Não é de hoje, desde os tempos de Ayrton Senna a Ferrari vivia gritando a plenos pulmões que eram os campeões da pré-temporada e acabavam o ano fazendo uma apresentação pífia e nem chegavam entre os três melhores times do ano

O tempo passou e a italianada de Maranello continua com o mesmo discurso e a mesma cara de pau para tentar, talvez, convencer seu patrocinador máster que eles estão no caminho certo. Até aí tudo bem, faz parte do jogo, é a mesma coisa do boxeador que diz que vai asfaltar o seu oponente, às vezes dá certo, em outras acaba ele fazendo fila na enfermaria do ginásio.


O problema todo é que a direção da equipe deveria combinar isso com os dois pilotos, ambos deveriam falar a mesma coisa na ora de dar declarações a respeito da equipe. O Alonso é todo euforia, diz que esse será o melhor ano de sua vida, se sente muito forte e o carro esta excelente. Já o Massa acha que o carro é verde, falta muito para terem um acerto ideal, os pneus não ajudam, enfim, a velha ladainha de sempre. Quem esta com a razão? Pouco importa, mas isso esta se tornando chato num mundo novo que vivemos e que as informações chegam a todo momento, as pessoas são mais antenadas e críticas, mentir, agora, faz realmente parte do passado.


A verdade é que ambos remam para lados diferentes, o Alonso na verdade esta metendo a maior pressão na equipe e no companheiro, tipo eu to muito bem, se não ganhar a culpa é de vocês, ao contrário do Felipe que prefere não se comprometer, é o chamado, digamos, discurso vaselina, se der certo deu, se não der, eu já tinha avisado. Coisa de equipe velha, ultrapassada e que perdeu o rumo desde a saída do Schumacher.


Coincidentemente, quem parece que encontrou o rumo com a saída do Schumi foi a Mercedes. Hamilton acabou sendo o grande nome da pré-temporada, sobrou pra cima de todo mundo e coloca a equipe alemã como uma das favoritas desse ano. A nova Mercedes parece que se cansou de ser apenas coadjuvante no campeonato, que vai ter como rivais a poderosa Red Bull e a competentíssima Lotus e quem sabe a Ferrari correndo por fora, ficando para os outros o resto.
Resto esse que acabou adiando o sonho do Luiz Razia de ser piloto de Fórmula 1. Apesar de todos os elogios da equipe, ele acabou mesmo saindo pela porta lateral, a falta de pagamento de um patrocinador misterioso colocou, pelo menos por enquanto, um ponto final na sua passagem pela Marussia. Segundo um passarinho que me acorda todas as manhãs me contou no famoso off, esse patrocinador, que no começo da sua entrada na equipe ele afirmou que seriam todos de fora do Brasil, na verdade parece ser daqui e ninguém sabe quem é ou o que faz. Esse dinheiro na verdade viria de uma fonte que, segundo esse passarinho, soaria estranho se fosse divulgada, mas parece que o endereço dele é o próprio bolso do piloto. Se for isso mesmo, não vejo vergonha nenhuma em admitir, pelo contrario, seria muito importante mostrar ao mundo que o esporte no Brasil não é apoiado por ninguém, nem mesmo quem deveria apoiar quem leva nas costas o nome do país: o governo e suas imensas bolsas eleitoreiras.
Vou ficando por aqui apenas informando que o Cacá Bueno venceu a primeira etapa da Stock Car e que o Carlos Col se lançou presidente da CBA em 2017. Pronto, falei do automobilismo brasileiro.

A gente se encontra na semana que vem!

Beijos & queijos

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