O fim de semana começou com uma fatalidade na rápida pista de Le Mans, nas tradicionais 24 horas. A morte também esteve presente na Alemanha, Austrália e Interlagos numa tragédia na Moto 1000 GP

O risco faz parte do esporte, a morte ou o desafio à morte anda sempre de carona com todos que tentam levar esse esporte a sério. Claro que perder vidas nunca esta na programação, claro que andar além do limite tem seus riscos, mas o pior tipo de morte é aquela anunciada.Digo isso porque essa semana mais uma praça de esportes a motor já marcou dia e hora pra acontecer. O autódromo internacional de Curitiba, que fica na verdade na cidade de Pinhais, vai fechar suas portas em 2015 para dar lugar a um enorme condomínio de alto padrão na cidade que é, considerada por muitos, um exemplo de bom viver.


Ora, que acontece com o esporte no Brasil? Até quando vamos aceitar passivamente o desaparecimento de praças esportivas sem a menor ação de quem deveria fazer o possível para garantir que o esporte não morra. Já fomos o país do futebol, mudamos para o país dos grandes pilotos e agora, na segunda onda, voltamos a ser novamente a pátria de chuteiras, mas estamos morrendo como a nação de sapatilhas. Sinto estar vivendo nesse momento triste no esporte, que esta em crise não só aqui como no mundo todo, mas poderíamos aproveitar o momento e criar uma base forte para que, no futuro, não ficar apenas olhando o filho dos outros levarem os louros pelas conquistas que poderiam ser nossas.
O legado que a copa do mundo no Brasil vai deixar é aquele de criar elefantes brancos em vários estados brasileiros, não temos um esporte forte e pelo jeito nunca teremos, na verdade temos times de futebol que revelam jogadores que valem fortunas, mas nunca encontraremos em outra modalidade esportiva um atleta que surpreenda o mundo, precisamos parar de pensar que aqui não temos desgraças naturais nem guerras, temos sim e do pior tipo.
Formamos uma casta política que é pior que um terremoto ou mesmo um tsunami, é o câncer enraizado na sociedade pacifica, são os dilapidadores da pátria amada que tomam o que é nosso e nada fazem em beneficio muitos, apenas no próprio. E o que dizer da guerra que travamos todos os dias com os desmandos que nós mesmos fazemos? Não preservamos, não cuidamos, sujamos, tentamos tirar vantagem em qualquer situação e principalmente não reagimos. Somos todos culpados, somos cúmplices de uma sociedade que se diz correta e ordeira, mas que no fundo mascara a realidade das ruas.
Vou ficando por aqui certo que, a atual situação do esporte a motor no Brasil é o reflexo de anos de desmandos e de ações protecionistas, e o resultado é esse, o esporte só pode morrer.

A gente se encontra na semana que vem!

                         Beijos & queijos

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