelo aumento recente da linha com as
versões 208 GTi e 208 XY. O Peugeot 208 foi lançado no primeiro semestre na
Rússia, Brasil e Argentina.
O Peugeot
2008, lançado em maio de 2013, é um sucesso com 35.000 unidades vendidas e
54.400 veículos em pedidos, no final de setembro, muito além dos objetivos
fixados. Um novo turno de produção foi criado em meados de setembro na fábrica
de Mulhouse para acompanhar este sucesso.
Os novos
Citroën C4 Picasso e Citroën Grand C4 Picasso comercializados em junho e em
setembro já registram 28.800 pedidos, com um mix bastante elevado pois mais de
60% dos pedidos são referentes a versões 3+.
O novo Peugeot
308 foi lançado em setembro de 2013 na França e na Alemanha, no Salão de
Frankfurt. É o segundo veículo da nova plataforma EMP2, mais leve (-140 kg) e
dotado das novas características da marca. O Grupo pretende posicionar-se entre
os 3 primeiros do segmento. O Peugeot 308 também será lançado progressivamente
na Europa em 2014, e em seguida comercializado na América Latina, China e
Rússia.
A estratégia
de subida de gama segue adiante no 3º trimestre de 2013, com uma participação de
19% dos veículos Premium nas vendas do Grupo no final de setembro de 2013, ante
18% no fim de setembro de 2012. Os quatro veículos híbridos diesel representam
um avanço tecnológico para o Grupo e contribuem para a redução contínua da taxa
média de CO2 : Peugeot 3008 HY4, 508 RXH, 508 HY4 e Citroën DS5 HY4. Eles
representam mais de 30% das vendas do Citroën DS5, 16% das vendas do Peugeot 508
e mais de 10% das vendas do Peugeot 3008.
FATOS
MARCANTES SOBRE O GRUPO
- O Grupo
prossegue as negociações do « Novo Contrato Social », que virá complementar o
plano de reestruturação em curso, cujo objetivo é restaurar a competitividade da
base industrial francesa. Essa negociação, já em fase de finalização, será
apresentada ao Comité Central de Empresa em 24 de outubro. Quatro organizações
sindicais já manifestaram sua intenção de assinar o
acordo.
- No 3º
trimestre de 2013, PSA Peugeot Citroën e General Motors anunciaram a produção de
monovolumes do segmento B de ambos os Grupos na fábrica da GM em Zaragoza na
Espanha, com uma plataforma PSA Peugeot Citroën, primeiro projeto do acordo
global assinado em dezembro de 2012. A sua comercialização está prevista para o
final de 2016. O projeto de desenvolvimento dos monovolumes e crossovers do
segmento C está em andamento. A organização comum das compras já surtiu seus
primeiros efeitos, com economias estimadas em € 60 milhões em 2013.
- O projeto de
desenvolvimento de uma plataforma comum do segmento B com a GM está sendo
reavaliado, assim como os respectivos dispositivos do acordo de desenvolvimento.
Tal reavaliação pode resultar na diminuição do valor anunciado para as sinergias
anuais no médio prazo (US$ 1 bilhão para a PSA). Novos projetos estão sendo
analisados.
FAURECIA
A Faurecia
obteve no 3º trimestre de 2013 um faturamento de € 4,12 bilhões, um aumento de
0,8%. Essa progressão refere-se especialmente às vendas de monolithes (metais preciosos e cerâmicas usados nos sistemas de
controle de emissões) e ao faturamento das despesas de desenvolvimento,
ferramentais, protótipos e outros serviços, com respectivamente +10,8% e +20,2%,
enquanto que o faturamento decorrente das vendas de produtos baixou 2,7% para €
3,13 bilhões, impactado por evoluções cambiais desfavoráveis. Essas receitas
diminuíram 1,4% na Europa e 13,4% na América do Norte, e aumentaram 21,4% na
América do Sul e 4,4% na Ásia.
BANCO PSA FINANCE
Diante de um
contexto marcado pela queda das vendas na Europa (-9,6% nos mercados de atuação
do Banco PSA Finance), o número de novos contratos de financiamento foi de
174.000 unidades, recuando 9,4% na comparação com o 3º trimestre de 2012. O
desempenho comercial se mantém bastante dinâmico, com uma taxa de penetração
global de 29,5% para veículos novos.
Assim, o
faturamento do Banco PSA Finance fechou em € 447 milhões (-5,1%) no terceiro
trimestre, com os créditos totais em carteira representando € 21,4 bilhões no
final de setembro de 2013, em baixa de 9,9% (-6,7% para os créditos ao
consumidor).
Finalmente, o
sucesso da caderneta « Distingo » lançada em março de 2013 se confirma com um
nível de coleta significativamente acima dos objetivos. O objetivo de créditos
em carteira para o fechamento do ano deve ser atingido, ou mesmo superado, se a
atual dinâmica se mantiver.
0 Comentários