Após estrear no West End em maio passado, Ricardo Marques dirige o espetáculo com um elenco de jovens artistas do teatro musical

Texto: Luiz Quesada
Fotos: Caio Gallucci / Victor Miranda

Todas as gerações querem disputar qual foi a época mais dançante. Da rumba ao funk, por exemplo, os jovens, sempre eles, chocam os pais com ritmos frenéticos, carregados de sensualidade, que despertam nos mais velhos comentários como: “no meu tempo não tinha isso!”. Você pode até não concordar, mas é inegável que o rock é um dos gêneros cuja dança é tão boa quanto a música.

Foi para enaltecer o poder dessa sonoridade ‘explosiva’ surgida nos anos 1950, nos Estados Unidos, misturando jazz, blues e country, que o musical “Grease” chegou à Broadway em 1971. Sete anos depois, a adaptação para o cinema, que no Brasil seria acrescida pelo subtítulo “Nos tempos da brilhantina”, tornou-se grande sucesso mundial de bilheteria. O longa lançou Olivia Newton-John ao estrelato e consagrou definitivamente John Travolta, que já fizera furor um ano antes em “Os Embalos de Sábado à Noite”, o filme que abriu as portas da Era Disco.

Grease, O Musical” já iniciou sua temporada no Teatro Claro SP, tem direção do brasileiro Ricardo Marques, que acabou de estrear o mesmo espetáculo no dia 03 de maio no Dominion Theatre, no West End de Londres.

É a história de uma garota popular e sonhadora, Sandy, e um rapaz convencido, Danny, que se apaixonam durante as férias de verão de 1959 na ensolarada Califórnia. Ao voltarem para a escola, porém, descobrem que estudam no mesmo local. Lá, a personalidade dele vem à tona, como o líder do Burguer Palace Boys, um grupo rebelde que usa jaqueta de couro e lambuza o cabelo de gel, com aqueles topetes tipo Elvis Presley. Já ela, convive com as Pink Ladies, lideradas por Rizzo, uma garota extrovertida e cheia de opinião. A mudança de atitude de Danny decepciona Sandy, pondo em risco o namoro. Algo tem de mudar, ela precisa agir para que ele perca esse ar de bad boy.

O elenco é formado por Danny (Robson Lima), Sandy (Luli), Rizzo (Gabi Camisotti), Kenickie (Nathan Leitão), Marty (Carol Pita), entre outros, são artistas jovens que têm se destacado no cenário musical brasileiro. A direção musical é do maestro Paulo Nogueira, que foi regente no Theatro Municipal de São Paulo antes de se dedicar aos musicais.

Os cenários do mestre J. C. Serroni tem até um automóvel todo amassado que é ‘restaurado’ no palco durante um dos números mais famosos do espetáculo. Cantado em português, o musical é embalado pelos hits originais do filme e outros que não fizeram parte do longa. No final, porém, alguns sucessos são novamente interpretados, desta vez em inglês, já que estão gravados na memória de muitos que assistiram a produção cinematográfica.

Grease, O musical

  • Equipe Criativa Diretor: Ricardo Marques (à frente da 4CT Entretenimento)
  • Assistente de Direção e Diretor Residente: Igor Pushinov
  • Diretor Musical: Paulo Nogueira
  • Coreógrafo: Elcio Bonazzi
  • Assistente de Coreografia e Coreógrafa Residente: Victoria Ariante
  • Cenógrafo: J. C. Serroni
  • Figurinista: Márcio Vinícius
  • Visagista: Antonio Vanfill
  • Desenho de Som: Tocko Michelazzo
  • Desenho de Luz: Rogério Cândido
  • Versionistas: Silvano Vieira e Sofia Bragança
  • Produtor de Objetos: Clau Carmo Comunicação
  • Fotógrafo: Caio Gallucci

Serviço
Temporada a partir de 17 de junho

  • Local: Teatro Claro SP – Shopping Vila Olímpia - R. Olimpíadas, 360 - Vila Olímpia, São Paulo
  • Capacidade: 799 pessoas
  • Classificação: 12anos
  • Duração: 135 minutos 
  • Sessões: Quintas, Sextas e Sábados, às 21h Domingos, às 19h 
  • Ingressos: de R$ 50 a R$ 200 (Confira legislação vigente para meia-entrada)