Setor registrou o melhor desempenho para o mês de janeiro desde 2015
Texto e fotos: Fenabrave
Segundo informações da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, em janeiro deste ano, foram emplacadas 341.435 unidades, o que representa alta de 5,9% na comparação com janeiro do ano passado e é o melhor desempenho para o mês desde 2015.
De acordo com o presidente da entidade, Arcelio Junior, o resultado aponta recuperação do mercado automotivo, sobre janeiro do ano passado, apesar da queda registrada em quase todos os segmentos, em relação a dezembro de 2024. “O mês de janeiro é, historicamente, pior do que dezembro, pois é um período com características singulares e que influenciam o desempenho de emplacamentos, já que, nessa época, o orçamento das famílias é afetado por despesas como IPVA, matrículas e material escolar, além de ser uma época em que muitos consumidores saem em férias e acabam postergando a decisão de compra de veículos. Ainda assim, tivemos um resultado positivo frente a janeiro de 2024”, analisa o Presidente.
Desempenho por segmento
Máquinas Agrícolas - Fechamento do ano de 2024
No balanço de 2024, houve queda de 15,2% nas vendas de tratores e, em colheitadeiras, o mercado encolheu 54,2%, no atacado. A alta de dezembro em relação a novembro de 2024 e a dezembro de 2023 não foi suficiente para evitar que o segmento encerrasse 2024 com baixa nas vendas. “Foi um ano desafiador para o produtor rural, com clima instável e volatilidade no mercado de commodities”, afirma Arcelio Junior. Ele destacou que a queda nas vendas de tratores só não foi maior porque alguns segmentos do agronegócio, como citros, cana, café e florestal passam por um bom momento, mantendo os investimentos. Porém, os produtores de oleaginosas, como soja e milho, devido à importante quebra de safra, reduziram os investimentos, o que explica a queda de 54,2% nas vendas de colheitadeiras e tratores de grande porte. “O ticket médio da venda caiu muito, traduzindo o humor do produtor rural, esperamos que, em 2025, com a boa safra que se desenha, o produtor tenha apetite para investir na renovação da frota. Apesar dos fatores conjunturais, como as altas taxas de juros, fim dos recursos do Plano Safra e endividamento elevado, projetamos o ano com volumes simulares ou pouco acima aos de 2024”.
Obs.: Por não serem emplacadas, as Máquinas Agrícolas apresentam dados com um mês de defasagem, pois dependem de levantamentos junto aos fabricantes
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