- Frota nacional já chega a 300 mil desde o início da série histórica da ABVE;
- Veículos plug-in se consolidam, com 69% das vendas de janeiro a junho;
- Junho de 24 tem o terceiro melhor mês, com 14.396 emplacamentos.
Texto e fotos: ABVE
Com 14.396 emplacamentos em junho (o terceiro melhor mês da série histórica), o primeiro semestre de 2024 registrou um total de 79.304 veículos leves eletrificados vendidos no Brasil.
Esse total representa um aumento expressivo de 146% sobre os 32.239 do primeiro semestre de 2023 e de 288% sobre os 20.427 do primeiro semestre de 2022.
Os números atestam o momento exuberante da eletromobilidade no Brasil e confirmam a previsão da ABVE de que 2024 terminará com um novo recorde de mais de 150 mil veículos eletrificados vendidos no ano, o que significaria um crescimento em torno de 60% sobre os 93.927 de 2023. Só em junho, os 14.396 veículos emplacados representaram um aumento de 131% sobre junho de 2023 (6.225) e de 253% sobre junho de 2022 (4.073).
Com o resultado do primeiro semestre, o Brasil praticamente já chegou à marca simbólica de 300 mil eletrificados leves em circulação no país desde 2012 (início da série histórica da ABVE). Ou mais exatamente 299.735 veículos até junho. Os eletrificados incluem todas as tecnologias: BEV 100% elétricos, PHEV híbridos elétricos plug-in, HEV flex e a gasolina (não plug-in) e os micro-híbridos MHEV, com baixa grau de eletrificação.
O resultado do primeiro semestre consolida a evolução do mercado brasileiro de eletromobilidade, hoje dominado pelos veículos elétricos plug-in e, dentre estes, pelos BEV totalmente elétricos. De janeiro a junho de 2024, os BEV representaram 39% dos emplacamentos de eletrificados no país (31.204). Os PHEV, veículos elétricos híbridos que também têm recarga externa, responderam por 29,5% (23.296). Os veículos plug-in, portanto (BEV + PHEV), somaram nada menos do que 69% do mercado de eletrificados leves no período no Brasil. Já os HEV convencionais (elétricos não plug-in a gasolina ou diesel) ficaram com 9,3% das vendas no primeiro semestre (7.394). Os HEV flex a etanol, com 14% (10.987). E os micro-híbridos MHEV, com 8% (6.423). Os ótimos números do semestre se somam a algumas boas e más notícias para a eletromobilidade no Brasil.
A boa notícia é a sanção pelo presidente do importante Programa Mover – a nova política automotiva brasileira, com foco em veículos de mais eficiência energética e sustentabilidade ambiental. As más notícias ficaram por conta das novas alíquotas de aumento do Imposto de Importação dos veículos eletrificados, que entraram em vigor no dia 1º de julho. Todas as alíquotas devem chegar a 35% até julho de 2026, segundo o cronograma divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento (MDIC) no final do ano passado. Outro fator de preocupante para o setor é a indefinição sobre as novas regras de segurança para prevenção de acidentes com carros elétricos lançada para consulta pública em abril pelo Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo. A preocupação em torno dessas regras, que deverão ser definidas no segundo semestre do ano, afetou o mercado de recarga elétrica em edifícios residenciais e comerciais, e não só em São Paulo – estado responsável por 34% das vendas nacionais de eletrificados leves.
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