• Indústria fecha com 11,3% de crescimento;
  • Foram produzidas mais de 1,5 milhão de unidades;
  • Não fosse a seca histórica, os números poderiam ser maiores.

Texto: Eduardo Abbas / SD&PRESS Consultoria
Fotos: Abraciclo

Nada como um janeiro depois do outro, no inicio de 2023 as projeções, baseadas em um cenário sem tropeços já era muito animador, na época, segundo a Abraciclo "as unidades fabris deverão produzir 1.550.000 motocicletas em 2023, alta de 9,7% na comparação com 2022, a perspectiva é que sejam emplacadas 1.490.000 motocicletas, alta de 9,4% e as exportações deverão alcançar 59.000 unidades, aumento de 6,7%", olha, foi por pouco!

Na coletiva de imprensa presencial, uma novidade de 2024 já que desde a pandemia poucas foram as oportunidades de encontros dos jornalistas com os representantes das fabricantes, o clima de alegria tomava conta dos diretores da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, afinal de contas, os números superaram as expectativas.

As fabricantes de motocicletas instaladas no Polo Industrial de Manaus produziram 1.573.221 unidades em 2023, o volume é 11,3% superior ao registrado em 2022, esse desempenho superou a expectativa da associação de alcançar 1.560.000 unidades produzidas e é o melhor resultado anual desde 2013.

Um fator que ajudou bastante o resultado foi a melhora na política econômica do governo com a baixa da taxa de juros, com isso houve um maior acesso ao crédito que representa 30% da compra, outro fator de auxilio na aquisição do bem é via consórcio, responsável por aproximadamente 35%.

Outro foi o empenho das montadoras do PIM, segundo Marcos Bento, presidente da Abraciclo, “todas as fabricantes mantiveram o ritmo de produção, apesar das dificuldades surgidas no decorrer do ano, isso comprova o esforço do setor na busca do crescimento sólido e sustentável”, em dezembro, foram produzidas 117.929 motocicletas, uma alta de 38,5% na comparação com o mesmo mês de 2022. Em relação a novembro, houve queda de 10,7%.

Vendas no varejo
Em 2023, foram emplacadas 1.582.032 motocicletas, um aumento de 16,2% em relação ao ano anterior, a Street foi a categoria mais licenciada, seguida pela Trail e a Motoneta.

As motocicletas de média cilindrada alcançaram o maior crescimento porcentual. No ano passado, foram licenciadas 234.529 motocicletas, volume 21,3% superior ao registrado em 2022. Em números absolutos, os modelos de baixa cilindrada lideraram o ranking de emplacamentos, com 1.297.780 unidades e 82% do mercado.

Em dezembro, os licenciamentos somaram 132.797 unidades. O volume é 0,4% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado e 1,7% maior às unidades emplacadas em novembro.

Exportações
Em 2023, as associadas da Abraciclo exportaram 32.931 motocicletas, uma retração de 40,5% na comparação com o ano anterior.

Em dezembro, as exportações somaram 1.069 unidades, o que representou uma redução de 72,8% na comparação com o mesmo mês de 2022 e de 25,6% em relação a novembro.

Projeções 2024
Para 2024, a estimativa da Abraciclo é a produção de 1.690.000 motocicletas, o que corresponde a um crescimento de 7,4% em relação ao registrado em 2023. “A projeção se baseia nos cenários macroeconômicos do Brasil, considerando fatores como as expectativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), inflação, variações nas taxas de juros, confiança do consumidor etc. Nossa meta é seguir crescendo de forma sustentável e retornar ao patamar de produção de dois milhões de unidades nos próximos anos”, afirma Bento.

No varejo, a perspectiva é que sejam emplacadas 1.700.000 motocicletas, volume 7,5% superior em relação a 2023. As exportações deverão alcançar 35.000 unidades, aumento de 6,3% sobre o volume registrado no ano passado.

É uma enorme felicidade rever amigos e ter informações diretamente da fonte, versões oficiais são ótimas quando se trata de detalhamento técnico, mas nada se compara às relações entre os humanos que vivem em sociedade.


A nota triste do encontro foi a confirmação da não realização do Salão Duas Rodas em 2024, segundo Marcos Bento, a associação está estudando com todos os relacionados ao setor a possibilidade de realizar o evento em 2025, tomara que consiga, ver ao vivo é muito diferente.