Associação destaca resiliência do setor em 2025, avanços institucionais e agenda estratégica para fortalecer a competitividade da indústria no próximo ano
Texto e fotos: Abimaq
O setor de máquinas e equipamentos encerrou 2025 celebrando conquistas e projetando novas oportunidades para 2026.
Eu fui gentilmente convidado para o almoço de confraternização onde lideranças industriais, autoridades e representantes do setor produtivo reforçaram a importância da união, do diálogo e da construção conjunta de políticas para impulsionar o desenvolvimento industrial brasileiro.
Em 2025, a ABIMAQ manteve atuação intensa, ampliando o diálogo com o Governo Federal, participando de debates estratégicos no Congresso Nacional por meio da FPMAQ e contribuindo com pautas relevantes em ministérios, agências reguladoras e órgãos técnicos. O trabalho envolveu defesa e estímulo ao crédito para investimento produtivo, incentivo à inovação e à modernização industrial, apoio à simplificação tributária e regulatória, presença em missões empresariais internacionais e ações voltadas ao fortalecimento da imagem do Brasil como fornecedor confiável de tecnologia industrial. Ao mesmo tempo, o setor enfrentou fatores que impactaram custos e competitividade, como o aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos; juros ainda elevados; instabilidades geopolíticas e crescimento do protecionismo internacional. Segundo o presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ, Gino Paulucci Jr., o Brasil inicia 2026 com fatores estratégicos que precisam ser aproveitados, como a matriz energética limpa e predominantemente renovável; capacidade tecnológica crescente; mercado interno robusto e um setor exportador consolidado. “Nosso setor é estratégico porque garante independência externa em áreas essenciais como energia, produção de alimentos e infraestrutura”. Para o próximo ano, a ABIMAQ pretende aprofundar ações voltadas à construção de políticas industriais duradouras e sustentáveis; ampliar a defesa comercial; acelerar a inserção internacional das empresas; apoiar o desenvolvimento de novas tecnologias; melhorar o ambiente de negócios, reduzindo custos e burocracias; fortalecer o acesso a crédito e ampliar iniciativas de estímulo à inovação e à infraestrutura.
O superintendente do BNDES, João Paulo Pieroni, reiterou a importância do banco para a modernização e transformação tecnológica da indústria de máquinas e equipamentos. Nos últimos nove meses, o banco ampliou em 280% seu apoio ao setor, destinando R$ 58 bilhões em financiamentos. “O BNDES é fundamental para a modernização da indústria brasileira, para elevar a produtividade e para acelerar a difusão de tecnologias avançadas como automação, robótica e inteligência artificial”. O Secretário de Desenvolvimento Econômico de São Paulo, Jorge Lima, apresentou avanços relevantes obtidos pelo estado, que atingiu a meta de 1 milhão de empregos formais e informais em pouco mais de um ano; e chamou atenção para dois programas estruturantes: o Trampolim, plataforma de cursos gratuitos que cruza dados sobre demanda e vagas e o Sessenta Mais, iniciativa voltada à inclusão de profissionais acima de 60 anos no mercado de trabalho.
O Secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Guilherme Piai, pontuou o trabalho de incentivo aos fabricantes de máquinas agrícolas. Segundo ele, o governo paulista está subsidiando parte significativa da taxa de juros de cerca de 1.000 tratores financiados, reduzindo custos e estimulando a renovação da frota e a adoção de tecnologias no campo. “Temos solo, água, recursos naturais e sucessão familiar para alimentar o mundo e liderar a transição para os combustíveis renováveis, precisamos de uma revolução agroindustrial capaz de gerar milhões de empregos, agregar valor no país e multiplicar por sete a nossa balança comercial”. O presidente da Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos, Deputado Federal Vitor Lippi, disse que o Brasil precisa acelerar processos para reduzir custos e melhorar o ambiente de negócios, e citou avanços importantes como a Reforma Tributária, a nova lei de PPPs e Concessões, a Lei Brasil Mais Soberano, além da iminente regulamentação da inteligência artificial e do marco de datacenters. Para Lippi, o Brasil tem uma chance histórica de atrair investimentos e ampliar sua participação no comércio global.



0 Comentários