Composto C5 da Pirelli faz sua estreia
Texto e fotos: Pirelli
A pista
O traçado de Albert Park é formado por 14 curvas, tendo sido recentemente redesenhada para torná-la mais fluida. Ainda é complicado ultrapassar, embora não tão difícil como era no passado. Historicamente, uma estratégia de parada única tem sido a opção favorita, mas a mudança para uma escolha de pneus mais macios pode mudar isso – bem como criar situações em que a diferença de ritmo entre os carros como resultado de diferentes níveis de desempenho dos pneus, ajuda a ultrapassar. O fim de semana em Albert Park é um dos favoritos no mudo da F1 graças a localização deslumbrante e a atmosfera agitada da cidade-sede Melbourne. A pista em si não é muito dura com os pneus, sendo a degradação um fator mais preocupante que o desgaste. O outono está começando agora na Austrália e isso pode trazer algumas surpresas relacionadas ao clima, com oscilações de temperatura e chuva deixando suas marcas no fim de semana, o que significa que haverá muita borracha depositada na pista para influenciar os níveis de aderência. A Austrália se juntou ao calendário da Fórmula 1 pela primeira vez em 1985, com a 37ª edição acontecendo neste fim de semana. Até 1995, o circuito de rua de Adelaide sediou a corrida antes da mudança para Melbourne, que tem sido a casa do GP da Austrália desde então, com exceção de 2020 e 2021, quando a corrida não aconteceu devido à pandemia de Covid-19. O piloto de maior sucesso no GP da Austrália é Michael Schumacher, com quatro vitórias: todas elas acontecendo em Melbourne com a Ferrari. As 10 vitórias da equipe de Maranello na Austrália são superadas apenas pela McLaren, com 11 vitórias, a equipe também tem mais poles, 10, o piloto com mais pole positions, 8, Lewis Hamilton. Em número de pódios, Ferrari e McLaren dividem o recorde com 26, Hamilton é o piloto que esteve no top três mais vezes, 10. A Red Bull só venceu em Melbourne duas vezes, em 2011 com Sebastian Vettel e no ano passado com Max Verstappen.
O pneu C5, o mais macio dos cinco compostos de pista seca disponíveis esse ano, fará sua estreia no GP da Austrália, terceira etapa da temporada de 2024. Ele foi nomeado ao lado do C4, usado em Jeddah, e do C3, que é visto em praticamente todas as corridas. Esta é uma seleção mais macia em comparação com o ano passado, quando C2, C3 e C4 foram os escolhidos, mas não é a primeira vez que o composto mais macio é visto em Melbourne. Em 2022, a Pirelli trouxe o C5 como indicação de macio (quando foi combinado com C3 como médio e C2 como duro, deixando o C4 de fora). A decisão de optar por uma seleção mais macia foi tomada após análise da corrida do ano passado, que se centrou no C2, com 10 pilotos o utilizando por 47 das 48 voltas, e três pilotos correndo com ele por mais de 50 voltas. O GP da Austrália de 2023 foi caracterizado por inúmeras paralisações, incluindo três Safety Cars e três bandeiras vermelhas, com duas relargadas do grid e uma em movimento. O C5 permanece inalterado desde 2023, mas é o composto menos utilizado até agora na atual geração de carros. Ele não foi selecionado para nenhuma das duas corridas de abertura esse ano e apenas 140 quilômetros foram percorridos com o composto mais macio da gama de 2024 durante o único teste de pré-temporada no Bahrein, de 21 a 23 de fevereiro. Lewis Hamilton foi o único piloto a completar um stint verdadeiramente longo com ele, enquanto os pilotos da Williams o utilizaram principalmente para uma série de voltas rápidas. Apenas outras duas equipes, Ferrari e Stake F1, selecionaram o C5 para o teste no Bahrein: uma pista abrasiva que não é particularmente adequada para o composto mais macio. Dessa forma, continua sendo uma incógnita o caminho para o GP da Austrália deste fim de semana.
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