Um trabalho espetacular de restauração da melhor trilogia já produzida pelo cinema americano entra em cartaz e é imperdível

Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Paramount Pictures

Todos os números são impressionantes, desde o orçamento estourado varias vezes nos anos 70 até os infinitos minutos dedicados à restauração para mostrar aos novos cinéfilos quem é Francis Ford Copolla e sua maior obra que, segundo ele, acabou com sua carreira, pois tudo que veio depois não tinha o mesmo peso.

A adaptação cinematográfica do romance de Mario Puzo, que narra a ascensão e queda da família Corleone é uma das maiores da história do cinema, claro que, nesse novo século e com o enorme avanço tecnológico, ganhou outra roupagem para eternizar no digital. Nesta versão, segundo dados dos produtores, foram examinadas mais de 300 caixas de filmes para encontrar a melhor resolução de cada quadro, depois vieram 4000 horas para consertar manchas, rasgos e outros problemas nos negativos, mais de 1000 horas foram usadas para uma rigorosa correção de cores, o áudio passou a ser 5.1 para agora o clássico ser relançado em 4K HDR.

Eu não acompanhei a estreia original por dois motivos: o primeiro é não ter idade na época, o segundo é que foi exatamente no dia do meu aniversario, provavelmente estava comemorando. Mas durante as passadas 5 décadas, eu pude assistir mais de uma vez em vários formatos e, posso garantir, não pisquei durante as 2h 55m de exibição tamanha é grandiosidade da nova qualidade de som e imagem.

Entra em cartaz hoje apenas nos cinemas de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília O Poderoso Chefão – 50 Anos (American Zoetrope, Paramount Pictures), que foi eleito o melhor filme de todos os tempos pela Hollywood Reporter, uma revista especializada que baseou a pesquisa na opinião de atores, diretores, roteiristas e outros profissionais de cinema.

Vale muito a pena escolher uma tela grande e encontrar Marlon Brando, Al Pacino, James Caan, Robert Duvall, John Cazale, Diane Keaton, Richard Castellano, Sterling Hayden, Richard Conte, Talia Shire e Al Martino, todos mais jovens e no filme que iria mudar suas carreiras, o mesmo que conquistou três prêmios Oscar® (filme, ator, roteiro), que tem a direção perfeita de Copolla embalada pela trilha sonora marcante de Nino Rota, ele sempre será uma obra para se amar e admirar, agora então por mais 50 anos.

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