- Motocicletas, automóveis e comerciais leves puxam o crescimento no semestre e apenas o segmento de ônibus teve resultado negativo, fora do esperado pela Fenabrave;
- Segundo a entidade, o Programa MOVER, cuja lei foi sancionada, deverá impulsionar os lançamentos de veículos e novas tecnologias no País, o que promete estimular as vendas.
Texto e fotos: Fenabrave
Os emplacamentos de veículos refletiram o impacto do crédito mais abundante e melhor índice de confiança por parte dos consumidores e empresários, apresentando alta, tanto em junho como no acumulado do 1º. Semestre de 2024.
Em junho, os emplacamentos de veículos (soma dos segmentos automotores) aumentaram 6,3% em relação a maio, de acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores. O crescimento ocorreu mesmo com menor número de dias úteis em relação ao mês anterior (20 dias em junho, ante 21 em maio), o que demonstra o aquecimento do mercado. “Foi um resultado consistente, já que tanto volume total como a média diária de vendas cresceram. À exceção dos comerciais leves, todos os segmentos tiveram alta na comparação com o mês anterior. O crédito tem tido um papel importante neste resultado”, afirma Andreta Jr., Presidente da Fenabrave. Vale dizer que os emplacamentos acumulados até junho são os melhores para o período desde 2014.
Na avaliação do Presidente da Fenabrave, com a sanção da lei que regulamenta o Programa MOVER, as montadoras deverão se sentir estimuladas a investir em novos produtos, o que deverá impactar, consequentemente, nas vendas, nos próximos anos. As montadoras inscritas no Programa já anunciaram investimentos em torno de R$130 bilhões até 2032.
- Automóveis e comerciais leves - Em razão dos resultados apresentados até o momento e das condições favoráveis de mercado, estes dois segmentos somados deverão apresentar alta de 15%, contra uma expectativa inicial de 12%;
- Caminhões – Em função do desempenho positivo do mercado, o segmento de caminhões continua em trajetória ascendente. Neste caso, a decisão foi elevar a projeção para 12%, contra os 10% divulgados na primeira estimativa, anunciada em janeiro de 2024;
- Ônibus – Com emplacamentos abaixo do planejado na primeira projeção, divulgada pela Fenabrave em janeiro, as estimativas para o segmento foram revistas para baixo, indicando para a estabilidade nos emplacamentos de ônibus, para o qual era estimado um crescimento de 20%. Agora, o resultado deverá ser igual ao obtido em 2023, na melhor hipótese;
- Motocicletas – O segmento vive uma grande fase, ainda por conta dos serviços de entrega e do uso das motos como forma de mobilidade individual, em substituição ao transporte coletivo e aos automóveis. A projeção inicial de crescimento, de 16%, foi revista para uma alta de 20% para 2024;
- Implementos Rodoviários – O segmento obteve um desempenho ligeiramente inferior ao dos caminhões até a metade de 2024. Dessa forma, a Fenabrave preferiu manter a previsão de crescimento em 10%, divulgada no começo do ano.
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