Se fosse há uns 10 anos atrás, provavelmente eu diria que ele vai estar em todos os livros e anuários que falam do motociclismo, mas como vivemos em uma era de tablets e smartphones e esses artigos que usam papel são ecologicamente incorretos e chatos de serem manipulados, mas que a sua não utilização emburrece e aliena os jovens que perderam o hábito da leitura, a troca de plataformas vai deixar a abertura da minha coluna vai ficar assim: isso explica porque ele esta e sempre vai estar no topo de todos os mecanismos de busca da internet.


Valentino Rossi é simplesmente o maior piloto da motovelocidade, um ser iluminado que já fez demais pelo esporte, mas nunca será, pelo menos pra ele, o bastante. Depois da longa penitência que cumpriu na Ducati e voltar para a Yamaha para ser coadjuvante do campeão do mundo, fez com que eu admirasse ainda mais as suas posturas dentro e fora das pistas. Digo isso porque em 2006 o conheci pessoalmente no lançamento da equipe Yamaha em Milão e ele se mostrou uma pessoa pra lá de agradável, gravou com a minha equipe uma matéria especial e, claro, como todo gringo disse que amava o Brasil, mas nunca se portou nem demonstrou ser a estrela que ele é.
Independentemente disso, Valentino Rossi tem aquela chama do vencedor nos olhos e o carisma do campeão no seu entorno, algo que alguns nunca vão conhecer ou ter na vida, algo que nele sobra. Quis o destino que, sabe-se lá porque, ele escolhesse o número 46 um dia na vida, talvez porque na numerologia esse número que na sua soma representa o 10, o máximo dos máximos. Seja lá como for e coincidências à parte, foram necessários 46 grandes prêmios para ele voltar a vencer, e com uma Yamaha! A história escrita no sábado em Assen no duelo do maior de todos com a grande promessa Marc Marquez gerou uma grande reverencia ao italiano que não é Cesar mas chegou para conquistar o mundo. Lorenzo foi tão grande quanto o seu mestre, disputou a corrida e chegou em quinto, mesmo com a clavícula fissurada. O show da Yamaha com seus dois pilotos começa a colocar na garupa do Dani Pedrosa aquela incomoda situação de ter que, mesmo sem estar na metade do campeonato, administrar os resultados.
Falar de Motogp é um prazer inenarrável pois se trata de uma categoria em que as condições de segurança e de cuidados com pilotos e demais pessoas que orbitam essa atmosfera é muito, mas muito profissional. As fatalidades acontecem, mas esses números são muito baixos, não existe um absurdo como o da Fórmula 1 que exige que os pneus se desgastem mais rápido para haver uma maior disputa.


Na verdade, a maior categoria do automobilismo esta mais perdida que barata em tiroteio, mais que ela somente as pessoas que fazem transmissão e insistem em dizer que FIA é federação de automobilismo, enfim. Mas voltando à Fórmula 1, o que aconteceu no GP da Inglaterra foi no mínimo irresponsável por parte da entidade e da fabricante de pneus, tudo isso com a anuência da FOM, que quer tirar a bunda da seringa, mas tem muita culpa no cartório. Meu amigo, dechapar pneu de corrida tudo bem, agora soltar a banda de rodagem toda na pista eu só vi com pneu recauchutado em caminhões na estrada. É um absurdo e uma completa falta de senso de segurança, todo mundo tem culpa nessa bagunça e acho que chegou à hora de acabar com essa besteira de obrigar os caras a trocarem pneus para ter disputa, em minha opinião, cada um escolhe o composto que quiser para a corrida e se vire, inclusive pelo fato de ser uma disputa de carros de corrida e não de borracheiros, numa pista real e não num vídeo game.
Vou ficando por aqui esperando que nesse fim de semana o Vettel ganhe o GP da Alemanha, até porque campeão que não ganha em casa não vale.

A gente se encontra na semana que vem!

Beijos & queijos

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