A comédia romântica de ação é ótima diversão para esse outono

Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Paramount Pictures

Tem certas pessoas que, mesmo a gente sabendo que a possibilidade de encontrar um dia é mínima, entram na vida da gente de forma tão avassaladora que jamais serão esquecidas. Seja por qual motivo for, é impossível não venerar alguém como Sandra Bullock, é paixão antiga, desde Velocidade Máxima essa tremenda gata e competentíssima atriz mexe com o imaginário de muita gente no planeta, seu sorriso arrasador não mudou nos anos que se seguiram, ficou mais séria, mas ainda derruba os espectadores da cadeira.

Ganhou Oscar® e seus coadjuvantes por um papeis mais sérios, mas seu lado pastelão é maravilhosamente aflorado e sim, faz toda diferença quando se trata de diversão com bom gosto. Estreia hoje nos cinemas brasileiros Cidade Perdida (3DOT productions, Exhibit A, Fortis Films, Paramount Pictures), onde ela além de atuar bem como sempre, também produz o longa.

É um roteiro bem escrito e de fácil entendimento, a autora Loretta Sage (Sandra Bullock em ótima forma) escreve sobre lugares exóticos em seus romances populares de aventura, as capas dos livros são estreladas por Alan (Channing Tatum), que acredita ser o personagem herói. Na turnê de promoção da nova publicação, ela é raptada pelo bilionário excêntrico Abigail Fairfax (Daniel Radcliffe), ele acredita que ela pode guiá-lo à cidade perdida descrita no romance, onde tem um tesouro escondido. Ah, nessa confusão toda tem também a luxuosa participação especial de Brad Pitt como o treinador Jack Trainer (juro!).

O longa é escrito e dirigido pelos irmãos Aaron e Adam Nee, eles já tem algum tempo de estrada, mas posso considerar a estreia deles na tela grande neste filme, contam com um elenco mais robusto, um ótimo orçamento de US$ 74 milhões e o refinamento do texto em conjunto com uma direção leve, isso deixou os atores muito à vontade nos 112 minutos de exibição. Também ajudou muito no resultado usar a fotografia competente do francês Jonathan Sela e a montagem correta de Craig Alpert, ambos são parceiros de longa data e percebe-se a sintonia nas imagens usadas na timeline.

Cidade Perdida tem um ótimo elenco de apoio, efeitos visuais caprichados, trilha sonora envolvente, tudo na medida certa e sem apelar nem ousar demais, mesmo assim a Classificação Indicativa é de 14 anos e deve ser conferido, é cinema de diversão, para desopilar o fígado e fazer os olhos brilharem ao conferir a atual beleza da Sandra.

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