Hamilton volta a vencer depois de quase mil dias
Texto e fotos: Pirelli
Lewis Hamilton venceu a 75ª edição do GP da Inglaterra, o heptacampeão encerra uma seca que durou exatos 945 dias, desde o GP da Arábia Saudita de 2021. Ele agora tem 104 vitórias na Fórmula 1, nove delas nesta corrida, liderando assim a lista de pilotos com mais vitórias em um determinado GP. Para a Mercedes é a vitória número 127, a segunda consecutiva no ano, é a primeira vez que a equipe consegue isso em quase três anos.
Juntando-se a Hamilton no pódio estavam o segundo colocado Max Verstappen e Lando Norris, o terceiro.
A primeira parte contou com o Medium, utilizado por 17 pilotos, com exceção de Ocon e Zhou, que optaram pelo Soft enquanto, partindo do pitlane, Perez foi com o Hard. O C2 funcionou bem, porque os pilotos conseguiram acelerar mesmo quando transportavam uma carga completa de combustível, ao mesmo tempo que lhes permitiu gerir as condições complicadas quando a chuva começou a cair. Além disso, o Médio garantiu maior flexibilidade no momento de fazer o primeiro pit stop, visto que a ameaça de chuva já se fazia sentir ainda antes da largada. Depois foi a vez do Intermediate ocupar o centro das atenções, quando chegou o ponto de cruzamento. Leclerc e Perez optaram por mudar para este pneu cedo e acabaram ficando com um conjunto de pneus desgastados justamente quando as condições da pista eram mais adequadas para eles e tiveram que fazer um segundo pitstop. A parte final viu os três compostos para tempo seco competirem em igualdade de condições e foi interessante observar como, especialmente entre os líderes, os vários conjuntos de pilotos se sentiram confortáveis com compostos diferentes: Hamilton conquistou a vitória com o Soft, Verstappen foi o mais rápido no Hard, enquanto Piastri demonstrou que o Medium poderia ser muito competitivo.
Mario Isola - Diretor de Motorsport da Pirelli: "Assistimos a um GP muito emocionante em um fim de semana muito movimentado, que contou com um grande espetáculo tanto na pista como nas bancadas. Foi uma etapa de testes para quase toda a nossa gama de pneus em diferentes condições, numa das pistas das mais difíceis de todo o calendário do campeonato. Desde sexta-feira ficou evidente que os três compostos para tempo seco poderiam desempenhar um papel importante nesta corrida e isso foi confirmado. Em termos de estratégia, as previsões foram mais ou menos respeitadas. Deixando de lado a chuva, a duração do primeiro trecho com os médios e o desempenho dos duros para aqueles como Verstappen e Sainz que os utilizaram no trecho final demonstraram como uma combinação C2/C1 pode ser muito competitiva. Obviamente, o C3 sofreu um pouco mais, em parte porque foi usado no modo push no final da corrida em uma pista que ainda estava bastante verde por causa de toda a chuva deste fim de semana".
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