InadimplĂªncia recua e recursos liberados para financiamento de veĂ­culos apresentam alta em julho, aponta ANEF

Créditos concedidos pelos bancos de montadoras tiveram alta de 8,9%

Texto e fotos: PrinterPress

Os nĂºmeros de financiamentos de veĂ­culos deram sinal de reaĂ§Ă£o no mĂªs de julho, apresentando ligeira queda dos Ă­ndices de inadimplĂªncia, alĂ©m de aumento na liberaĂ§Ă£o de recursos pelos bancos de montadora. Na avaliaĂ§Ă£o da ANEF (AssociaĂ§Ă£o Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), esses podem ser indĂ­cios de que o cenĂ¡rio de cautela dos mercados, no Brasil e no exterior, poderĂ¡ ser mais favorĂ¡vel atĂ© o fim do ano, ao menos para o setor de financiamento automotivo.


O saldo total da carteira de financiamentos para a aquisiĂ§Ă£o de veĂ­culos apresentou em julho reduĂ§Ă£o de 0,5%, atingindo R$ 234,1 bilhões. Na comparaĂ§Ă£o com o mesmo perĂ­odo de 2012, quando alcançou R$ 244,3 bi, a reduĂ§Ă£o foi de 4,2%. 
Sobre a liberaĂ§Ă£o de recursos, foram concedidos R$ 9,6 bilhões em julho, volume 8,9% superior a junho, que registrou R$ 8,8 bilhões. Em relaĂ§Ă£o a igual mĂªs do ano passado, com R$ 10,05 bilhões liberados, houve queda de 4,4%.
Ainda sobre julho, os associados da ANEF praticaram uma taxa mĂ©dia mensal de juros de 1,25% a.m, 0,2 p.p abaixo da efetivada em junho, que foi 1,23%. A taxa mĂ©dia anual foi de 16,08%, ao passo que em junho havia sido de 15,80%. Enquanto isso, a ponderaĂ§Ă£o mĂ©dia das taxas praticadas pelo mercado (bancos de varejo) no financiamento de veĂ­culos passou de 1,50% a.m e 19,5% a.a, para 1,55% a.m e 20,3% a.a, respectivamente, no CDC para pessoa fĂ­sica. No CDC para pessoa jurĂ­dica, as taxas mantiveram-se estĂ¡veis em 1,27% a.m e 16,4% a.a. A Selic apresentou alta no perĂ­odo, de 0,64% a.m para 0,68% a.m e de 8% a.a para 8,50% a.a.

InadimplĂªncia
A falta de pagamento de contratos de financiamento (CDC) acima de 90 dias, no caso de pessoa fĂ­sica, apresentou queda de 0,1 p.p em julho, ficando em 6,0%. Os atrasos acima de 30 dias mantiveram-se estĂ¡veis em 8,2%.
Para o presidente da ANEF, DĂ©cio Carbonari de Almeida, a tendĂªncia contĂ­nua de queda de inadimplĂªncia que estĂ¡ sendo verificada Ă© o principal indĂ­cio de uma maior amplitude na liberaĂ§Ă£o de crĂ©dito. “As curvas de inadimplĂªncia das instituições estĂ£o baixando. Com isso, a maior rigidez nas avaliações de crĂ©dito deve ser diminuĂ­da”, avalia o executivo.