Inspeções regulares devem ser realizadas juntamente com a checagem dos demais itens como freios, pneus e motor, com intuito de garantir mais segurança e redução de gastos na manutenção dos veículos

Texto e fotos: DriV/Tenneco

A troca do óleo e filtros do motor, dos pneus, a revisão dos freios e do sistema de arrefecimento são procedimentos frequentes na vida de muitos motoristas, mas infelizmente isso não ocorre no caso dos componentes de amortecimento e suspensão. Para se ter uma ideia, de acordo com relatório da Polícia Federal, de janeiro a agosto de 2022, 1.770 acidentes foram causados por algum problema mecânico, com 36 mortes no total. Esse alto índice é resultado da negligência de alguns motoristas que não realizam a manutenção preventiva de seus veículos, que sem os devidos cuidados, ocasionam falhas nas vias, obstruem o trânsito e ainda causam acidentes.

No caso dos amortecedores, os proprietários só identificam problemas e realizam a sua manutenção quando o problema já se instalou, o amortecedor, assim como demais componentes do veículo, sofre desgaste pelas condições de uso. Essa situação influenciará diretamente nos prazos de troca dos amortecedores. Se o veículo é submetido às condições mais severas como rodar por estradas não asfaltadas e passar por buracos, valetas e lombadas em alta velocidade com muita frequência, a sua vida útil será reduzida e o período de troca antecipado. Por outro lado, um veículo que roda apenas em vias asfaltadas e não é submetido a condições extremas, deverá preservar por mais tempo seus sistemas de amortecimento e suspensão. Em ambos os casos, o motorista precisa incorporar a cultura da revisão da suspensão juntamente com as demais revisões periódicas do veículo, à fim de evitar mais prejuízos. Para evitar essa situação, o supervisor da Monroe recomenda que os motoristas realizem inspeções regulares nos amortecedores, aproveitando a checagem dos demais itens do carro.

Principais problemas que podem ocorrer com os amortecedores

  1. Distância de frenagem: de acordo com os desgastes das molas / amortecedores, o contato da pista com os pneus é menos eficiente, apresentando dificuldades para parar.
  2. Instabilidade na direção: com os amortecedores degastados, existe a possibilidade de solavancos e você ainda pode sentir a direção dura, instável e barulhenta. Isso, além de afetar o conforto dos motoristas e o desempenho dos pneus, há uma perda da tração.
  3. Perda da tração: isso pode ocorrer na frenagem, aceleração ou nas curvas, pois os pneus não conseguem manter o atrito com a pista e o resultado é a perda de controle.
  4. Guinadas: são os movimentos excessivos para a direita ou esquerda, devido as rajadas de vento, condições da estrada ou mesmo movimentos do volante. Neste casto, o amortecedor ou a mola controlam o movimento de extensão, enquanto os amortecedores do lado oposto gerenciam o movimento para cima. Para isso, são necessárias correções da direção, prejudicando ainda mais as condições do amortecedor.
  5. Pneus deformados: quando um pneu fica livre para se mover para baixo ou para cima, de forma excessiva, é ocasionado um movimento rítmico que inicia um padrão de desgaste uniforme. Diferente das condições de um pneu balanceado, a frequência do desgaste é maior quando não está sendo amortecido pelos amortecedores ou pelas molas. Com o agravamento do desgaste, ocorrem os ruídos e perda da tração.