É difícil pensar em automobilismo sem lembrar-se do nome Fittipaldi. Pioneiro na arte de dirigir um Fórmula 1, Emerson representa o que existe de melhor nesse esporte que começou a encantar os brasileiros no começo dos anos 70 quando ele chegou à categoria máxima e conquistou títulos e respeito do mundo

Esse tipo de conquista que ele conseguiu veio, literalmente, do berço. Emerson antes de qualquer coisa era filho de Wilson Fittipaldi, o barão, homem de imponente bigode, fala mansa e atitudes firmes e decisivas. O barão soube como ninguém dosar a razão e a emoção, sempre foi um critico sutil e um apaixonado pelos veículos de 4 rodas.


Pai, piloto, repórter, locutor, comentarista, chefe de equipe, dirigente, avô, bisavô, enfim, são tantos títulos que ele mesmo, acredito eu, não esperava colecioná-los ao longo dos 92 anos de vida. Ele nos deixou essa semana, subiu para o lugar mais alto do pódio da vida, lugar esse que um dia todos iremos receber nosso troféu pelo conjunto da obra, deixa saudade, exemplo e principalmente algo que falta hoje a muitos brasileiros, honra.
Wilsão não era apenas pai de Wilsinho e Emerson, foi sim determinante na vida do esporte automobilismo, foi e sempre será o responsável por tudo que hoje vemos na TV, rádio, jornais e, porque não, internet, isso claro, se tratando de cobertura jornalística. Para nós que vivemos da notícia, ele é a referencia e o exemplo a ser seguido, pena que a prostituição dos meios de comunicação e o surgimento dos donos da verdade manchem a memória do que ele deixou como legado, e, como se diz, tem coisas que não precisam ser mexidas, devem apenas ser atualizadas. Não procure hoje alguém que se pareça com ele, não existe, nem com a dupla Wilson/Carsughi que a rádio Jovem Pan formou nos anos 70, é impossível! Os tempos podem ser outros, mas a base é a mesma, e os atuais comentaristas, salvo casos raros como ex-pilotos ou quem tentou ser piloto, não sabem nem entendem nada do que estão falando, é um copiar colar que, acredite, você que esta lendo a minha coluna, sabe muito mais que eles.


Ainda de luto pela morte do barão, vai começar a temporada 2013 da Fórmula 1. Melbourne abre novamente o campeonato iniciando a etapa caça-níqueis, ou se preferirem, a segunda fase da pré-temporada. Os favoritos do ano ainda não existem até porque o que se faz agora pode não significar nada quando o campeonato realmente começar na Europa, mas pelo que pudemos observar: McLaren, Lotus e Mercedes estão um pouco melhores que a irregular Ferrari, o resto esta batendo palmas e levando dinheiro para as equipes de aluguel.
Vou ficando por aqui destacando o absurdo de um evento que aconteceu no Rio de Janeiro. Promovido por um energético, realizado no aterro do Flamengo, a exibição da Ferrari quase acaba em tragédia por causa de um, digamos, idiota-dono-de-carro-caro bêbado. É o que se transformou hoje o Brasil em termos de automobilismo, um bando de gente querendo fazer tudo sem medo de nada. Só pra informação: a CBA fica na Glória, cerca de 200 metros do local do evento, não teria sido prudente algum de seus vários diretores aproveitarem a boca livre e dar uma checadinha para confirmar se estava tudo certo? Perguntar não ofende...

A gente se encontra na semana que vem!

Beijos & queijos

Follow me on twitter: @borrachatv