O suspense com muita ação vai agradar quem gosta do gênero e de Jason Statham
Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Diamond Films
Ele é o herdeiro dos chamados “Brucutus” que fizeram muita bagunça e sucesso nos anos 80 e 90, a diferença é ele ter uma fala mais mansa e ações mais letais e verossímeis, portanto, prepare-se que lá vem loucura!
Jason Michael Statham é um ator que tem cara de inocente e atitudes de culpado, é um vilão que tem torcida de mocinho, sabe escolher os roteiros e diretores das produções que participa e até agora não caiu em desgraça com o público, sua presença costuma levar muita gente ao cinema para admirar a performance de um cara que já tem 56 anos.
Desta vez ele ataca de ator e produtor, estreou nos cinemas brasileiros Beekeeper - Rede de Vingança (Cedar Park Entertainment, Miramax, Punch Palace Productions, Diamond Films) um suspense cheio de ação que tem mensagens políticas e ecológicas no meio de socos e pontapés, muitos deles dados pelo personagem principal.
O roteiro de Kurt Wimmer é muito bem elaborado e cheio de reviravoltas com o personagem Clay (Statham), um ex-agente dos “Beekeepers” que busca fazer justiça com as próprias mãos. O longa é dirigido por David Ayer, um especialista em pancadaria e ação, sua característica é ressaltar o ator principal e deixar os demais personagens como coadjuvantes, mesmo tendo Josh Hutcherson (Derek Danforth) e Jeremy Iron (Wallace Westwyld) no elenco.
A grande sacada desse filme é o tipo de captação digital feita usando a câmera Arri Alexa 35. As lentes Cooke Anamorphic/i são o toque de genialidade, elas projetam uma versão compactada da imagem, elevam a resolução vertical diminuindo o granulado e dão aparência mais suave, isso é nítido nas cenas de luta com evidencia frontal e campo ampliado no fundo. Com isso, a montagem feita por Geoffrey O'Brien não precisou de muitas correções nem invenções, é ritmada, limpa, usa uma grande quantidade de takes de cada seqüência e consegue manter a atenção durante os 105 minutos da exibição.
Beekeeper - Rede de Vingança tem orçamento divulgado de US$ 34 milhões, mas não é para todos os públicos, a classificação indicativa é de 18 anos por conter drogas, linguagem imprópria e violência extrema. O longa deve ser conferido por quem gosta do gênero e do ator, que não utiliza dublês para fazer cenas de luta, mas herdou os enormes cachês que seus antecessores cobravam para bater e apanhar, cerca de US$ 13 milhões por filme, nada mal para quem começou a vida como atleta de saltos ornamentais.
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