Os compostos mais macios para as retas de rua mais longas da Fórmula 1

Texto e fotos: Pirelli

Os pneus e a pista

  • Para o incomparável Circuito da Cidade de Baku, que combina a complexidade de Mônaco com as velocidades de Monza, a Pirelli trouxe os três pneus mais macios de sua gama: o C3 como o P Zero White Hard, o C4 como o P Zero Yellow Medium e o C5 como P Zero Red Soft. Esta é a mesma seleção que foi feita no ano passado, embora os compostos e as construções sejam completamente novos para 2022.
  • Baku é um circuito de rua com personalidade própria, combinando retas rápidas com algumas seções extremamente estreitas e técnicas, especialmente em torno da famosa curva 9 no centro antigo da cidade. Como resultado, ao contrário da configuração de alta pressão aerodinâmica para Mônaco, as equipes tendem a optar por uma configuração de baixa a média em Baku, equilibrando a necessidade de aderência nas curvas apertadas com as altas velocidades nas retas para facilitar as ultrapassagens. Em 2016, Valtteri Bottas, pilotando uma Williams, ultrapassou os 378 km/h, um recorde não oficial da F1 que ainda se sustenta.
  • O clima pode ser quente, com temperaturas da pista acima de 50º, os edifícios ao redor do circuito, onde existem áreas alternadas de luz e sombra, podem variar bastante a temperatura da pista.

  • No ano passado, a estratégia vencedora foi de uma parada (a corrida foi interrompida por uma bandeira vermelha perto do fim), na ocasião, a escolha preferida da maior parte do pelotão foi de Soft - Hard, o pneu Soft voltou para o sprint final de três voltas até a bandeirada. A regra de se usar o pneu mais rápido no Q2 para a largada estava em vigor então, a estratégia pode ser diferente este ano.

Mario Isola - Diretor de Motorsport da Pirelli: “Até Jeddah aparecer, Baku era o circuito de rua mais rápido do ano. As exigências desta pista de rua ainda são relativamente baixas, pois nenhuma das curvas tira uma enorme quantidade de energia dos pneus devido aos baixos níveis de abrasão e cargas laterais contidas, isso significa que temos a mesma nomeação de Mônaco. Com isso, as altas velocidades no Azerbaijão ainda colocam uma certa demanda nos pneus. O ponto principal é a tração, com a busca pelo equilíbrio certo entre os eixos dianteiro e traseiro sendo o principal desafio para todas as equipes, você precisa ter calor suficiente nos pneus dianteiros para gerar aderência, apesar das longas retas que os esfriam, mas não muito calor na parte traseira, caso contrário é fácil superaquecer nas zonas de tração. A temperatura da pista também é inconsistente em Baku, em suma, é uma pista bastante específica com alguns desafios técnicos diferentes, que são os mesmos para todos”.