Em Monza, a Fórmula 1 faz VROOOM
Texto e fotos: Pirelli
Vrooom é uma onomatopeia que captura o som de um motor potente em aceleração, ou em altas rotações, tipicamente associado a qualquer tipo de veículo motorizado, como um carro ou motocicleta, evocando a ideia de velocidade, energia e movimento.
O Autodromo Nazionale di Monza é conhecido como o Templo da Velocidade, um apelido apropriado, dado que no GP da Itália de 2003, Michael Schumacher e sua Ferrari estabeleceram um recorde de maior velocidade média de todos os tempos, na distância de uma corrida, com 247,585 km/h. A mais importante mudança para o GP da Itália deste ano diz respeito ao asfalto. O circuito embarcou num processo de renovação e modernização de suas instalações, visando garantir seu futuro, e parte da primeira fase deste trabalho foi o recapeamento completo de toda a pista. Além disso, algumas passagens subterrâneas foram alteradas: a de Santa Maria dele Selve e as duas na reta entre a chicane Ascari e a Parabolica, juntamente com a construção de uma nova ligando a entrada Vedano à Parabolica, visando manter pedestres e veículos separados. Além disso, os sistemas de coleta e drenagem de água do circuito foram reformulados. O trabalho envolveu uma equipe de 240 pessoas e 92 veículos. Quando foi concluído, no início de agosto, uma equipe de engenheiros da Pirelli realizou uma inspeção da nova superfície, compartilhando os dados com a FIA e as equipes, em preparação para a última etapa europeia da temporada de Fórmula 1. Como geralmente é o caso com asfaltos recém-colocados, a superfície é mais lisa do que sua antecessora e de cor mais escura. Este último fator terá um impacto na temperatura da pista, que, se o sol estiver brilhando, pode ficar mais quente do que no passado, chegando a atingir máximas significativas de mais de 50ºC. Em teoria, a nova superfície deve oferecer mais aderência, o que impactará o desempenho dos pneus e sua faixa de temperatura operacional. É altamente provável que a evolução da pista seja muito alta ao longo do fim de semana, à medida que as várias categorias que correm neste evento acumularem voltas.
Em Monza, os carros geralmente correm na configuração aerodinâmica mais baixa da temporada para reduzir o arrasto, a fim de favorecer a velocidade máxima. A estabilidade na frenagem e a tração na saída das duas chicanes são os fatores que mais testam os pneus e, além disso, as cargas laterais nas curvas rápidas, como a Parabolica, agora nomeada em homenagem a Michele Alboreto, e a Curva Grande, não devem ser subestimadas. Para o evento deste ano, os três compostos para pista seca são os mesmos de 2023: C3 como Hard, C4 como Medium e C5 como Soft. Esta é uma pista onde o tempo necessário para um pit stop é um dos maiores do ano, então, no papel, uma estratégia de parada única é a mais rápida. Nos treinos livres será importante identificar o efeito que a nova superfície pode ter no comportamento dos pneus, em um stint longo, tanto em termos de performance quanto de degradação. No ano passado a corrida foi muito linear, com os dois compostos mais duros sendo a escolha mais utilizada. 17 dos 20 pilotos escolheram largar com o C4, enquanto apenas três – Hamilton, Bottas e Magnussen – preferiram o C3. 14 pilotos pararam apenas uma vez, e seis fizeram dois pit stops, embora no caso de Piastri isso tenha sido devido à necessidade de trocar a asa dianteira após uma colisão com Hamilton. Os cinco restantes – Gasly, Zhou, Lawson, Hulkenberg e Magnussen – adotaram essa estratégia porque a queda no desempenho dos pneus já era muito alta no primeiro stint. O GP da Itália tem sido um evento permanente no calendário do Campeonato Mundial de Fórmula 1 desde sua criação, tornando o evento deste ano a 75ª edição. Ele foi realizado em Monza em todos os anos com exceção da corrida de 1980, que foi realizada em Ímola. Michael Schumacher e Lewis Hamilton venceram aqui mais vezes, com cinco vitórias cada, seguidos por Nelson Piquet com 4. Quanto a pole positions, Hamilton lidera com 7, seguido por Juan Manuel Fangio e Ayrton Senna com 5 cada. Hamilton e Schumacher também compartilham as maiores honras quando se trata de pódios com 8, enquanto Sebastian Vettel e Fernando Alonso dividem o terceiro lugar com 6. A Ferrari lidera a tabela de vitórias por equipes com 19, pole positions com 23 e pódios com 17. Na verdade, a Scuderia não é a única equipe italiana a ter triunfado em casa. A equipe sediada em Faenza correu sob licença emitida pelo Clube Italiano do Automóvel desde que era conhecida como Minardi, até sua encarnação atual como Visa CashApp Racing Bulls. Sob a bandeira Toro Rosso, venceu em Monza com Sebastian Vettel em 2008 e novamente em 2020, quando conhecida como AlphaTauri, conquistou sua única vitória até o momento com Pierre Gasly ao volante.
0 Comentários