- Montagem do clássico de Puccini abre a temporada de óperas;
- Serão sete récitas homenageando o compositor no ano do centenário de sua morte.
Texto e fotos: Theatro Municipal de São Paulo
Uma ópera que conta uma tragédia tão marcante que já foi remontada e relida no cinema e no teatro em diferentes contextos e épocas por diretores como Bob Wilson e em obras como "Miss Saigon" é o destaque no Theatro Municipal de São Paulo no mês de março. O drama da jovem gueixa Cio-Cio-San, que tem um filho com o oficial da marinha americana Pinkerton e é por ele abandonada, é o destaque do início da temporada de óperas de 2024. Com sete récitas, um dos títulos mais aclamados e adaptados da história, "Madama Butterfly" marca o centenário de morte de Puccini, em 2024.
A montagem que aporta no Theatro Municipal de São Paulo a partir de 15 de março vem de uma bem-sucedida estreia no Teatro Colón, de Buenos Aires (Argentina), porém com um elenco distinto, que inclui as respeitadas sopranos Carmen Giannattasio e Eiko Senda, cantoras com familiaridade com o papel. Nessa versão da obra, a premiada diretora Livia Sabag ressalta em todos os aspectos da obra, o declínio social e o empobrecimento que acontecem na vida de Cio-Cio-San, a protagonista que se apaixona por um marinheiro americano e tem com ele um filho, evidenciando aspectos socioculturais e de gênero que desembocam no desfecho trágico da trama. O trabalho tem a cenografia de Nicolàs Boni, a iluminação de Caetano Vilela, o figurino de Sofia Di Nunzio, Matias Otálora no vídeo e Mercedes Marmorek na assistência de direção cênica. A partir de projeções em vídeo e até um desabamento de terra, incluindo cenas de filmes do cineasta Kenji Mizoguchi, em especial de um filme chamado 'A Vida de Oharu', a natureza e a vida íntima da personagem seguem em consonância ao longo do espetáculo. Mizoguchi é considerado o primeiro cineasta feminista da história e tem uma obra potente que influenciou a montagem da diretora cênica da ópera. A regência da Orquestra Sinfônica Municipal é de Roberto Minczuk nos dias 15, 16, 17, 19 e 20 e de Alessandro Sangiorgi nos dias 22 e 23. Participa ainda o Coral Paulistano, sob a regência de Maíra Ferreira.
Como a protagonista Cio-Cio San, as sopranos Carmen Gianattasio e Eiko Senda se dividem nas sessões, ambas experientes intérpretes do repertório de Puccini. No primeiro elenco, que se apresenta nos dias 15, 17, 20 e 23 de março, Celso Albelo interpreta Pinkerton, Ana Lucia Benedetti é Suzuki e Douglas Hahn interpreta Sharpless. Nas récitas de 16, 19 e 22 de 23, Enrique Bravo é Pinkerton, Juliana Taino, Suzuki, e Michel de Souza, Sharpless. Todas as apresentações contam com Elaine Martorano como Kate Pinkerton; Jean William como Goro; Carlos Eduardo Santos como Príncipe Yamadori, Andrey Mira como Bonzo, Márcio Marangon como Yakuside, Leonardo Pace como Comissário Imperial, Sebastião Teixeira como Notário, Magda Painno como mão de Cio-Cio-San, Caroline de Comi como Prima de Cio-Cio-San e Graziela Sanchez como Tia de Cio-Cio-San. Cenografia, figurinos e adereços serão os mesmos apresentados no Theatro Colón em 2023, de modo que o público poderá conferir a personalidade deste trabalho agora em São Paulo.
- Datas: 15 sexta 20h, 16 sábado 17h, 17 domingo 17h, 19 terça 20h, 20 quarta 20h, 22 sexta 20h, 23 sábado 17h.
- Local: Sala de Espetáculos - Theatro Municipal
- Roberto Minczuk, direção musical e regência (15, 16, 17, 19, 20);
- Alessandro Sangiorgi, regência (22, 23);
- Livia Sabag, direção cênica;
- Maíra Ferreira, regente do Coral Paulistano;
- Nicolàs Boni, cenografia;
- Caetano Vilela, iluminação;
- Sofia Di Nunzio, figurino;
- Matías Otálora, vídeo;
- Tiça Camargo, visagismo;
- Mercedes Marmorek, assistente de direção cênica.
dias 15, 17, 20 e 23
- Carmen Giannattasio, Cio-Cio San / Madama Butterfly;
- Celso Albelo, Pinkerton;
- Ana Lucia Benedetti, Suzuki;
- Douglas Hahn, Sharpless.
dias 16, 19, 22
- Eiko Senda, Cio-Cio San / Madama Butterfly;
- Enrique Bravo, Pinkerton;
- Juliana Taino, Suzuki;
- Michel de Souza, Sharpless.
- Praça Ramos de Azevedo, s/nº - Sé - São Paulo, SP
- Capacidade Sala de Espetáculos - 1503 pessoas
- Classificação indicativa – Não recomendado para menores de 12 anos - pode conter histórias com agressão física, insinuação de consumo de drogas e insinuação leve de sexo
- Duração total: Aproximadamente 170 minutos (com intervalo)
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